APAIXONADA PELO MEU ASSASSINO?

PARTE II -- CAPÍTULO 18

Desliguei o telefone. a prova de balística demoraria pouco tempo e apesar disso,  eu não sabia se conseguiria aguentar minha ansiedade. Mas era preciso calma.

~*~

Havia dormido melhor neste dia que na noite anteiror. Já se passavam mais de quarenta e oito horas desde o desaparecimento de Samantha. As vezes eu queria acreditar que ela fosse aparecer na porta de casa a qualquer momento e eu poderia abraça-la.

Acho que procurei tanto protegê-la e mantê-la sob minha guarda que eu não esperava que alguem fosse tira-la de mim, ainda mais em uma emboscada como aquela. E quem teria feito isso? Sob qual justificativa?

Meu telefone pessoal vibrou em cima da mesa da cozinha.

Apertei o botão para ligar a cafeteira e  fui olhar para saber quem me ligava.

-- Que surpresa, tia. Como vai? -- Disse empolgado.

Tia Gertrudes havia criado a mim e meu irmão quando nossos pais faleceram. Mas conforme a adolescência surgiu, Conrado e eu brigávamos constantemente e eu saí de casa.

Apesar de sermos gemeos, eramos muito diferentes — e para muito além do fato dos meus olhos serem azuis e os dele pretos feito carvão. Convivermos sob o mesmo teto se tornava insustentável  a medida que eu percebia a saúde de tia Gertrudes se debilitando pelo estresse que minhas discussões com iConrado causavam a ela.

-- Vou bem na medida do possível... -- A voz era um pouco fraca -- Estou te ligando para saber de Conrado.

Eu engoli em seco. Fazia alguns anos que não vira meu irmão. Apenas soube que trabalhava para uma agencia de assa*ssinos concorrente a que eu estava.

-- Não nos falamos há anos, tia. Eu não sei o que houve com ele -- Eu não iria mencionar a ela qual a era a profissão de Conrado. Nem a minha.

-- Qualquer dia eu morro de desgosto, meu filho! Como podem dois irmãos não se falarem? São sangue do mesmo sangue! -- Ela tinha um pesar na fala.

Eu não pretendia voltar a falar com Conrado. Muitas coisas aconteceram entre nós dois que minariam qualquer tentativa de reconciliação. Mas mentiria para a minha tia, para acalma-la.

-- Talvez um dia a gente se resolva, tia. Não descarto uma aproximação com ele, mas não por agora, tudo bem?

ela suspirou.

-- Conrado nao fala comigo há meses... Antes ele me ligava para dizer algo e ver como estava, mas tem algum tempo que não tenho notícias do seu irmão. Ele deve estar mal...

-- Mal? O que aconteceu com ele, tia?

-- A esposa... A esposa de Conrado morreu. E o pior é que a policia acredita que ela foi assassinada. Ele não estava bem, Caleb. A policia o investigava como se fosse um suspeito.

Eu pensei comigo que levando em consideração a personalidade do meu irmão, não acharia estranho ele ter dado cabo da própria mulher.

-- E não soube mais de nada?

-- Não, Caleb. Ele simplesmente não atende as minhas ligações há alguns dias.

De fato eu não sabia como era a dinâmica dentro da agencia que meu irmão trbalhava, mas poderia supor que ele estivesse em alguma missão. Eu mesmo já fiz trabalhos fora do Brasil que levaram meses.

-- Não se desespere, tia. Ele ja fez isso antes. Quando menos esperar Conrado liga para a senhora.

Outro suspiro, mas este último espremia um desânimo.

-- Não sei, meu filho. Há um pressentimento aqui dentro de que as coisas nao andam bem.

Enquanto ela falava uma ligação sumultânea surgiu.

-- Tia, estão me ligando do trabalho. Posso falar com a senhora depois?

-- claro que sim, meu sobrinho querido! Aguardo seu retorno.

- Belza. Beijos, tia.

Meu coração estava disparado, ansioso. Seria muito cedo para haver qualquer laudo da balistica sobre a origem do projetil que encontrei no hotel, não seria?

Bem, acho que não!

-- O laudo preliminar da balistica saiu, vinte e tres — Dizia a voz distorcida.

Meu coraçãoa celerou.

-- E qual é? O que estão concluindo??

Mal conseguia disfarçar meu desespero pela resposta.

-- A bala veio de uma arma que não temos na agencia. Nem mesmo a policia tem...

-- E de quem seria a arma?

Um suspense breve.

-- Da WWP.

WWP era a agências que meu irmão trbaalhava, cocnocrrente da X-RENT. Algumas coisas começavam a se encaixar.

NOTA: Meninas, desculpem o desaparecimento. Votem e me sigam. Recomendem o livro. Se gostam, compartilhem. Tudo que peço em troca. Bjs