twenty-five: a broken arm.

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EMMA FISHER LEBLANC

Para a minha surpresa o jantar de ontem foi ótimo, eu cheguei no quarto cansada e Tayler também, não demoramos nenhum pouco para dormir.

Hoje fui acordada às pressas com um telefonema de Iris dizendo que sua mãe havia sofrido um acidente em casa. Nada mais justo do que voltarmos logo para New York.

Eu confesso que estou um pouco decepcionada, mas entendo o medo de Tayler de estar longe se acontecer algo grave. Pelo o que parece vamos terminar a nossa lua de mel na nossa casa.

Eu termino de arrumar as minhas coisas e a de Tayler, faço esse esforço para ajudá-lo já que não saia do celular esperando notícias de sua madrasta. Para alguém que acabou de perder o pai, essa situação ainda é complicada.

- Eu sei que nada do que eu disser vai te confortar, mas eu estou aqui e vai dar tudo certo. - Me sento ao seu lado na cama. - Evy é uma mulher forte e acidentes acontecem. - Tayler me olha, ainda calado e eu deito minha cabeça em seu ombro.

- Eu perdi as contas de quantas vezes eu pedi para que ela não fizesse tanto esforço, nós temos dinheiro o suficiente para pagar pessoas para limpar a porra do sótão, não tinha necessidade dela subir em uma escada. - Ele desvia o olhar dos meus, talvez para que eu não enxergasse a dor em seu olhar. - É um braço quebrado hoje, amanhã ela pode bater a cabeça e o pior acontecer. - Tayler diz baixo, mas eu escuto e acaricio a sua coxa.

- Vamos perder o vôo se não sairmos daqui logo. - Eu respondo, me levantando para pegar as minhas coisas.

- Podemos voltar aqui um dia, se você quiser. - Tayler responde com uma certa culpa em sua voz, que faz meu coração apertar.

Também estranho o fato de que Tayler sempre diz como se fossemos ficar juntos para sempre, como se nosso contrato fosse realmente vitalício.

- Sim. - Depois de um tempo calada eu respondo. - Mas agora precisamos voltar para casa, você não tem muitas vantagens em ser o filho mais velho. - Brinco, tentando deixar o clima mais leve.

- Eu sei disso. - Ele ri fraco, mas ri.

O caminho até o aeroporto é silencioso e muitas vezes vejo o olhar de Tayler perdido, ele parecia ter os piores pensamos e isso apertava o meu coração cada vez mais.

Eu não sei por que, mas eu me importo, mais do que deveria. Talvez pelo nosso estado civil ou pelos beijos que viraram rotina em nossas vidas.

- Você está com fome? - Ele me pergunta me fazendo voltar para onde estávamos e sair de meus pensamentos.

- Não temos tempo para comer. - Olho em meu relógio e Tayler parece concordar.

- Comemos no avião então. - Tayler responde e aproveita para colocar os seus óculos de sol, aqueles que me fazem olhar para ele feito uma obcecada.

Eu acabei me dando conta de que não tinha respondido a sua pergunta, mas sim, eu estava morrendo de fome. Um fato sobre mim é que poucas vezes pulo o café da manhã e sem dúvidas não deveria ter feito isso hoje.

- Pode me dizer, você não imaginava que além de mim, ganharia uma família problemática de brinde. - Ele me olha e eu não consigo segurar minha expressão, franzo a testa porque aquele assunto, agora, era muito aleatório.

 𝙊𝙐𝙍 𝙇𝙄𝙏𝙏𝙇𝙀 𝙊𝙉𝙀Onde histórias criam vida. Descubra agora