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-Precisamos atender.
Finney disse.
O garoto foi em direção ao telefone e apontou para mim.
- Atenda.
Uma palavra para mim entender.
- Por que eu?
- Tire suas próprias conclusões sobre as ligações.
Peguei o telefone e o-tirei do gancho.

- Alô?
Falei.
- Oi.
Sua voz no telefone me fez arrepiar. Depois da fala, uma garrafa começou a girar no chão.
- Quem é?
Perguntei meio assustada pela situação.
- Não se lembra de mim? De todos os panfletos de desaparecidos, eu estava lá.

Fiz uma lista mental de garotos que tinha visto. Bruce, Billy, Vance, Robin... Definitivamente não era nem um deles.

- Desculpe, não estou lembrada.
Falei me desculpando por não saber quem estava na linha, enquanto isso Finney me olhava atentamente.

Escutei um suspiro do menino.

- Eu sabia. Sempre fui invisível na escola, nem com panfletos lembraram de mim.
Me senti mal, por saber que o garoto se sente assim por não lembrarem dele.

- Talvez se você dizer seu nome, me lembrarei.
Disse.

- Eu sou o Griffin.
Agora minha memória estava fresca, já havia visto ele na escola.
- Griffin, eu me lembro de ver você na escola. Conversei com você em algumas aulas de matemática.
Tentei fazer o garoto se lembrar de mim.

- Eu me lembro de você Emma, eu gostava de você. Você foi legal comigo quando conversávamos.
- Sério? Era legal falar com você, era divertido.
Me lembrei da escola.

A garrafa no chão começou a girar mais rápido ainda.
- Quero ajudar vocês. Tenho uma dica que se fizeram tudo certo, saíram vivos daí. Eu não consegui, mas acredito em vocês.
Ele falou.

- Por favor, precisamos dela.
Implorei a ele.
- Na porta da casa, tem um cadeado. Ele era da minha bicicleta. Mas eu não lembro a combinação.
- Griffin, você se lembra de pelo menos alguns números?
Eu precisava da combinação, ela podia nos tirarmos daqui.

- É... Eu anotei a senha na parede.
Ele se lembrou.
- Qual parede?
Já estava desesperada por querer sair dali.
- Fique em frente ao telefone, na sua parede à direita.
Dei a informação a Finney que foi até a parede, passou a mão nela tirando o pó e viu um código.

- Griffin, está na ordem certa?
Perguntei a ele.
- Não sei...
- Com esses números, nós teríamos que testar todas as combinações.
Eu confirmei para ele.
- Sim, vocês vão ter que testar todas.

O plano já precisa de cautela, vai precisar ainda mais. Além de tomar cuidado para ele não nos ver, ainda perderemos tempo tentando algumas sequências.

- Tá bom...
Eu falei com um suspiro.
- Obrigada Griffin, vamos tentar sair.
Agradeci o menino.
- Você consegue.
Ele disse e desligou.

- Finney?
Chamei atenção dele que estava prestando atenção na ligação.
- Vamos memorizar os números e aproveitar que a porta está aberta para fugirmos.
Concordei e fomos memorizar os números.

* Ponto de vista do Finney*

Memorizei os números na parede e decidi que era a hora do tudo ou nada. Vamos tentar sair, mas temos consciência de que ele nos pegar... Provavelmente vai nos matar.

- É agora, Emma... Somos fortes, você sabe disso. Vamos sair daqui.
Acalmei a menina ao meu lado.
- Conseguiremos Finney.
Ela me deu um abraço apertado e segurou minha mão indo até a escada.

Estava liberado, subimos pouco a pouco, com toda a cautela possível. Estávamos quase no final da escada, olhamos para o lado e vimos ele.
A imagem era de fazer qualquer um se arrepiar de tanto medo, ao saber como ele estava te esperando.

Ele estava sem blusa, com um cinto na mão e usando aquela máscara macabra. Mas ele não pareceu nos ver, ele estava com os olhos fechados dormindo na cadeira onde estava sentado.

Essa era a parte mais difícil, passar por ele sem ser percebido. Emma segurou minha mão fortemente por estar com medo, nos olhamos e concordamos com a cabeça em seguir o plano. Cada passo era calculado, algum mínimo barulho perto dele e estávamos mortos.

