Capítulo 13

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Que patife, filho da mãe!

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Que patife, filho da mãe!

Não conseguia acreditar que ele olhou meu celular escondido de mim. E ainda se viu no direito de me questionar sobre Arthur, como se eu devesse algo a ele.

Saí para andar pela fazenda para ver se esfriava a cabeça. Realmente precisava parar de pensar em Dominic. Quanto mais pensava, mais sentia vontade de matar aquele cavalo xucro.

Estava passeando bem perto das casas dos moradores da fazenda, quando vi Otávio sair de uma das casinhas para estender roupa no varal. Aproximei-me de sua casa, ele me avistou ao longe e acenou.

— Heloíse, que surpresa a moça por aqui — cumprimentou parecendo alegre em me ver. Olhei a frente da sua casa, era bem pequena, pintada de amarelo, uma pequena varanda e espaço para varal.

— Estava passeando e te vi, não podia deixar de te cumprimentar.

— A moça fez bem. Quer entrar e tomar um café? — convidou. Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha e sorri.

— Pode ser, se não for incomodá-lo.

— Jamais, entre aí!

Ele caminhou em direção à casa e o segui. Adentrei ao local, observando tudo, e adorei a decoração rústica. Na sala havia dois sofás pequenos, uma mesa de centro e painel com televisão. Tinha alguns quadros na parede, pinturas com cavalos e alguns com fotografias de Otávio com a família.

— Sua casa é muito aconchegante — elogiei. Ele cruzou os braços e parou do meu lado

— Certeza de que ela é a pior que já entrou, deve estar acostumada com casas luxuosas. Deve achar essa minha um pardieiro.

— Ei, saiba que mesmo sendo de uma família rica eu não nasci em berço de ouro, pelo contrário, fui abandonada pelos meus verdadeiros pais em um orfanato.

— Eu sei, mesmo assim foi adotada e criada pelos Marques, que são bem ricos. Muitos aqui dizem que você é uma patricinha igual à sua mãe.

Dei risada, que comparação mais sem sentido

— Que bestagem do povo. Eu não ligaria de ser chamada de patricinha, se eu realmente fosse, mas não sou.

Dei de ombros e me virei de frente para ele

— É, realmente, a moça parece ser bem humilde. As pessoas daqui falam muito, tem a língua grande.

Dei risada.

— Em todo lugar as pessoas cuidam uma da vida da outra, isso é bem comum — falei. — Então, estou esperando o café que me ofereceu...

Otávio tirou o chapéu e ajeitou o cabelo sem graça.

— Diacho, me esqueci, deixa eu ir pegar o café para você. Aposto que vai adorar e querer voltar — falou, convencido.

— Aposto que sim — concordei, retribuindo o sorriso.

O FILHO QUE O COWBOY NÃO CONHECIAWhere stories live. Discover now