Dominic Marques é um fazendeiro do Mato Grosso Do Sul, que vive uma vida agitada, recheada de mulheres e farra. Ele não pretende abandonar sua vida de bon-vivant tão cedo, tampouco se render ao amor.
Porém, seus planos vão por água abaixo quando des...
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Duas semanas depois
Estava no corredor aos beijos com uma das moradoras da minha fazenda, que certamente era filha de algum dos meus peões mais velhos, que veio tentar a vaga de babá e acabei não resistindo à moça, que era bonita, jovem e morena. A mulher aceitou de bom grado os meus galanteios e quando a puxei para um canto mais reservado não se opôs, entregou-se fácil a mim.
Agarrei seu quadril e puxei para cima, enquanto aumentava o ritmo do beijo. Ele gemia igual uma gata no cio. Quando estava prestes a levá-la para o meu quarto ouvi uma voz atrapalhar meus planos.
— Desgruda dela já, Dominic Marques! — Era Heloíse e parecia furiosa. Soltei a mulher, a contragosto, seu batom estava todo borrado e o cabelo bagunçado. Inferno, Heloíse tinha mesmo que ser empata-foda?
— O que você quer, Heloíse? — Virei-me para fitar a onça brava que parecia querer me estrangular nesse exato momento.
— Que você pare de transar com as futuras babás do seu filho. Estou cansada de trocar fraldas e Maria também, mas você só se importa em esvaziar suas bolas com qualquer rabo de saia que aparece à sua frente.
Não consegui impedir o sorriso que se formou nos meus lábios. A mulher que nem sei o nome e estava trocando saliva há alguns minutos, nos olhou completamente indignada.
— Você está me chamando de qualquer uma, querida? Quem pensa que é? — bradou a mulher com raiva, desencostando-se da parede, o olhar de Heloíse faiscou e ela deu um passo à frente.
— Estou sim, porque é o que você significa para esse cavalo xucro que você estava prestes a abrir as pernas. Você é apenas uma boceta para ele, se não sabe esse homem já comeu a maioria das mulheres da região e depois as largou como se não fosse nada. Então, ao invés de ficar atrás de macho deveria pensar no emprego que tinha acabado de conseguir, Maria e eu tínhamos decidido te contratar, mas agora perdeu sua chance.
A mulher ficou muda olhando de mim para Heloíse, querendo que eu falasse algo para defendê-la.
— Sinto muito, anjo, se quiser continuar de onde paramos vou adorar, mas quem decide quem será a babá do meu filho é Heloíse, se ela disse que está demitida antes de começar, não posso intervir — falei com tranquilidade.
— Mas foi culpa sua, você me seduziu...
Gargalhei ao ouvi-la, Heloíse suspirou cansada.
— Nossa que menina pura e ingênua você é para ser seduzida — retrucou Heloíse, metendo-se na conversa. A mulher pensou em retrucá-la, no entanto, não conseguiu falar nada e somente saiu correndo e chorando. A sós com Heloíse, aproximei-me da felina e tirei o chapéu para ajeitar meu cabelo, depois coloquei de volta. — Você não tem vergonha de fazer isso? Coitada da moça, certamente ela precisava de um emprego.
— Diacho, foi você quem a demitiu. — Arqueei uma das sobrancelhas e Heloíse bateu no meu braço esquerdo.
— Lógico que a demiti. A babá do seu filho não pode ser uma mulher que você trepa.
