Epílogo

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— Você está tão linda filha — elogiou minha mãe

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— Você está tão linda filha — elogiou minha mãe.

— Perfeita. Isso me faz lembrar o dia do meu casamento — acrescentou Flora, emocionada.

Olhei-me no espelho e contemplei a imagem do meu rosto, perfeitamente maquiado, meu cabelo solto ondulado e com um penteado lindo, que ficaria escondido pelo véu. O vestido era lindo, branco e longo, justo na cintura e rendado. Nem acreditava que tinha chegado o dia do meu casamento. Apesar de já estar com três meses de gestação, minha barriga cresceu muito pouco.

— Agora vamos, pois todos estão esperando no jardim — chamou minha mãe. O casamento aconteceria no jardim da fazenda. A decoração estava linda. Repleta de flores e também com um altar propício.

— Estou nervosa — revelei, minhas mãos estavam trêmulas.

— É normal ficar tensa, filha, mas pense na lua de mel maravilhosa que vocês vão ter e na festa após o casório.

Minha mãe tentou me animar, sorri. Dominic e eu alugamos um chalé em São Francisco Xavier. Estava tão animada para ficar sozinha com Dominic, ainda mais em um chalé maravilhoso.

Saímos da casa, em seguida fomos até onde iria acontecer o casamento. Flora e minha mãe seguiram para o altar. Conseguia ver Dominic em pé, parecendo tenso, tão nervoso quanto eu. João Luiz e Mel seriam meus padrinhos, acabei convidando Mel para ser minha madrinha após conhecê-la melhor. Viramos amigas. Não melhores amigas, mas confiava nela e achava que teríamos uma amizade duradoura. João Luiz parecia não conseguir tirar os olhos de Mel, ele estava impressionado com a beleza e carisma da moça, isso era notável.

Meu pai se posicionou ao meu lado, estendeu-me seu braço para que fosse meu suporte. Minha mãe anunciou a minha chegada e começou a tocar a marcha nupcial. Respirei fundo, segurei mais firme o buquê e olhei para meu pai uma vez antes que aparecêssemos para todos. Os convidados se levantaram. Fitei Dominic, que me olhou apaixonado e emocionado. Andei com meu pai pelo longo tapete branco até chegar ao altar, sem tirar os olhos de Dominic, que estava lindo, com terno preto convencional, cabelo alinhado como nunca esteve antes.

— Cuide bem da minha filha — pediu meu pai ao Dominic.

— Pode deixar, fazer ela feliz é meu propósito de vida — respondeu Dominic. Entreguei meu buquê para minha mãe e a cerimônia de casamento começou.

O padre falou algumas palavras antes de finalmente chegar à melhor parte.

— Dominic Marques Vidal, você aceita Heloíse Marques Fonseca como sua esposa?

— Aceito — respondeu Dominic, sem tirar os olhos de mim, ele moveu os lábios, dizendo um eu te amo após.

— Heloíse Marques Fonseca, você aceita Dominic Marques Vidal como seu marido?

— Sim — respondi, emocionada.

— Então, pelo poder a mim concedido, eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva!

Dominic veio até mim, pegou-me nos braços, fazendo-me rir. Então me beijou, enquanto ouvíamos a salva de palmas.

Na festa do casamento teria o show da Maiara e Maraísa. Estava animada para assistir ao show delas. Dominic não desgrudou de mim um minuto sequer depois da cerimônia. As pessoas vieram nos parabenizar e agradecemos a cada um deles.

— É a hora da noiva jogar o buquê — gritei avisando as convidadas, que se animaram. Esperei juntar a mulherada solteira. Fiquei de costas para elas e comecei a contar. — É um, é dois e é três.

Joguei o buquê e as mulheres tentaram pegá-lo. No entanto, acabou caindo nos braços de Mel. Ela sorriu toda tímida e cheirou o buquê. Notei que meu cunhado olhava fissurado para ela. Meu instinto dizia que eles combinavam e muito...

— O show vai começar — avisou Dominic

— Nem acredito que terá um show de Maiara e Maraísa no meu casamento.

— Estamos muitos chiques — exclamou Dominic, sendo irônico. — Olha a minha sogra vindo até nós.

Ele apontou para minha mãe que estava trazendo Miguel nos braços.

— Desculpe, filha, mas Miguel está chorando e acho que é por saudade da mãe — disse ela, entregando-me ele. Segurei-o e instantaneamente Miguel parou de chorar e abraçou meu pescoço.

— Ele está tão manhoso — murmuro, olhando-o. — Mãe, ele já mamou?

— Já sim, está de barriga cheia.

— Ótimo. Pode deixar que cuidamos dele — falei e olhei para Dominic, que sorriu e me beijou. — Vamos curtir o show com a mamãe e o papai, meu amor?

Miguel sorriu com animação.

Durante o show todos começaram a dançar. Eu mesma só conseguia gritar, cantando as músicas pessimamente. Dominic tocou a minha cintura e afastou meu cabelo para o lado para sussurrar no meu ouvido:

— Não vejo a hora de estar sozinho com você.

— É mesmo, senhor Marques? — perguntei, sorrindo com malícia. Virei-me para olhar seu rosto.

— Sim, senhora Marques. Não vejo a hora de tirar o seu vestido.

Ele me olhava com aquela expressão de safado que amava.

— Fale mais sobre isso...

— Não vou falar, vou fazer — atiçou, em seguida me beijou intensamente, com cuidado, pois estava carregando Miguel. — Te amo, meu amor.

— Te amo, meu cowboy — retribuí sorrindo apaixonada.

Um mês após o casamento descobrimos o sexo do bebê, era uma menina. Dominic ficou tão feliz que seria pai de um casal. Eu fiquei radiante. Decidi mudar toda a decoração da casa, cores das paredes e móveis, até porque precisava deixar a casa com a minha cara. Minha mãe me ajudou. Dominic me deu passe livre para fazer o que eu quisesse. Mudei também a varanda, a casa ficou incrível, não sentia vontade de sair dela.

Fiz um quarto para Miguel e Manuela. O quarto ficou incrível, com certeza qualquer criança amaria. Mesmo sendo a senhora da casa, continuei trabalhando como veterinária, amava meu trabalho e nunca deixaria de trabalhar. Dominic discutia comigo quase que diariamente, porque continuava fazendo trabalhos pesados mesmo grávida, mas não adiantava não conseguia ficar parada nunca.

Todos da fazenda, inclusive os peões começaram a me tratar diferente, com ainda mais respeito e pareciam ter medo de ficar a sós comigo, por achar que Dominic teria ciúme. Otávio mesmo, não conversamos faz muito tempo. Porém, ele continuava trabalhando na fazenda, estava bem e feliz, pelo menos era o que parecia.

As festas na fazenda continuavam a todo vapor, dei o meu toque especial a cada uma delas.

Nesse um mês de casada, descobri que amava ser uma senhora Marques, as responsabilidades da casa, dormir e acordar do lado de Dominic. Tinha certeza de que isso nunca mudaria. Poderia haver conflitos e brigas, pois todo relacionamento tinha, mas estava preparada para lutar pelo meu casamento e fazer dar certo.

Eu me encontrei nesse lugar. Aquele ditado que diz que o melhor lugar do mundo é onde mora o seu coração, nunca foi tão verídico.

FIM!

O FILHO QUE O COWBOY NÃO CONHECIAWhere stories live. Discover now