●PROCESSO DE REESCRITA.
Lilith, a única herdeira do Marquesado Colines nunca precisou se preocupar com nada, dinheiro, jóias, banquetes, atenção, tudo estava a seu acesso sem qualquer esforço. Após a morte da pessoa mais preciosa de sua vida, seu pa...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
O sol nascia vividamente no horizonte, seus raios transpassavam as folhas das árvores fazendo-os chegar até a pequena carroça de transporte de feno. Menas voltava para a mansão no controle do cavalo, sua expressão parecia não possuir alma.
Após se acalmar um pouco e recobrar seus sentidos, Menas foi ao banheiro ao lado do escritório e usou a bacia de água que tinha lá para tirar o sangue que havia espirrado nela, ela trancou o escritório e foi para seu quarto vestir outras roupas.
Ainda estando de noite ela voltou ao escritório e colocou o corpo de Dian dentro de vários sacos de feno e saiu por trás da mansão com a carruagem, alguns guardas do Marquesado ofereceram ajuda e escolta para ela, já que além de estranho era perigoso sair sozinha.
Menas negou a ajuda, e disse apenas que era um lote que veio errado e precisava ser devolvido com urgência ou poderia afetar a saúde dos cavalos e como responsável ela deveria ir pessoalmente.
Sua partida foi em direção ao território Payne que ficava relativamente perto do Marquesado, o que dividia os dois era uma rachadura enorme no chão que não tinha mais valor mineral. Ali foi o sepultamento de Dian.
Junto a todos os outros fenos que tinham na carruagem, seu corpo foi jogado precipício abaixo.
Se ele ainda estava vivo, agora não tem mais esperança.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
— Estou cansada… — Menas colocou a mão em sua cabeça tentando aliviar a dor latejante, ela havia acabado de limpar e arrumar completamente o escritório, parecia que nada tinha se passado no local.
— O que eu faço? O que eu faço? — o nervosismo que aos poucos ia tomando seu corpo novamente pareceu relaxar um pouco ao lembrar de algo — A gaveta…
Menas foi em direção a gaveta que ficava em baixo da mesa de escritório, desde que a Marquesa mudou suas atitudes completamente e a chamou para parte da administração nunca havia visto aquela gaveta sendo aberta, nem mesmo pela própria Marquesa, então o que Dian iria querer ali?
Menas tentou forçar a abertura algumas vezes, mas estava trancada. Ela parou um pouco e olhou ao redor até ver o pequeno abridor de cartas, não ficaria mais fácil forçar com um utensílio?
Após alguns minutos Menas conseguiu abrir a gaveta e acabou se deparando com inúmeros papéis.
— Que raios…? — aqueles documentos não eram da Marquesa, mas possivelmente de seu pai. Compras de pessoas, ervas ilícitas, contratos de vendas de minérios ilegais, comprovantes de compra de pedras de mana e muitos outros.
— O que o Marquês estava fazendo esse tempo todo? E por que deixar isso tão fácil? — as mãos de Menas tremeluziam com seu espanto, e se não fosse pelas luvas provavelmente teria molhado os papéis com o suor que começou a escorrer de seu corpo. Possuir qualquer coisa relacionada à magia era o mesmo que dizer que estava contra o império.
Qualquer pessoa que coloque as mãos nisso, pode destruir o Marquesado sem qualquer esforço.
Mais que isso, havia dois documentos em específico que chamou a atenção de Menas, porque neles estavam carimbados dois brasões muito familiares, da família Marshall e da família Wilton.
Se Dian veio pegar esses documentos é porque ele trabalhava para alguém que sabia da existência deles, Marshall ou Wilton? O Conde possui mais motivos para ser contra a senhorita, mas também é arriscado para o Duque revelar a existência de que patrocinou compras ilegais de pedras mágicas e venenos.
Menas se jogou na cadeira do escritório com aqueles papéis na sua frente, ela sentia como se uma bigorna tivesse atingido com força sua mente, a dor latejante a impedia de pensar direito. Menas sabia que tinha acabado de se envolver em algo que não deveria.
Mas o que ela deveria fazer? Contar tudo a sua senhorita? Ela sabia que isso não era possível, Lilith frequentemente ainda falava sobre o antigo Marquês sobre seus feitos com brilho nos olhos, isso era suficiente para Menas saber que Lilith desconhecia a existência desses papéis.
Se isso fosse à tona, não só a senhorita estaria fadada à morte, mas também todos do Marquesado, tinha que ter uma maneira, ao menos uma brecha que Menas pudesse usar para garantir segurança. Menas sabia que se uma pessoa já estava a procura dessas provas, era porque muito mais já havia começado a se mexer atrás das cortinas.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.