PENULTIMO CAPITULO

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~*~

*Samantha*

Conrado já nos dava as costas quando um grito desesperado saiu pela minha garganta. Um barulho estrondoso, como uma explosão fez tudo vibrar e acreditei que era o fim. Porém, continuávamos ali, vivos e o cronômetro ainda emitia os "bips".

Uma fumaça tomava o ar e permitia ver pouco, porém, vinha da porta da frente do chalé, como se uma das bombas tivesse explodido ali. Conrado também tinha uma expressão confusa, não entendendo o que havia acontecido.

Ele olhou para o um dos caras que fazia sua segurança, sinalizando para que fosse até a porta verificar o que acontecera. Ao mesmo tempo Conrado apanhou uma pistola que tinha presa na cintura, em postura de defesa, pronto para atacar.

Acompanhei o rapaz com o fuzil caminhando até a porta, receoso. Segundos depois um estampido agudo surgiu novamente e meus olhos apenas viram sangue espirrando para todo lado. O rapaz caiu ao chão com um tiro bem no meio da testa. Os olhos ainda abertos.

E quando a fumaça que encobria a porta fora se dissipando, a silhueta de uma mulher surgiu. Cerrei os olhos para enxerga-la Melhor e levou alguns segundos até eu acreditar no que via.

Cassandra tinha uma espingarda empunhada em direção a Conrado e havia sido ela provavelmente que acertara em cheio a testa daquele segurança.

Confesso que nunca fiquei tão contente em ver Cassandra como naquele momento. Ela deu mais dois passos se aproximando e atrás dela surgiam mais outras duas silhuetas que logo foram ganhando forma. A de uma garota de altura mediana e esguia, cabelos curtos pretos e a de um homem — que na verdade era muito familiar. Quero dizer, idêntico a Conrado. Mas de olhos azuis.

— Samantha!!!! — Dizia o homem familiar olhando com desespero para mim.

Aquele provavelmente era o mesmo que eu via em meus sonhos, o "Conrado de olhos azuis". Ou melhor dizendo : o tão falado Caleb. A forma com que me olhou, a emoção transmitida fez surgir em mim uma sensação agradável, apesar de ainda não lembrar propriamente das coisas que diziam sobre mim e Caleb — a respeito do nosso envolvimento.

Porém eu sorri, sorri de alegria, e fui tomada por um sentimento de saudade inexplicável. Era a certeza que tive, a de que mesmo não tendo memórias, a minha alma e a de Caleb estavam Conectadas de alguma maneira.

— Aonde pensa que vai irmãozinho?— Conrado apontou o revólver em minha direção.

— Solte ela, Conrado! E ficará tudo bem com você! — Decretou Caleb parando no meio do caminho.

Cassandra ainda mantinha a espingarda apontada, firme e forte.

— Acho que chegou o fim da linha, Conrado. — Disse a empregada.

Ao lado dela estava a moça que não me era estranha. Ela também me olhava com preocupação e provavelmente nos conhecíamos. Seria a tal Mierra?

— Nem ouse se aproximar. Nemhum dos
Dois... ou eu estouro o miolo delas... Das duas... Tanto da sua namoradinha, Caleb, quanto os de Rebecca!

Logo outros três seguranças desceram do andar superior correndo escada abaixo . Eles se juntaram ao último  que restara e fizeram uma barreira a frente de Conrado, feito um escudo. Eles apontavam com os fuzis em direção a Caleb, Cassandra e Mierra.

— Acho melhor você soltá-las! — Mierra tinha uma prepotência familiar na voz.

— E quem é você? An? — Conrado desdenhava olhando Mierra de cima abaixo.

APAIXONADA PELO MEU ASSASSINO?Where stories live. Discover now