trigésimo sétimo capítulo.

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Capítulo por Giovanna.
RIO DE JANEIRO — BARRA DA TIJUCA, RJ.
ALGUMAS SEMANAS DEPOIS...

Saí da sacada e antes de chegar na cozinha ouvi os meninos conversando.

— Um parceiro meu animou um rolê em Búzios, pra surfar. — Léo fala. — Será que Lennin anima?

— Só perguntando né, tá ligado como ele tá né? — Martins responde. — Bagulho dele agora é só resenha com o PK.

— Pô, moleque tá diferentão né?

Entrei de vez na cozinha e parei do lado do Martins.

— Já decidiram? — pergunto e eles assente.

— Fechamos de ir pro Japa. — Martins responde.

— Aí, PK chamou pra resenha. — Lennon fala aparecendo na sala e se jogando no sofá.

— A gente não ia no Japa? — Léo pergunta.

— Vamos marcar pra outro dia. — Lennon deu os ombros.

— De novo? — o Léo pergunta e o Lennon assente. — Suave. — ele fala pegando as coisas dele. — Tô puxando meu bonde, tô afim de resenha não.

— Coé Léo. — Lennon fala e o Léo faz um toque com ele e me abraça beijando minha cabeça.

— Já que babou o Japa, também vou adiantar meu lado. — Martins fala e se despede da gente também.

Eles foram embora e o Lennon focou a atenção no celular.

O Lennon e os meninos estão meio que afastados, Lennon está saindo mais com o PK e o Maneirinho e isso afastou eles um pouco já que o Lennon às vezes nem chamava eles.

Eu já tinha percebido isso, eles afastados, mas não tinha tirado conclusões até agora.

— A gente pode conversar? — pergunto, ele tira a atenção do celular e me olha. — Preto, você não acha que tá afastado dos meninos? Colocando eles de escanteio, segunda opção...

Ele ficou me olhando por uns segundos mas logo riu negando.

— Claro que não, os cara são meus irmãos pô. — ele dá os ombros.

— Eu só tô falando pra tentar te alertar no que EU de fora tenho percebido. — ele assentiu. — Amor, antes você era pra cima e pra baixo com eles. Agora tudo é o PK ou o Maneirinho.

— Ah vida, nem é assim.

— É sim Lê, para pra pensar. O Léo te chamou pra mostrar um beat, você disse que talvez ia passar lá porque estava ocupado, mas no mesmo dia o PK ligou chamando pra ir pra casa dele e tu foi.

Ele não falou nada, continuou quieto e só ouvindo.

— Outra vez o Martins, ele te chamou pra alguma coisa e você negou porque TALVEZ iria sair com o PK.

— Amor, os moleques tão suave.

— Eles mostram estar suave amor, vai saber se eles não estão chateados.

— Eles já teriam falado.

— Talvez falariam se não achassem que você tá mudado. Eles podem não falar pra não arrumar conflito.

— Giovanna, onde tu quer chegar? O que tu ouviu? — ele cruza os braços e eu respiro fundo. — Fala.

— O Léo falou que ia te chamar pra surfar, parece que algum amigo dele chamou ele, aí o Martins disse que não sabia que tu ia topar já que tu tá diferente, tá mudado.

— Diferente e mudado em quê? Que papo errado é esse, cara?

— Amor, posso ser sincera?

— Óbvio preta, claro.

— Você realmente demostra ter mudado, comigo não. — falo. — Mas com os meninos sim, poxa amor, pensa. Vocês não se desgrudavam agora você colou com outra amizade e deixou eles de lado.

— Não é que eu me afastei, é que pô, os papo com o PK não são do mundo deles.

— Mas preto, nunca teve disso entre vocês, para e pensa.

Ele assentiu e respirou fundo.

— Amor, quanto tempo o Léo não dorme aqui? E olha que ele não saía daqui.

— Vou conversar com eles, senti eles distantes mas nem falei nada achando que era coisa da minha cabeça.

— Conversa sim. — falo e ele se aproxima selando minha boca, me puxa pra deitar no peito dele e se ajeita ni sofá.

— Obrigado pelo alerta. — ele beija minha cabeça.

— Não precisa agradecer. Só se liga nisso tá bom?

— Tá bom amor, vou me ligar nisso.

Ele desistiu de ir na tal resenha, fiquei mexendo no insta, e passou uma mulher fazendo pipoca doce, na hora me bateu maior vontade

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Ele desistiu de ir na tal resenha, fiquei mexendo no insta, e passou uma mulher fazendo pipoca doce, na hora me bateu maior vontade.

— Procura aí como que faz. — ele levanta e vai pra cozinha.

— Aqui amor. — mostro a receita pra ele.

— Ué, eu que vou fazer? — assenti e ele riu.  — Tu é muito folgadinha.

Ele pegou as coisas e começou a fazer.

— Amor, mais aqui tá falando quatro colheres de cada, tu colocou seis.

— Ué vida, tem nada haver isso não. — a pipoca começou estourar e ele riu animado. — Esquece pô, pega a visão. — ele tampou a panela e ficou sacodindo até parar de estourar.

Ele tirou a pipoca da panela e jogou na vasilha pra esfriar, roubei uma e tava muito gostosinha.

— Nossa, amor... — pego outra. — Me surpreendeu, caramba.

— O pai é masterchef. — ele sela minha boca e vai lava a louça que sujou.

— Agora vou querer direto. — falo e ele ri.

— Arrumei foi história então. — ele balança a cabeça negando.

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