VI - O ARREMESSADOR DE BEXIGAS DE ÁGUA

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❝𝗛𝗮́ 𝘂𝗺𝗮 𝗶𝗻𝗼𝗰𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗻𝗮 𝗺𝗲𝗻𝘁𝗶𝗿𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗲́ 𝗼 𝘀𝗶𝗻𝗮𝗹 𝗱𝗮 𝗯𝗼𝗮 𝗳𝗲́ 𝗻𝘂𝗺𝗮 𝗰𝗮𝘂𝘀𝗮.❞

- Nietzsche

       EU NUNCA GOSTEI DE MENTIRAS, mas não imagino que há alguém que sim

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EU NUNCA GOSTEI DE MENTIRAS, mas não imagino que há alguém que sim. Desde muito pequena nunca fui uma grande mentirosa, sempre fico nervosa ou gaguejo. No fim de todas as vezes em que tentei contar uma mentira, sempre acabei chorando por isso e indo pedir desculpas depois. O que me deixa intrigada é a maneira como me adaptei a mentir constantemente para mim mesma.

Ainda que eu abomine inverdades, as outras pessoas não parecem ter essa compaixão e verdade comigo. Já caí em muita pegadinha dos meus antigos amigos e até mesmo acreditei na maior mentira da minha vida, o amor. Mas não posso me colocar nisso tudo como completamente inocente, porquê, no fundo, eu sempre soube da verdade, mas escolhi não admitir em voz alta.

Seja como for, acabou. Eu sacudo a cabeça e tento mudar o rumo dos meus pensamentos. A minha vida parece estar progredindo agora, depois de tanta peleja eu estarei voltando ao mercado de trabalho em breve. A parte social também caminha bem, posso dizer que estou me tornando bem amiga de Changbin e Jisung.

Talvez amigos não seja a melhor palavra para falar da minha relação com o Han, mas estamos quase lá. É claro que durante uma de nossas conversas ficou meio que implícito que nosso relacionamento será completamente platônico, mas eu estaria mentindo se dissesse que ele não me atrai. Penso nele como mais que um amigo, porém há certos limites que eu tenho que respeitar. Não devo investir nisso agora, ou devo? Talvez eu precise de um sinal, algo indicando o caminho correto.

De repente, alguém bate a porta.

É o meu sinal? Se sim, o que significa?

Caminho até a porta, preguiçosamente, enquanto ouço a campainha sendo acionada mais uma vez. Deve ser algum dos meus vizinhos. Nem procuro pelo olho mágico, vou direto abrir a porta, por isso há surpresa em ver quem realmente ocupa o lado oposto.

       — NUNA¹ (누나)! — meu irmãozinho grita alto, se jogando nos meus braços. Ele se agarra a mim feito um carrapato. A minha mãe, que o acompanha, observa a cena rindo. — Olha só, caiu outro dente. — ele exibe empolgado a janelinha na frente do seu sorriso, sem nem mesmo me largar.

— Woah! — exclamo com uma animação maior que a habitual. — Jihoon, se seus dentes continuarem caindo assim, você vai ter que usar uma dentadura igual a da vovó.

A criança presa em mim gargalha, fazendo uma caretinha de nojo ao pensar na dentadura. Dou dois tapinhas no seu ombro para que ele entenda que já está bom de aperto, ele se solta e eu convido os dois para entrar.

Meu irmão mais novo é o primeiro a adentrar a casa, mamãe vem logo atrás, cheia de bolsas. Ajudo-a com uma, levando até o balcão que divide a cozinha e a sala de estar.

𝐓𝐀𝐑𝐎𝐓; 𝗵𝗮𝗻 𝗷𝗶𝘀𝘂𝗻𝗴Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon