Kim Taehyung, um garoto simples e único criado numa fazenda no interior de Daegu, Coreia do Sul, tem o sonho de conhecer o mundo e tudo que ele tem de melhor. Porém, seus pais super protetores o impedem de sair de casa, com medo do sofrimento que el...
Nossa, vocês estão tão ansiosos por esse capítulo kkkkk a insegurança tá como....
Espero que gostem, docinhos!! Mas antes é meu dever agradecer pelas mais de 17 k de leituras e 3 k de votos e, claro, por todo amor que vocês dão a essa estória tão especial para mim!! Obrigada!!
Boa leitura!!! Temos mais de 11 k de palavras aqui, então aproveitem!!
Ps: Essa roupa foi a inspiração para o traje do Tae nesse capítulo, para ficar mais nítido pra vocês!!
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Pessoas mais sábias diziam que a cada alvorecer, a vida recomeçava. Para Taehyung, cada manhã significava uma nova aventura cheia de desafios e mistérios. Mais uma para acrescentar à sua jornada.
Quando estava em Flora Coração, era seu ritual matinal abrir a janela e sentar no assento sob ela para admirar a natureza viva que o rodeava. Os pássaros acordando e buscando comida para os filhotes, a névoa noturna se dissipando como uma cortina translúcida sendo aberta para um novo céu azul, tão igual o anterior, mas tão diferente ao mesmo tempo.
Abrir sua janela e dar de cara não mais com pinheiros espinhentos e vegetação densa, trocando as árvores frutíferas por prédios gigantes e simétricos era uma mudança e tanto. Até mesmo o nascer do sol em Seul era diferente do de Flora Coração. Lá, as manchas de vermelhos e laranjas, fluídos como uma aquarela, lhe traziam paz. E mesmo nos dias onde não era possível vê-lo, como no inverno, saber que ele estava lá já era irrevogavelmente tranquilizante.
Aqui, na cidade grande, até mesmo o alvorecer era um pouco cinzento. As cores eram mais frias, mas a sensação era tão animadora quanto. Taehyung não sabia o quê esperar quando abria sua janela. Se veria uma erupção vermelha ou um nascer tímido e preguiçoso. Mas sempre que via o sol irromper como a estrela de fogo e luz em toda sua grandiosidade, suas energias eram renovadas e uma nova jornada se iniciava.
Uma borboleta, uma rara e bela borboleta, tão difíceis de se encontrar na cidade, pousou na beirada da janela, descansando suas asas que tinham um detalhe curioso de cores. Umas delas era negra como nanquim, mas refletia verde metálico. A outra era completamente transparente exceto nas linhas que desenhavam a asa, como um esqueleto posto à luz forte.
Quando pequeno, Taehyung costumava acreditar que borboletas eram fadas que se disfarçavam para entrar no mundo humano e não serem reconhecidas. Ele corria atrás dos pobres insetos implorando para que o levassem junto para o Reino das Fadas. E, mesmo depois de crescido, ele nunca deixou de pensar que havia, sim, alguma magia nas borboletas. Em toda a natureza, na verdade. O padrão das cascas das bétulas, a simetria das colmeias das abelhas, o quê acontecia dentro do ovo de um pássaro. Coisas que ele nunca deixou de admirar.
– Acho que a saudade de casa faz parte da jornada, não é, borboletinha? – perguntou Tae à borboleta.
Ele ouviu seu celular vibrar com uma nova mensagem e se virou para pegá-lo na mesa de cabeceira. Quando voltou para a janela, a borboleta já havia alçado voo e seguido alguma corrente de ar que a levaria para sua própria aventura.
