Hora mágica em sol maior

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Constrangido, aperta os olhos e franze o nariz, voltando a se esconder atrás da câmera. Sempre que Kyungsoo está por perto, ele continua dizendo coisas esquisitas.

Kyungsoo não diz nada, mas suas bochechas ficam coradas. Ele continua com as mãos em frente ao corpo, balançando de um lado para o outro, como um garoto de treze anos na sua foto de formatura do fundamental. Ele não faz nada de especial. Só fica ali parado, com sua camiseta verde listrada e o sol beijando sua pele, mas a composição da cena deixa Jongin maravilhado.

— Uau, a luz está ótima aqui — ele comenta para quebrar o gelo, e também porque a luz está ótima ali. — Sabe, eu até que gosto das suas camisetas listradas. Combinam com você.

— Obrigado. Eu até que gosto das suas camisetas horrendas de banda também.

Jongin abaixa a câmera de novo.

— Ei! Você não pode usar "gosto" e "horrendas" na mesma frase.

Kyungsoo encolhe os ombros.

— É claro que posso. Acabei de usar.

Ele faz ajustes no ISO, diafragma e velocidade da câmera. Tira alguns cliques e grava vídeos curtos para teste. A luz está realmente boa. Se der um pouco de zoom, consegue ver as pintas que Kyungsoo tem perto da boca. Elas são lindas, como pequenas estrelas despontando numa noite de verão.

Jongin engole em seco e posiciona a câmera no tripé.

— Já me decidi — ele comenta casualmente, apontando para a janela. — A gente vai se beijar aqui.

Kyungsoo quase se joga do segundo andar.

Em vez disso, ele responde com as três palavras mais eloquentes da sua vida:

— Ah... Hum... Tá.

Uma reação ambígua que Jongin interpreta como "Estou ansioso pra te beijar" ou "Não quero te beijar de jeito nenhum". Ele espera que seja a primeira opção.

Por favor, que seja a primeira.

Jongin sempre sentiu que a relação que tinha com Kyungsoo era especial, mas nunca entendeu onde foi o ponto de virada. Quando saíram do limbo de amigos para se tornar algo mais — algo ainda sem definição própria.

Para ele, talvez tenha sido quando Kyungsoo deitou em seu ombro na varanda. Mas foi só quando se beijaram pela primeira vez que as peças se encaixaram. Beijar Kyungsoo foi como encontrar o oásis depois de um longo dia de caminhada no deserto. Ele não sabia o quanto estava louco para beijá-lo até sentir o rosto dele em seus dedos.

E ele quer fazer de novo.

Ele vai fazer de novo. Em poucos minutos.

Caramba. Sua nuca não para de formigar.

— Aliás, segui seu conselho — ele conta, tentando se distrair, porque o tempo passa mais devagar toda vez que pensa em beijar Kyungsoo. — Hoje de manhã, eu gravei o instrumental do baixo e enviei a letra da música para a Sooyoung.

— Mentira! — Kyungsoo exclama, animado. — E o que ela achou?

Ele parece tão feliz e esperançoso. Jongin decide se divertir um pouquinho.

— Bom, ela disse que o título é uma merda.

— Ah, não...

— Que é brega e muito longo.

— Meu Deus.

— Mas também disse que é melhor que qualquer música de romance que o Sehun já escreveu.

Amor em Quatro Acordesحيث تعيش القصص. اكتشف الآن