Live and Let Die

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Há 600 anos atrás

Dez anos depois

– Palácio –

A vida como rainha de um reino próspero se mostrou bem mais difícil do Madeline gostaria que tivesse sido. Seu dia era corrido e as vezes, não conseguia ver seu filho até que ele já estivesse na cama. Era diferente da maioria das rainhas, se envolvia nas questões do governo, especialmente em batalhas. Francis era um ótimo governante, mas o seu coração não era guerreiro. Madeline era quem tomava a frente, mas se continha quando estavam na frente de aliados. Ainda não era bem visto uma mulher ser tão ativa em tais questões, podiam julgar que aquele reino era fraco.

Kol continuava a morar no palácio, sem cargo definido e aproveitando de sua libertinagem. Ganhou certa fama nas batalhas, uma fama que usou para conquistar mulheres e também homens. Madeline se perguntava o porquê de ele nunca dar chance para o amor, a resposta de Kol era que não bastava só um. Talvez mudasse quando conhecesse a pessoa certa.

Henry era um menino arteiro, vivia aprontando no palácio. Isso era, em sua maioria, culpa de Kol que incentiva seu comportamento. Apesar disso, era educado e com uma simpatia de se invejar. Madeline o amava de todo o coração e ele também a amava, mesmo que nem sempre pudessem estar juntos. Niklaus e Francis o ensinaram a lutar, desde quando teve idade o suficiente para segurar uma espada de madeira. O vampiro não gostava de Francis passasse tanto tempo com o garoto, mas não tinha o que fazer, ele era como um pai para Henry.

Só não mais do que Elijah.

Madeline não o via há muito tempo, nenhuma vez nesses dez anos, mas Elijah estivera no palácio quatro ou cinco vezes. Nunca quando ela estava também.

A relação entre Madeline e Klaus estava parada, nada além de uma estranha amizade. Havia brigado no início do casamento da mulher com o rei, se recusou a trair o rapaz. Tinha começado a amar Francis, não da maneira que ele merecia, mas amava. Madeline podia não saber, porém, o amor que sentia por ele se devia à gratidão por ser um pai para Henry, por dar o que ele precisava.

Niklaus escolheu não viver mais no palácio, não tinha desistido de Madeline, mas sabia que aquele não era o melhor momento para ficar por perto. Não suportaria vê-la com outro homem, partia seu coração.

Henry sentia falta dele.

—Garoto!— gritou Kol, logo Henry o olhou. Ele estava interessado em entrar no bosque, mas sua mãe já havia proibido.— Tenta me acertar com a flecha, vai.

—E se eu te acertar?— perguntou o jovem com um sorriso travesso.

—Nós dois sabemos que isso é impossível, vai logo.

Henry ajeitou o corpo e pegou a flecha em cima da mesa de madeira, já estava com o arco na mão. Colocou a flecha no lugar e puxou o elástico, pronto para atirar.

—Henry!— ouviram a voz raivosa de Madeline, que pareceu ainda mais assustadora quando a viram. — Larga isso agora, está ficando louco?

O garoto fez uma careta e deixou o arco sobre a mesa, junto com a flecha. Ele não sabia sobre a imortalidade da sua família, mas tinha certeza de que não acertaria Kol. Nunca acertava, seu tio era rápido demais.

—Entre agora, está na hora da sua aula.

—Ah, mãe. É tão chato.— disse resmungando.

The Vampire Queen | revisão/reescritaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora