Capítulo 21. O carro nas sombras

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— Desculpe, não entendi.

— Pode me chamar de idiota romântica mas eu quero um cara que me ame e que esteja disposto até a escrever o meu nome do céu. Um cara romântico que me dê flores e me leva para jantar depois de um dia cansativo no trabalho. — Eva suspirou. — Eu quero me apaixonar e quero que seja recíproco. Estou cansada de ser a segunda opção, entende?

— Parabéns, você acabou de descrever o vizinho. — Flynn disse e Eva rolou os olhos. — Mas eu preciso saber... ele é bom de cama?

— Muito. O melhor sexo que já tive na vida. — Eva falou dando uma risada ao ver a reação de Flynn que deu umas batidinhas no volante empolgado.

— Eu sabia! — Exclamou.

— E eu meio que confessei isso a ele depois de um orgasmo. — Eva disse colocando as duas mãos no rosto envergonhada.

— Não acredito.

— Foi naquela festa que te falei da CNN. — Eva disse e imediatamente as memórias daquela noite lhe acertaram em cheio. — Eu olhei bem nos olhos dele e disse que tinha sido o melhor sexo da minha vida.

— E ai?

— E ai que eu pirei e voltei para casa. — Eva disse e falar aquilo em voz alta soava ridículo. —  Estar com o Sebastian é incrível ele realmente faz você se sentir especial mas isso me faz pensar que ele só seja muito bom em flertar, sabe?

— Ou talvez que você esteja com medo de admitir que talvez sinta algo por aquele bonitão. — Flynn disse enquanto encarava o retrovisor do carro de forma séria. Eva estava tão distraída que não percebeu quando ele agarrou firme o volante.

— É claro que eu sinto. Você já olhou bem para ele? Toda vez que ele sorri eu sinto minhas pernas tremerem mas é puro tesão nada a mais que isso. — Eva disse perdida em seus pensamentos até que Flynn fez uma curva fechada a fazendo segurar na porta do carro por causa do solavanco. Eva franziu a testa ao ver que os dois saíram da via principal pegando uma estradinha de terra qualquer. — Eu acho que você entrou no lugar errado.

— Tem um carro nos seguindo. — Flynn disse sério e Eva se virou para trás vendo uma picape na cor vinho de vidros escuros atrás deles, era quase impossível ver quem estava dirigindo o carro.

— Você tem certeza?

— Eu percebi faz uns vinte minutos mas só tive certeza agora. Ninguém pega essa estradinha de barro porque ela dá para um abatedouro ilegal. — Flynn disse revezando entre olhar para pista na frente e o retrovisor.

— E você está nos levando para um abatedouro? — Eva perguntou totalmente incrédula.

— O retorno para a via local fica há alguns metros. — Flynn disse sem tirar os olhos do retrovisor encarando a picape que estava começando a se aproximar.

— Vou ligar para a polícia. — Eva disse pegando seu celular digitando o 911.

— A polícia vai chegar tarde demais. Eu tenho um plano, então se segura... — Flynn disse engatando a quinta marcha e quase cantando pneu quando enfiou o pé no acelerador fazendo a poeira subir, deixando a picape para trás. O celular de Eva caiu do seu colo deslizando pelas suas pernas, ela se segurava no banco de couro do carro com força fincando suas unhas ali.

— Ele ainda está nos seguindo? — Eva perguntou quase em choque sentindo seu coração bater mais forte que o normal. — Por favor, fala comigo.

— O desgraçado ainda está atrás de nós. — Flynn disse ao ver os dois faróis no meio daquela cortina de poeira.

✓ COLLATERAL¹  |  SEBASTIAN STAN Onde histórias criam vida. Descubra agora