Querido vizinho

Capítulo 3: chamada

— Não precisamos, mas eu não quero invadir seu espaço.

Bocejo quando o vejo bocejar, que droga.

— Eu agradeceria se o invadisse mais vezes, é bom ter alguém para conversar.

Shikamaru sorriu, um sorriso de alívio que tirou uma tensão que nem tinha me ligado que tinha em meus ombros.

— Não me denunciando depois, eu aceito.

Rir com o tom de sua voz brincalhão.

— Enfim, acho melhor você desligar, já está tarde e não aguento mais te ver bocejar.

Antes mesmo de terminar de falar, ele bocejou e riu em seguida.

— Confesso que estou morrendo de sono, mas só desligo se você for me prometer que vai ficar bem.

Arquei as sobrancelhas.

— Ou, eu posso desligar e você não saberá.

Debochei com um sorriso no rosto.

— Aí seria golpe baixo, como iria conseguir dormir sem saber que você está bem?

Ele perguntou com indignação.

— Simples, fecha os olhos.

Shikamaru revirou os olhos e bocejou novamente, daqui a pouco é capaz de dormir na chamada.

— Quem me dera se fosse fácil assim.

— Shikamaru, eu estou bem, pode desligar.

Eu poderia desligar, mas não quero, é tão bom poder está conversando com ele.

— Tem certeza?

Seu tom de voz preocupado me fez sorrir.

— Bom, graças a você, eu estou, e tchau.

Desliguei a chamada sentindo meu coração bater com força.

O que deu em mim para falar uma coisa dessas?

E pior, desliguei porque sei que ele me fará perguntas.

Desliguei o meu notebook ignorando as notificações chegando em meu celular, até ouvir o toque de uma ligação em meu celular.

Vi que era o Shikamaru, e junto tinha algumas mensagens, recusei a ligação e li as mensagens.

"Por que desligou?".

"E como eu te ajudei? Eu literalmente, não fiz nada!"

"Está aí? Você não parecia está com sono para ter ido dormir".

"Temari".

Respirei fundo e o respondi.

"Desliguei porque você precisava dormir, e só o fato de conversar com você melhorou o meu humor, fim".

Enviei a mensagem e desliguei o meu celular.

Me joguei em minha cama e vi o teto branco.

Shikamaru se preocupa tanto comigo...

Até mesmo na forma que ele me olha, já dá para notar.

Por que eu estou sorrindo?

Espera! Meu coração está batendo mais rápido.

.

Acordei como todos os outros dias, levantei e fiz o que deveria, Gaara não estava em casa, o que para mim era uma alegria enorme.

Não odeio meu irmão, odeio a forma que ele me trata.

Sair de casa depois do café da manhã, Shikamaru tinha acabado de abrir a porta quando fechei a minha.

— Bom dia.

Disse.

— Bom dia.

Respondeu.

Caminhamos em direção ao elevador lado a lado.

— Está melhor?

Shikamaru perguntou.

— Até que estou, e você está bem?

Perguntei. Shikamaru não é o tipo que não fica mal, pelo contrário, parece está sem tranquilo, sem preocupação.

— Estou com preguiça, mas bem.

Sorri com a sua confissão.

— E quando você não está?

Eu perguntei.

— Hoje eu estou mais.

O ouvir resmungar.

— Me disse o mesmo ontem!

Debochei.

— Não disse não, nem toquei no assunto.

Comecei a rir da expressão confusa em seu rosto.

— Eu sei.