Capítulo 23

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Caminhei com pressa até o portão, furioso, prevendo que alguma merda iria acontecer

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Caminhei com pressa até o portão, furioso, prevendo que alguma merda iria acontecer. Por que diacho essa mulher inventou de voltar logo agora? Cacete. Não entendo.

Cheguei ao portão e vi a mulher de cabelo preto curto, pele bem branca e os olhos marrom. Ela era bem baixa e estava usando um macacão curto e tênis.

Tentava me lembrar dela, mas só tinha lembranças vagas. Deveria estar bêbado mesmo quando transei com ela.

— Você que é a Lara? — perguntei bem alto.

— Sou.

— O que deseja falar comigo? — interroguei, ela cruzou os braços e olhou de mim para os peões.

— Prefiro conversar a sós com o senhor. O assunto que tenho para tratar é particular.

Respirei fundo, chequei a hora no relógio. Estava muito preocupado com Heloíse e, ao mesmo tempo, querendo saber o que essa maldita veio fazer aqui. O que estava querendo.

— Deixe que ela entre — ordenei ao peão que ficava de guarda.

— Sim, senhor Marques.

Ele abriu o portão para a cretina, que entrou.

— Me siga — ordenei a ela.

Fomos até o pequeno escritório da casa. Assim que entramos, fechei a porta e me sentei na poltrona, ela se sentou à minha frente.

— Não vai me oferecer um café? — perguntou ela, olhando-me com cinismo. Estralei os dedos checando seu rosto com impaciência.

— Servimos café apenas para as visitas, você não é uma e sim uma assombração.

Ela riu e jogou o cabelo para o lado.

— Vai falar assim com a mãe do seu filho?

— Mãe? Que tipo de mãe é você que abandona um bebê de madrugada ao relento?

Meu questionamento fez seu sorriso morrer, ela parecia estar atuando, começou sendo sarcástica, no entanto, nesse momento sua expressão mudou para tristeza.

Essa mulher não me enganava.

— Eu precisei fazer isso. Acha que foi fácil entregar o meu filho para o pai, que até então era um estranho?

Ela levou a mão ao coração de forma dramática.

— Acho — rebati com firmeza. — Até hoje não entendo por que você não me procurou e revelou a gravidez? Aquela sua justificativa na carta foi péssima, pois mesmo se eu não acreditasse era só fazer o teste de DNA.

— É que eu estava muito perturbada... Não tinha noção do que estava fazendo naquele momento.

Dei risada secamente.

— Pode parar de ladainha. Você está armando algo desde o início que eu sei. Apareceu agora depois de meses para que, me diz? Para recorrer a guarda de Miguel? Tarde demais, o juiz já me concedeu a guarda dele.

O FILHO QUE O COWBOY NÃO CONHECIAWhere stories live. Discover now