Capítulo 11

5.4K 619 83
                                    

Dominic narrando

— Já se esqueceu de mim, meu cowboy? — Sorriu ironicamente ao terminar de falar.

Era Raquel, reconheci no exato momento que a vi. Seus olhos, seu rosto, seu cabelo, continuavam do mesmo jeito, impossível me esquecer da primeira mulher que transei.

Ela morava na fazenda do meu pai e também éramos da mesma classe na época da escola. Era uma menina linda, que chamava atenção por onde passava, e eu a queria, gostava dela em segredo. Em uma parte da vida fui um garoto tímido e com medo de expressar meus sentimentos. Mudei muito ao longo do tempo, portanto, rever Raquel me fez lembrar de um passado distante que já havia esquecido há muito tempo.

Minha primeira vez não era algo que me orgulhasse.

Estava tão nervoso, tinha assistido a tantos filmes adultos para tentar reproduzi-los no dia. Tinha marcado um encontro com Raquel e ela topou, foi o primeiro encontro que marquei com essa intenção. Eu sabia que não corria o risco de ganhar um fora dela, pois era considerado bonito, além do mais, minha família era rica e bem falada na região.

A primeira vez não foi ruim de todo modo, não para mim, pelo menos, eu era apenas um garoto que não sabia onde tocar e como fazer ser gostoso para ambos. Rever a menina com quem perdi minha virgindade me deixou sem reação.

— Raquel... — murmurei e desci do meu cavalo. Segurei as rédeas e andei até a moça. — Diacho, que surpresa vê-la aqui!

Ela sorriu e colocou a mão na cintura, fazendo pose.

— Eu voltei há pouco tempo e não poderia deixar de vir te fazer uma visita. Principalmente, porque não tivemos tempo de me despedir quando mudei de cidade, lembra? Fiquei surpresa ao saber que agora tem sua própria fazenda de gado. Parabéns, senhor Marques! — Ela mordeu o lábio me olhando de cima a baixo.

— Que bom que veio, é bom revê-la. — Devolvi o sorriso. — Vejo que continua a mesma, só ganhou alguns anos a mais.

Também a fitei de cima a baixo

— Alguns anos a mais e um corpo mais malhado — zombou tocando a cintura fina, na tentativa de chamar a minha atenção, pelo menos foi o que pareceu. — Soube que continua solteiro.

— Quem te deu essa informação, não mentiu.

— Mas agora não é só um solteiro, mas sim o solteiro mais desejado da região. Depois do seu pai é o fazendeiro mais rico do Mato Grosso. — Ela chegou mais perto de mim.

— Pois é. E você, qual rumo tomou?

— Eu escolhi fazer o que amo. Fotografias.

— É fotógrafa então? — perguntei.

— Sim, e uma das melhores, diga-se de passagem.

Demonstrei orgulho, fiquei feliz por saber que ela estava bem e trabalhava com algo que gostava. Estava tão distraído observando seu rosto, que fiquei surpreso quando ela tocou meu bíceps, em um típico belisco.

— Nossa, como você tá forte. Nem parece o adolescente magricela que conheci — caçoou, sorrindo. Seus olhos brilhavam.

— Já se foram muitos anos, muita coisa mudou por aqui, a começar por mim. — Pisquei para ela.

— Tudo, tudo? — Ela desceu o olhar indicando meu pau, engoli em seco.

— Tudo — respondi. — Já conheceu toda a minha propriedade? Quer que eu te mostre?

— Vou adorar, cowboy — exclamou, passando a língua por cima dos lábios. — Deixa eu te perguntar, seria muito inconveniente eu pedir para ser sua hóspede por uns dias? Estou com saudade do campo, queria passar mais um tempo em sua companhia.

O FILHO QUE O COWBOY NÃO CONHECIAWhere stories live. Discover now