Capítulo 32 - Família

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Kara Zor-El Mills Swan
Point of View





Esperei por dias até conseguir ver a mulher mais uma vez. Ela me seguia e aproveitei o descuido dos meus amigos e parei ao lado dela.

— Não me olhe. – Eu falei e ela assentiu, tragando o cigarro mais uma vez, sem olhar para o lado. — Estou com seu dinheiro, onde podemos nos encontrar para eu entregar a você?

— Estou no hotel Conrad.

— Posso passar lá as duas horas?

— Claro. Se quiser levar a namorada para me conhecer melhor.

— Não. Ela esganaria você.

— Imagino que sim, já contou do papai dela?

— Não. Ela nem vive mais com o cara, não precisa saber disso.

— Ei, Kah. – Barry disse tocando meu ombro. — Algum problema? – A mulher atravessou a rua sem olhar para trás.

— Não, só estava pensando um pouco sozinha.

— Não precisa mais ficar sozinha, você tem esse bando de amigos retardados agora.

— Sim. – Segurei o braço dele, virei para caminhamos. — Eu sei disso.

Entramos na sorveteria e o frio de hoje não nos impediu de tomar um sorvete naquela tarde.


[•••]


Já no hotel, falei meu nome e logo fui levada ao quarto na cobertura, havia duas mulheres com ela no quarto.

— Oi, filha. – Ela me abraçou e eu me mantive imóvel. — Essas são minhas assistentes. Podem nos dar licença, minhas queridas?

Elas saíram do quarto e eu fiquei analisando tudo.

— Como está?

— O dinheiro está aqui.

— Não quer me falar um pouco sobre você?

— Não tem muito o que falar, só estou feliz.

— Que bom.

— Olha... eu pedi um maço de dinheiro para o vovô, nem sei quando tem aqui. – Tirei o maço do envelope. — O cheque está em branco. Ele é bem generoso. – Falei pensando, pois eu nem tinha visto o que ele tinha me entregado.

— Só com você.

— Sou neta. – Falei e senti o cheiro dele. — Eu nunca tinha pedido nada a ele, sabia?

— Nada? Tem que aproveitar, filha. Ele pode te dar mansões, carros... faça sua vida.

— Ele me presenteou com algumas coisas...

— Algo caro?

— Bem valioso. Lembranças do meu pai. – Ela ficou séria. — Aquele que largou do luxo para ficar com você.

— Ele era um bom homem, muito inocente, mesmo com a idade que tinha.

— Eu sei, ele parecia comigo.

— Muito.

— Você consegue falar sobre ele? Assim com facilidade?

— Sim.

— Mesmo que o tenha matado?

— O que? Está louca, garota?

— Não. Eu só juntei algumas coisas na minha cabeça e percebi que ele era muito mais útil morto do que vivo para você. Aí ouvindo mais histórias... meu pai não via porque estava apaixonado, mas meus avós perceberam, só não admitem.

Lonely Girl - Adaptação KarlenaWhere stories live. Discover now