Capítulo por Lennon. RIO DE JANEIRO — BARRA DA TIJUCA, RJ.
Quando a Giovanna saiu na porta, meu corpo tava paralisado. Não tinha reação alguma, não conseguia fazer nada e nem pensar em nada. Minha mente estava travada.
Sentei no sofá e tapei meu rosto com as mãos, fiquei na minha até sentir alguém sentar do meu lado.
— Porra, eu te avisei. Eu falei que essa porra não ia dá bom. — Léo fala calmo, mas dando sermão.
Realmente tinha avisado, não só ele. Não ligo que ele jogue isso na minha cara já que é a verdade.
Minha mente só estava na Giovanna, eu esperava tudo, mais briga, mais discussão, mais conversas mas isso o que aconteceu agora, eu não estava esperando.
— Não estava esperando isso.
— Uma hora ela ia cansar, se põe no lugar dela.
— O que eu faço? — pergunto olhando pra ele pela primeira vez desde o início da conversa.
— Tu vai dá um tempo pra ela, e pra tu também. Como ela disse, você precisa se achar e consertar teus erros.
Ri fraco pelo fato dele está ouvindo a conversa, típico desse fofoqueiro que vive nele.
— Não perde essa mania de ouvir a conversa alheia.
— Foi mais forte, e vamos combinar que vocês não estavam falando baixo. — desviei o olhar. — Ouvi tu falando que ama ela.
Olhei pra ele e assenti. Dizer que amo ela saiu espontaneamente, saiu livre e verdadeiro. Eu realmente sentia isso, seria impossível não sentir.
— Falei. — confirmo em voz alta.
— Não acha que jogou baixo falando isso só pra el...
— Não Léo. — interrompo ele. — Eu falei porque eu sinto, não falei pra tentar abaixar a poeira, eu falei porque é a verdade. Eu amo ela.
— Quer um conselho? — assenti. — Para pra pensar em todo o que rolou de uns tempos pra cá, isso vai te ajudar a saber no que começar a fazer.
Fiquei um tempo ali com ele em silêncio.
— Liga aí e vê se ela já chegou. — peço ele ele assente.
Ele liga mas ela não atende, mas em seguida enviou uma mensagem avisando que já estava na casa da Bruna.
— Por mim eu ia atrás dela, e ia fazer de tudo pra gente se resolver. Pedir desculpas, e...
— Muda isso de se desculpar e não fazer valer, faz a coisa certa agora irmão.
Olhei pra ele e levantei a mão pra fazer um toque, ele fez o mesmo e depois do toque abracei ele.
— Desculpa aí por essas mancadas, irmão.
— Tá suave. — ele bate no meu ombro. — Agora pega a visão cara. Acorda pra vida e vê quem é quem, vê quem tá somando contigo, o bagulho é adição, se mudar pra subtração tu vaza.
Capítulo por Giovanna. RIO DE JANEIRO — LARANJEIRAS, RJ.
— Para de chorar, vida. — Bru fala mexendo no meu cabelo.
Cheguei aqui e antes de contar ela já me abraçou, me acolhendo como sempre. Contei pra ela o que tinha acontecido e ela disse que já esperava que uma hora isso acontecesse.
Depois fui tomar um banho e voltei pro quarto recebendo o colo dela. Agora cá estava eu, deitada nas pernas dela.
— Eu vou matar o Lennon.
— Não pensei que fosse doer assim. Na verdade eu nem pensei que isso fosse acontecer.
— A gente nunca espera isso, amiga. Mas uma hora o desgaste vem.
Fico quietinha ali no abraço dela.
— Ele disse que me ama. — quebro o silêncio e olho pra ela. — Não sei nem se ele percebeu, ou também nem sei se falou só pra tentar amenizar o clima.
— Ah amiga, isso não. — a Bruna nega. — O Lennon se mostra ser bastante verdadeiro.
— O outro Lennon mostrava ser verdadeiro.
— Ok, mas e agora? Como vai ser?
— Cada um no seu canto, ele precisa de tempo pra pensar nos vacilos, nos erros e consertar tudo isso.
— Será que se ele for se acertar com os meninos, eles vão aceitar?
— Vão sim, eles são muito irmãos além de amigos, por mais que tenham se afastado, tenho certeza que eles vão se acertar com ele, eles amam o Lennon.
— E você também. — a Bru fala sorrindo fraco.
Fiquei um tempo quieta olhando pra ela, mas depois assenti concordando.
— E eu também. — afirmo.
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📍oi vidinhas!!!! ai, que orgulho do meu menino no rock in rio, e do meu índio também!!!! morri de amores!
