CAPÍTULO 4 - VISITA AO GUETO

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MOLLY

Se tem uma coisa que eu odeio fazer é encher a cara em uma festa e depois não me lembrar de mais nada. O pior de tudo é que tenho as piores ideias quando estou bêbada, e com os amigos que tenho tudo fica bem pior. Tirei essa conclusão assim que me levantei para ir tomar um banho. Até então achei que tudo estivesse normal, e estaria se não fosse pelo nome Judy tatuado no meu antebraço. Quando vi aquilo jurei que a mataria, porque além do seu nome estar gravado na minha pele, era a letra dela que estava ali também.

Eu não podia nem pensar em o que seria de mim se meu pai visse isso, então fui correndo até a única pessoa que poderia me ajudar, e eu esperava de verdade que ele estivesse em casa hoje.

— Jay! — dei algumas batidas na porta do seu quarto esperando que ele abrisse logo aquela merda. — James! — comecei a entrar em desespero quando pensei que ele não havia passado a noite aqui. Se não fosse ele a me ajudar, eu estaria totalmente ferrada, pois sabia que ninguém mais poderia.

— Que foi dessa vez hein, será que não posso ter um minuto de paz nessa casa? — assim que ele abriu a porta alívio invadiu o meu corpo. James ainda tinha o seu rosto amassado pelo fato de ter acabado de acordar, e mesmo sabendo que ele ficaria puto da vida por ser acordado às 05:45 da manhã eu corri para entrar em seu quarto sem me importar com seu mau humor.

— Shiu! Fala baixo! — ele se virou com uma sobrancelha arqueada pela minha invasão.

Mas que se dane James! Eu preciso de ajuda. Meu subconsciente gritou dentro da minha cabeça.

— Você tem que me ajudar! — a expressão que ele fazia era de confusão, mas também de divertimento pelo meu desespero. Se eu não precisasse tanto da ajuda dele juro que o mataria.

— Ajudar em que? Escuta Molly, nem vem me meter em mais uma das suas, não estou com saco para isso. — ele se jogou na cama e não deu a mínima para mim ali parada.

— Vai Jay! Fiz uma coisa, e você precisa me ajudar. — me joguei em cima dele, ouvindo-o resmungar e logo afastar-me para fingir que voltava a dormir. — Por favor! — eu quase gritei, e me arrependi profundamente disso. Se o pai ou a mãe acordasse estava acabado.

— E o que te faz pensar que eu vou te ajudar? — James tirou o cobertor da cabeça para me encarar. Finalmente um pouco de atenção, essa chance eu não podia perder.

— Ora, você não vai querer ver sua irmã andando por aí com uma tatuagem ridícula, vai? — me sentei de frente para ele, vendo-o revirar os olhos. Me irritava o fato de o James fazer o caso parecer menos do que era.

— Cadê? — ele perguntou sem o mínimo ânimo.

Levei meu braço até sua mão. James ficou olhando por um tempo e depois me olhou com um sorriso intrigante nos lábios. Ele começar a rir foi o ápice para fazer o meu rosto queimar de raiva.

— Vocês têm merda na cabeça? — perguntou, sem deixar de rir por um minuto.

— Ah pode parar, eu não estava sã, e você acha que se eu estivesse ia deixar a idiota da Judy tatuar o nome dela aqui?! — nunca, em cinquenta bilhões de anos eu permitiria uma coisa dessas.

— Não sei, vocês duas são malucas, não duvido nada. — James respondeu e voltou a se cobrir, virando-se para o lado da parede.

— James! Levanta essa bunda magra daí e me ajuda!

— Como quer que eu te ajude? Tem que aprender a resolver as merdas que faz.

— Não sei! Me leva em algum lugar para eles removerem essa porcaria do meu braço. Você conhece tanta gente, alguém com certeza deve saber tirar isso! — disse desesperada. Sermão agora não maninho.

Segredos Da EliteWhere stories live. Discover now