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Sarah reprimiu um bocejo e olhou de relance para a hora em seu celular. O dia tinha sido longo, começando com o telefone tocando às 5:00 da manhã com Thais ligando, e mesmo com toda a animação da assistente foi difícil pra Sarah levantar da cama. Muitas horas depois, Sarah sentou-se em uma sala dentro de um prédio na Barra da Tijuca, observando colegas atores - alguns dos quais ela reconhecia, outros não - fazerem testes para um papel no próximo filme de Fernanda .
                          
Uma atriz que Sarah reconhecia, mas não sabia ao certo o nome, entrou na sala parecendo muito esperançosa. As pessoas na sala a receberam gentilmente, mesmo estando exaustas do longo dia de testes, e pediram-lhe para começar assim que ela estivesse pronta.                            
No centro da sala, uma câmera rodava e Sarah assistiu o monólogo da garota com crescente interesse. Amora oliveira, Sarah lembrou o nome da menina de repente. Ela estava fazendo testes para o papel da irmã mais nova de Sarah, e Sarah pensou, observando enquanto a menina lia as linhas no script, que amora seria perfeita para o papel.                          

Fernanda foi a primeira a agradecer a ela quando a menina terminou e Sarah podia ver o sorriso no rosto da diretora no segundo em que Amora saiu da sala. "Essa é a nossa Sara."
                            
Sarah silenciosamente concordou. Tinha sido um longo dia.
                           
"O que você acha, Sarah?"
                           
Sarah olhou para a diretora. "Ela é perfeita."
                         
Fernanda parecia satisfeita. "Nós vamos fazê-la voltar e ler com Sarah amanhã então. Só para ter certeza." Ela se espreguiçou. "A boa notícia é que por hoje é só."
                         
"Graças a Deus." o cara que trabalha com a câmera disse com uma risada e todo mundo soltou uma risada coletiva de acordo.
                         
Sarah virou para alcançar seu telefone, apenas para tê-lo tocando em sua a mão no momento em que o fez. O nome "Juliette" encarava Sarah na tela digital e ela piscou algumas vezes para ter certeza de que não estava tendo alucinações. Ela sentiu seu coração acelerar quando atendeu. "Timing impressionante." disse sorrindo, e ela sentiu os olhos de todos sobre ela de repente. Fernanda parecia particularmente curiosa. Sarah desviou o olhar, sentindo-se envergonhada. Seu tom de voz, Sarah percebeu, mudou consideravelmente quando falou com Juliette.                            

"É mesmo?" Veio a voz de Juliette. "Por que isso?"
                           
"Acabei de terminar algo." disse Sarah, sabendo, enquanto ela dizia, que iria levar a perguntas. Ela rapidamente acrescentou: "Na verdade, eu poderia ligar de volta em cinco minutos?"
                             
"Ah, então o meu timing errou por cinco minutos." Juliette soou divertida. "Eu vou ter que melhorar nisso. Falo com você em cinco minutos, então."
                         
Acabou sendo quase vinte minutos. Chegar a um lugar com privacidade demorou mais do que Sarah tinha esperado, especialmente depois que Manoela Gavassi puxou Sarah para uma conversa sobre sapatos de grife que Sarah pensou que nunca acabaria. Mas tinha terminado, eventualmente e Sarah tinha escapado.
                             
Ela começou a discar enquanto seu motorista abriu a porta da limusine para ela. Ela tinha dado a Thais o dia de folga para ficar com Arthur, e Sarah ficou de repente grata por estar sozinha.
                            
"Loja de sex shop da zona sul do Rio," veio uma voz que não era de Juliette. "Qual vibrador você gostaria de verificar hoje?"
                          
"Quais são as opções mesmo?" Perguntou Sarah, entrando na brincadeira.
                            
Carla não perdeu tempo. "Você vai ter que falar com a nosso expert, senhora só-gozo-com-vibrador Freire. Ah, e lá vem ela agora."
                             
"Eu já te falei pra não atender meu celular." disse Juliette em uma voz que soava distante. E então, mais perto, "Alô?

The blind side of loveWhere stories live. Discover now