CAPÍTULO 2 - O RETORNO DE UMA ANGEL

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JUDY

Tive que voltar de Paris algumas semanas mais cedo por causa do colégio. As aulas começavam na segunda-feira e a partir dali se iniciava o segundo semestre do meu último ano do colegial. Eu não via a hora de ir logo para a faculdade, o colégio já não me interessava mais como dois anos atrás. Tudo o que eu conseguia pensar nos últimos meses eram no campus, na fraternidade, para qual universidade entrar... qualquer coisa que fosse relacionada a isso. Querendo ou não admitir, a verdade era que esse assunto tomava 50% dos meus pensamentos, e os outros 50% eram divididos entre trabalho, família e colégio, e no meio disso ainda se encaixava a minha vida social.

Meu emprego acabava por ser basicamente uma colônia de férias. Fui criada dentro do mundo da moda, e desde que me entendo por gente poso para fotos e desfilo em passarelas. Eu amo o que eu faço, mas eu também tenho sonhos como qualquer adolescente normal, de me formar e construir o meu próprio futuro.

O legal era que meus pais me apoiavam inteiramente nisso, eles sempre colocaram os estudos em primeiro lugar, e tentaram ao máximo me criar em uma vida comum, longe dos holofotes. A vida de modelo se adaptava a minha rotina apenas se eu estivesse com meu tempo livre — como nesse caso, os recessos de final de ano — e claro, se eu estivesse totalmente à vontade com isso.

Agora, voltando de uma longa viagem à França tudo o que desejava era rever as pessoas que eu deixei para trás.

Fiquei desperta quando vi a minha mala na esteira do aeroporto e me apressei para pegá-la. Com um pouco de dificuldade eu a coloquei de pé e puxei a alça para assim, começar a caminhar em busca do Sr. Montgomery.

Meu pai me esperava na área de desembarque, em meio à outras pessoas que esperavam por seus familiares, e motoristas de terno que esperavam por executivos segurando uma plaquinha com seus sobrenomes, e papai também tinha uma placa que dizia 'minha princesinha'.

Soltei a mala de imediato e corri para abraçá-lo.

— Ai, que saudade de você, meu anjo. — ele disse sem me soltar.

Essa havia sido a primeira vez que eu fiquei tanto tempo longe dele. As idas para outros países com a minha mãe não duravam mais de uma semana, isso quando ele também não estava presente.

— Eu também senti saudade, muita, muita mesmo. Mamãe mandou um beijo e disse que em poucos dias está de volta. — falei quando me afastei um pouco dele.

Ele me disse que falou com ela pelo telefone um pouco antes de eu chegar. Me contou algumas coisas que aconteceram enquanto eu estive fora durante o caminho para casa, e pouco tempo depois aqui estava eu, passando pelo portão e acenando para o Mark, nosso porteiro.

Meu pai estacionou na frente de casa, e eu podia até estar cansada pelas horas de voo, mas queria ver a minha família.

— Ah Judy, sai pra lá. — Justin me empurrou pela segunda vez depois do quarto beijo que eu dava em suas bochechas.

Não importava o quão grande ele estivesse, Justin sempre seria o meu irmão mais novo e o carinho que eu sentia por ele jamais mudaria.

— Eu estava com tantas saudades. — finalmente o soltei, e fui até o Jason que agora já estava no colo do papai. Peguei-o e fiz cócegas em sua barriga. Consegui tirar gargalhadas dele, Jason era tão fofo que eu tinha vontade de apertá-lo entre os meus braços.

Papai bagunçou os meus cabelos e foi para outro cômodo. Sabia que já iria se enfiar naquele escritório e resolver questões da empresa. Era o que ele fazia a maior parte do tempo, principalmente quando a mamãe não estava por perto.

— Eu sei, mas não precisava bagunçar o meu cabelo todo. — Justin murmurou em frente ao espelho que fazia parte de um móvel que decorava a sala de estar. Ele tentava consertar seu cabelo, que preciso apontar, estava do mesmo jeito de quando eu cheguei.

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