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Eddie Munson on

- Foi uma noite e tanto, não é?

- Foi sim. Aconteceu tanta coisa. - Suspirou.

- Não quer repetir a experiência qualquer dia desses?

- Não mesmo. Nunca mais.

Gargalhei ao ouvir o desespero na voz de Aly.

- Poxa, achei que você tinha feito tudo isso pela adrenalina. Não faria de novo?

- Eu faria se fosse pra te ver essa noite de novo. Não me arrependo de nada, mas da próxima vez, você é que tem que andar 5km pra me ver.

- Fechado.

- E você vai me dar carona de volta, não é?

- Claro, relaxa.

- Quantas horas são?

- 03:59. - Respondi depois de olhar em meu relógio de pulso.

- Isso tudo? Mas já?

- É. O tempo passa muito rápido quando a gente está com quem gostamos.

- Será que ainda dá tempo de tomar uma casquinha?

- Dá sim. - Ri.

- Já falei que a comida de Pennhurst é péssima, né?

- Já. Por isso quer tanto uma casquinha?

- Sim. Quero muito.

- Então vamos.

Nos levantamos e fomos em direção à minha van. Abri a porta para Aly e entrei no banco do motorista. Liguei o rádio que tocava "Should I Stay or Should I go". Aly olhou pra mim animada com um sorriso de orelha à orelha.

A garota abriu o vidro e colocou seu tronco do lado de fora, gritando a música. Diminui a velocidade pra não acontecer nenhum acidente, mas lógico que eu cantei juntamente a ela.

"It's always tease, tease, tease
You're happy when I'm on my knees
One day is fine, the next is black
So if you want me off your back
Well, come on and let me know
Should I stay or should I go?"

Quando a música acabou, ela voltou para o carro rindo muito. Seus dentes estavam todos expostos e em um momento, ela soltou um ronco, a fazendo rir mais ainda. Seus olhos estavam quase fechados e ela começou a chorar de tanto rir.

- Isso foi incrível!

- Você é maluca. - Gargalhei sem tirar os olhos da estrada.

- Não acredito que você me deixou fazer isso!

- E a culpa é minha?

- Claro que é!

- Olha só por quem eu fui me apaixonar.

Ela gargalhou mais ainda, como se soubesse que estava errada, mas não se importava.

- Ai minha barriga. Tá doendo de tanto rir.

- Coloca o cinto.

A garota fez o que eu pedi e tentou respirar fundo, mas voltou a rir mais ainda. Balancei a cabeça em negação e ri junto com ela por mais um pouco.

Chegando em uma sorveteria, ela desceu do carro correndo e entrou no estabelecimento. Tranquei o carro e fui logo atrás dela, rindo de sua animação.

me and your mamaOnde histórias criam vida. Descubra agora