Dominic Marques é um fazendeiro do Mato Grosso Do Sul, que vive uma vida agitada, recheada de mulheres e farra. Ele não pretende abandonar sua vida de bon-vivant tão cedo, tampouco se render ao amor.
Porém, seus planos vão por água abaixo quando des...
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Passei uma das piores noites da minha vida, angustiado, sem ter notícias de Heloíse. Minha felicidade foi tanta em receber sua ligação no dia seguinte, que dirigi o mais rápido que consegui para chegar até o tal endereço.
Só não esperava que fosse encontrar o sem-noção do seu ex lá. Diacho, não estava acreditando que ela dormiu no apartamento dele. Logo com ele. Inferno.
— Então, você dormiu no apartamento deste rola-murcha? — vociferei a pergunta para Heloíse, ignorando o filho da puta que acabou de me cumprimentar com sarcasmo. Sentia vontade de lhe dar um murro bem-dado na fuça, isso sim!
— Está se referindo a mim? — o cara voltou a se intrometer. Dei um passo à frente para encará-lo de perto.
— Tem outro rola-murcha presente? Acho que não — bradei, mordaz. Heloíse interviu, segurando meu braço.
— Dominic, pare. Arthur me ajudou ontem. Por coincidência ele estava chegando ao shopping, me viu e me trouxe para cá, atendendo a um pedido meu. Acabei dormindo e só acordei hoje de manhã. Não aconteceu nada de mais...
— Ela só esqueceu de falar sobre o beijo que rolou entre nós ontem à noite e do quase sexo — disparou Arthur, na maior cara de pau, deixando Heloíse boquiaberta e chocada, à medida que meu sangue fervia, as veias quase estourando.
— Você ficou louco, Arthur? Vai começar a mentir por vingança?
— Eu estou mentindo então, Heloíse? Tem certeza?
O maldito inclinou a cabeça para o lado, provocando-a. Não aguentei. Somente dei um murro na sua cara, que o fez cair no chão e, então, me preparei para golpeá-lo ainda mais, porém, Heloíse entrou na minha frente, impedindo-me de continuar.
— Se for bater nele, terá que passar por mim primeiro — afirmou ela com determinação. — Ele não merece nossa atenção, nem mesmo sua raiva. É só um idiota que acabou de levar um fora e está frustrado.
— Desgraçada — resmungou ele, gemendo de dor.
— Dominic, olhe para mim, por favor. Não rolou nada entre nós. Agora vai depender de você acreditar em mim ou nele.
Ela colocou a palma da mão contra meu peito, estava respirando muito forte. Olhei nos olhos de Heloíse e percebi o quanto desgastada com tudo ela estava. Tinha certeza de que não tinha rolado nada entre ela e o merdinha, nunca duvidei disso, o que me deixou puto foi o fato de ele se aproveitar da situação para tirar proveito.
— É claro que acredito em você. Confio em você de olhos fechados, mas precisava esmurrar esse otário para aprender a não mexer com a minha felina — respondi e beijei a sua testa antes de segurar a sua mão. — Vamos dar o fora daqui.
— Vá mesmo embora, seu corno conformado! — gritou o infeliz para que todos escutassem, mas eu não estava nem aí. O importante era que consegui achar Heloíse e, finalmente, estava a levando para casa.