Passamos ao lado dele, nos esprememos no cômodo para não encostar no homem. Chegamos na porta com o cadeado, a parte difícil estava concluída. Mas nós vamos perder tempo tentando sequências.

- Agora chegou a hora de tentar as sequências.
Eu disse para Emma.
- Ok...
Pegamos os números que memorizamos e fomos tentando.
Quando tentamos a terceira vez, conseguimos. Nós literalmente conseguimos, vamos sair!

Não deu nem tempo de pensar e no momento em que ela abriu, abriu a fresta de uma porta onde um cachorro começou a latir ferozmente.
Quando escutamos, começamos a correr o mais rápido que conseguimos.

- Ajuda! Por favor!
Ela gritou.
- Socorro! Socorro!
Gritei também.

Olhamos para trás e a Van estava andando, corremos mais ainda. Não deu 10 segundos e ela virou, atravessando a calçada que estávamos. Ela nos bateu com força, que caímos com o impacto.
Ele saiu furioso da Van, correndo até a gente. Quando nos levantamos para correr de novo ele colocou uma faca em minha garganta.

- Se você gritar ou correr novamente, eu vou cortar a garganta dele. Me ouviu garota?
Ele falou alto, mas não gritou. Vizinhos estavam ligando luzes para ver porque tinham crianças gritando.
Pensei em gritar, com vizinhos acordados seria mais fácil de saberem que estamos aqui presos.
Aquela arma estava no meu pescoço e ele iria cortar minha garganta, mas eu me sacrificaria por ela.

Eu ia gritar, quando ele deu um soco nela fazendo ela desmaiar. Ele ainda estava com a faca em meu pescoço.

- Bons sonhos!
Ele me deu uma pancada também. Vi tudo a minha volta preto e caí no chão.

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ℍ𝕖𝕝𝕝𝕠 𝕡𝕖𝕤𝕤𝕠𝕒𝕤! 𝐄𝐬𝐭𝐚̄𝐨 𝐛𝐞𝐦?
𝐄𝐬𝐬𝐞 𝐜𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐟𝐢𝐜𝐨𝐮 𝐩𝐞𝐪𝐮𝐞𝐧𝐨, 𝐦𝐚𝐬 𝐚𝐦𝐚𝐧𝐡𝐚̄ 𝐭𝐞𝐦 𝐦𝐚𝐢𝐬. 𝐄𝐬𝐭𝐨𝐮 𝐭𝐞𝐧𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐩𝐨𝐬𝐭𝐚𝐫 𝐭𝐨𝐝𝐨𝐬 𝐨𝐬 𝐝𝐢𝐚𝐬, 𝐦𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐝𝐞 𝐚𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐜𝐞𝐫 𝐝𝐞 𝐞𝐦 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦 𝐝𝐢𝐚 𝐧𝐚̄𝐨 𝐭𝐞𝐫.
𝐏𝐨𝐫 𝐞𝐧𝐪𝐮𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐩𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐝𝐢𝐚, 𝐦𝐚𝐬 𝐚𝐜𝐡𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐭𝐞 𝐝𝐢𝐚𝐬 𝐧𝐚 𝐬𝐞𝐦𝐚𝐧𝐚 𝐞𝐮 𝐯𝐨𝐮 𝐩𝐨𝐬𝐭𝐚𝐫 𝐜𝐢𝐧𝐜𝐨 𝐯𝐞𝐳𝐞𝐬.

𝐅𝐨𝐢 𝐢𝐬𝐬𝐨!
𝐕𝐨𝐭𝐞𝐦 𝐩𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫! 𝐓𝐨𝐝𝐨 𝐯𝐨𝐭𝐨 𝐟𝐚𝐳 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐜̧𝐚.

Nāo revisado, desculpe se tiver algum erro.
𝕂𝕚𝕤𝕤𝕖𝕤.
𝔸𝕥𝕖𝕟𝕒

𝐒𝐮𝐫𝐯𝐢𝐯𝐞; 𝐅𝐢𝐧𝐧𝐞𝐲 𝐁𝐥𝐚𝐤𝐞Where stories live. Discover now