O Pardal Perdido Que Não Podia Planar

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– Jeonggukie... – chamou, palavras pesando na ponta da língua.

– Hm? – murmurou ele, continuando como estava.

Mas Taehyung se aproximou, devagar como um felino farejando a caça, e Jeongguk abriu os olhos e se surpreendeu quando viu Taehyung tão perto, o nariz à centímetros do seu, como se ele quisesse...

– Eu... Eu queria... – ele sussurrou, tão baixo que Jeongguk saboreou o hálito dele em sua língua.

– Sim, Tae, me peça... – os olhos dele não desgrudavam dos seus. Jeongguk ergueu a mão no ar, pronta para segurar a cintura dele e puxá-lo para si...

– Eu... Estou com fome! – exclamou ele.

A mão de Jeongguk caiu como se tivesse sido esbofeteada. A expressão derretendo como uma vela que recebeu fogo demais, queimou demais, mas que se apagara bruscamente.

Claro que era isso que ele queria. Taehyung não era capaz de pensar naquelas outras coisas. Ele era puro e inocente, Jeongguk deveria se lembrar. Ele tinha que proteger Taehyung e isso incluía de si mesmo, também.

– É claro! Desculpe, meu bem, eu esqueci que precisamos comer... – deu uma risada sem graça, desviando de Taehyung e evitando tocá-lo. Qualquer contato com aquela pele quentinha de sol poderia acender muito mais que uma chama em si.

– Panquecas com geleia de morango? – perguntou ele, com aqueles olhos de filhotinho brilhando.

Jeongguk deu um beijinho na testa dele.

– O que você quiser.

No ato de pegar a farinha no armário, Taehyung logo atrás dele, animado para o café, o celular de Jeongguk apitou com uma mensagem.

– Boas notícias. – disse ele, assim que leu o texto. – Jimin nos convidou para tomar café com eles. Ele está no Yoongi.

Claro que estava. Jimin ficava mais na casa de Yoongi do que na sua própria e Taehyung não podia reclamar, afinal, também estava passando um bom tempo na casa de Jeongguk ultimamente.

Taehyung baixou os ombros, desanimado.

– Mas eu queria muito as suas panquecas com geleia de morango. Elas são espantosamente saborosas e doces e macias... – ele mordeu o interior da bochecha e Jeongguk derreteu como uma manteiga.

– Jimin não vai se importar se eu tomar a cozinha um pouco para fazer panquecas com geleia de morango espantosamente saborosas e doces e macias para o meu ômega. – brincou Jeongguk, dando um toquinho embaixo do queixo de Taehyung.

Foi como mágica. Os olhos de cachorrinho voltaram a se acender. Se era pelas panquecas ou pelo "meu ômega", Jeongguk se permitia imaginar.

– Ora, então o quê estamos esperando?! Vamos logo!

De repente, Jeongguk se viu sendo carregado por uma força da natureza de cabelos azuis e roupas duas vezes maiores que ele.

– Espera, Tae! Ainda estamos de roupa de sol! Tae!

✿✿✿

– Isso. – disse Yoongi, aparecendo na cozinha. – Não tem nada que eu ame mais do que te ver assim. De pijama, cabelo bagunçado e preparando o café como se fizesse uma cirurgia em alguém.

Jimin tirou os olhos afiados da nobre tarefa que realizava: passar o café. Diferente de Yoongi, que fazia tudo seguindo os mandamentos da praticidade, Jimin era detalhista. A perfeição era o objetivo até num simples ato como passar café para sua família. Além disso, ele sabia que Yoongi adorava seu café. E queria receber elogios dele. Não porque precisasse, mas porque amava ouvi-los.

Jardim de Papel (taekook ABO)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang