IX - MANO, TU É?

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❝𝗛𝗮́ 𝘀𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺𝗮 𝗹𝗼𝘂𝗰𝘂𝗿𝗮 𝗻𝗼 𝗮𝗺𝗼𝗿. 𝗠𝗮𝘀 𝗵𝗮́ 𝘀𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲 𝘂𝗺 𝗽𝗼𝘂𝗰𝗼 𝗱𝗲 𝗿𝗮𝘇𝗮̃𝗼 𝗻𝗮 𝗹𝗼𝘂𝗰𝘂𝗿𝗮.❞

- Nietzsche

       EXISTE ALGUMA DIFERENÇA ENTRE fingir e mentir? Eu sempre digo que não sei contar mentiras, mas sou uma verdadeira especialista quando se trata de esconder o que sinto

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EXISTE ALGUMA DIFERENÇA ENTRE fingir e mentir? Eu sempre digo que não sei contar mentiras, mas sou uma verdadeira especialista quando se trata de esconder o que sinto. Uma prova? Bem... há certas situações em que eu nunca me imaginei, fingindo ser a atual namorada — quase noiva — de Jisung, no casamento da sua ex é uma delas. Mas aqui estou eu, pronta para fazer isso por ele. Muito provavelmente isso seja uma completa estupidez, mas todos nós não somos um pouco estúpidos quando se trata de amor?

       Além disso, não estamos fazendo nada de mau. O único motivo que o leva a fazer isso é por orgulho e aparência, não é como se ele fosse tentar rouba-la do noivo ou algo assim, Jisung só quer fazer parecer para os outros que está bem. Para ele, já foi humilhante ser convidado, não comparecer seria pior. Eu não sei se concordo, mas estou de acordo com a parte que diz ser uma completa filha da putagem convidar o ex — com quem não se tem uma boa relação — para o seu casamento.

Jisung toca minha campainha no exato instante em que marcou comigo e eu já estou pronta, faço apenas uma última checagem no espelho. Já faz um tempo em que eu não me sentia tão bonita, talvez esse fingimento tenha valido de algo. É tão bom ter um motivo para usar as roupas de festa que eu compro e deixo no guarda-roupas. O vestido preto, ombro a ombro cobertos pelo detalhe de tecido felpudo que há apenas ali, a moldagem perfeitamente justa se adequando as curvas do meu corpo e o pouco pedaço de pele exposta da minha cintura, no lado esquerdo, me deixam belíssima.

— Você está deslumbrante. — ele elogia assim que me vê. Han também vê-se incrível no terno preto, com o único detalhe de cor mais clara sendo a camisa branca por debaixo do blazer.

       — Sério? — interrogo, de repente insegura com algo. — Esse nosso look all black não faz parecer que estamos indo a algum velório?

       — Não, nós só parecemos gostosos. — ele se gaba. — Mas para mim esse evento parece um velório, de qualquer forma. — ele dá de ombros. — Podemos ir?

— Sim. — concordo e tranco a porta de casa, eu entrelaço meu braço ao seu e o acompanho até a saída. — Está ansioso?

— Eu não sei... não sei como vai ser este evento. Toda essa festa é mais como uma grande transação de negócios, entende?

— Então os noivos não se amam? — eu pergunto.

— Não, não mesmo. — Jisung responde. — Tudo o que eles e as suas famílias amam é o dinheiro, quanto mais, melhor. Eu fui trocado por algumas transações comerciais.

𝐓𝐀𝐑𝐎𝐓; 𝗵𝗮𝗻 𝗷𝗶𝘀𝘂𝗻𝗴Where stories live. Discover now