Capítulo 22

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MAYA

Meu rosto mostrava toda minha surpresa ao ver quem estava ali, minha vontade era de pular em seu colo e lhe dar um beijo na testa, mas me comportei olhando-o de longe e sorrindo amigável.

– Quanto tempo! – Dylan falou olhando alegremente pra mim, sorri sem graça e encarei o mason que olhava aquilo tudo entediado.

– O que aconteceu nesses últimos dias?? – Mason perguntou atropelando minha palavras. Sorri sem jeito e me levantei para subir para o quarto porém a voz de mason se fez presente mais uma vez. – Ué já vai querida, achei que gostasse do seu cunhado. – Aquilo me deixou enojada, com uma sensação de desgosto.

– Eu estou com dor de cabeça, eu só quero descansar. – Tentei fingir simpática com mason, ele não era uma das melhores pessoas do mundo, mas quando estávamos a sós ele conseguia me fazer sentir a mulher mais perfeita do mundo.

– Maya, continuei sentada onde está. Ou prefere dormi no quartinho do silêncio? – Me sentei ao seu lado novamente engolindo laminas, olhei para o mesmo com um sorriso falso tentando disfarça meu ódio. – Ué parece que você fica mais afrouxar quando temos visita. – Ele falou encarando agora o irmão.

– Visita? – Dylan perguntou confuso assim como eu, eu achei que ele deixaria o dylan ficar, mas parece que me enganei.

– Dylan você usou a faca sem luvas e a deixou pra trás, achas que não virão atrás de você? – Mason deu um sorriso gelado pro irmão, aquela conversa estava me deixando desconfortável. – Você é tão burro que esqueceu até de usar a porcaria de uma Luva, ou levar a arma do crime com você.

– Não me chame de burro, afinal não sou eu que se ilude por alguém que não vai te amar nem se você nascesse de novo. – Derrepente tudo ficou calado, calado o suficiente para o mason perde  todo brilho que ele tinha no olho.

Olhei para o mason, ele estava quieto com as mãos trêmulas e fechadas, punhos cerrados. Ele levantou e me puxou pelo braço me colocando atrás dele, não estava entendendo o motivo.

– Me de ela mason! – Vi o mesmo pegar algo que estava no cinto de couro que ele usava.
– Eu sabia que não viria aqui por outro motivo, não dylan, você nunca sabe o que é não? – Ele perguntou me afastando mais ainda, ele queria que eu atravessasse a parede?

Dylan foi rápido em tirar uma pistola da jaqueta que ele usava e apontar para o mason, novamente meu coração acelerou me deixando sem respira, olhei piedosa para dylan por cima dos ombros de mason mas ele tinha o mesmo olhar do irmão.

– Ah que droga cara! – Dylan largou a arma no chão logo em seguida colocando as duas mãos no rosto. – Eu preciso que você deixe ela ir mason, ah vários agentes do FBI, policias, detetives, guarda costeira, soldados atrás dela. – O exagero dele me fez querer rir, mas segurei.

– Mesmo que venha Lúcifer atrás dela, ele só a tirará de mim quando me matar! – declarou ainda apontando a arma pro irmão, meu medo intensificou quando Mason colocou o dedo indicado no gatilho.

Meus olhos já mina em água, minhas mãos trêmulas seguram a mão que estava desocupada de homem e aperta levemente se mostrando presente ali. Só assim ele não olharia tanto para o irmão.

Minhas mãos estavam suando frio fazendo com que a pele do Mason molhasse pelo meu suor, olhei pra íris verdeada dele procurando um vestígio de calma.

– Sobe. – A voz grave dele fez meus pelos se arrepiar, neguei com a cabeça segurando ainda mais forte a mão dele. – Eu mandei subir porra! – Me empurrou com a mão que eu estava segurando me fazendo cair que nem um saco de bosta no chão, a humilhação era nítida. Eu só estava fazendo aquilo porque Dylan não merece morrer por minha causa.

– Mason seu filho de uma puta! – Quase gritei ao ver ele indo em direção ao Dylan agora com um faca em mão. – Já te falaram que sua mãe é uma cadela?

Eu estava com medo porém não deixaria que nada acontecesse com ambos, olhei com ódio puro pra mason, sei que minhas palavras atingiriam ele por ele ter um sério amor pela a mãe dele, que ela descanse em paz.

– Estou farto de você. – Ele largou a arma no chão vindo em minha direção, a minha única solução foi correr para as escadas, dylan olhava toda aquela cena com um semblante neutro. Não queria que ele se metesse.

– Você.. – Antes que eu pudesse termina ele agarrou meus cabelos me jogando contra a parede, meu corpo já dolorido pelo impacto do chão permaneci ali mesmo apenas tentando buscar fôlego, afinal eu bati minhas costas.

– Vamos lá. Me desafie novamente. – Pediu parando em minha frente. – VAMOS CARALHO EU TO MANDADO! – Pelo susto tremi contra a parede tentando não deixar que nem uma lágrimas escapasse dos meus olhos.

– Você me tratar assim porque sabe que eu tenho medo de você! – Soltei olhando para um ponto fixo no seu rosto.

– Maya, de onde veio toda essa coragem? – Ele se aproximou do meu rosto me fazendo sentir o hálito quente dele tocar na minha pele.

– Já chega mason. – Dylan se pronunciou, segurando o ombro do irmão tentando inutilmente afastar o mesmo.

– NÃO ME TOCA PORRA. – gritou se ficando um pouco mais alto que o irmão. Os punhos de mason estavam cerrados prontos para socar a cara de Dylan, e foi o que ele fez.

Dylan cambaleou pra trás pela força depositada em seu rosto e sorriu, que droga. A mão de mason já estava vermelha e entraria em carne viva se continuasse assim.

Dylan avançou pra cima do mason tentando devolver o soco mas não acertou nenhum muito ao contrário mason acertava mais socos que ele me deixando aterrorizada.

Alguns segundos deles se esmurrando mason subiu encima de Dylan depositando socos em seu rosto sem parar, de longe pude ver sangue o que me fez levantar de pressa e corre para impedir que mason matasse o irmão ali na minha frente.

– Mason, já chega pelo amor de Deus, você irá matá-lo! – Puxei os braços do mesmo mas fui empurrada novamente batendo as costas no sofá, mas não desisti.

Consegui finalmente tirar ele de cima de Dylan, e foi como acorda o demônio de mason, ele me olhava de forma agressiva. Foi questão de segundos até ele segurar meu braço e me impulsionar para o porão da casa, onde tudo em mim atacava. Me contorcia implorando pro mason não fazer aquilo mas era inútil, decidir seguir as ordens dele.

– Três dias, sem comer, bebe, banha, ou até mesmo falar. – Falou apontando o dedo na minha cara e me olhando com ódio.

– Eu odeio você! – Gritei em seu rosto agora chorando de vez.

Ele sorriu e se retirouu do cômodo me deixando sozinha com meus devaneios, já que não podia nem sequer falar naquele lugar com um mal cheiro.

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Não fujaWhere stories live. Discover now