PARTE II - CAPÍTULO 13

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Por garantia, ainda caminhei quase uma hora inteira — pelo que estimava — pela mata, margeando a estrada, para não me perder. Eu não sabia o quão longe estava da mansão, então todo cuidado era pouco e precisava garantir ao máximo minha segurança.

Aos poucos a movimentação de automóveis crescia e o asfalto surgiu, pavimentando a rua.
O fluxo de carros ia pelas duas direções  e foi somente aí que me senti segura para sair da floresta, para pedir ajuda a alguma  mulher  que passasse.

Claramente optei por mulheres para me certificar de que não seria nenhum empregado ou segurança do meu marido. A maioria eram homens. Apesar de mesmo assim, um risco continuar existindo, risco este que deveria correr.

Por sorte uma mulher acabou por me ver toda desesperada pedindo ajuda. Ela parou o carro no acostamento e desceu.

— Menina, o que houve?

Eu chorava de desespero. Ou alívio. Não sabia ao certo.

— Eu... eu... — Mal conseguia dizer nada.

Sentia minha cabeça girar e náuseas intensas. As pernas trêmulas, as fibras musculares as confeitando com força, deixando todo Münzgewichtes muito rígido. Não conseguia falar. Não podia pensar direito.

Era uma descarga arrenegava intensa e eu perdi ao consciência — se devido a exaustão que sentia ou pelo fato de estar comendo apenas pão por dois dias. Já não sabia mais.

~*~

Despertei no hospital com um homem de jaleco branco abrindo minha pálpebra e apontando uma luz na pupila. Testava reflexos, como em filmes.

— Senhora? — Chamava ele.

Abri os olhos de vez mas minha visão ainda era borrada. Estava deitada de maneira confortável naquela maçã. Ouvia o barulho de bips e havia uma acesso venoso no braço esquerdo por onde corria soro até minha veia.

— Estou num hospital? — Indagava olhando ao redor.

— Sim. Eu sou o aus médico por agora. — Era um senhor de cabelo grisalho que dizia. Deveria ter mais de sessenta anos — Lembra seu nome?

— Samantha. Meu nome é Samantha. O que houve?

Ele pegou o estetoscópio e auscultou meu coração. Depois olhou para o monitor ao lado da cama e anotou em sua prancheta os números que via na tela. Eram meus sinais vitais provavelmente.

— Encontraram você no meio da estrada pedindo ajuda. Lembra-se?

O médico me olhava. Acho que a pergunta dele também era algum modo de me examinar,
Saber se eu não era uma desorientada ou maluca.

— Lembro. Lembro sim.

— E como foi parar na estrada, Samantha? Alguém Atacou você?

Ele me fez lembrar de tudo. Das agressões de Caleb, da fuga. E então uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

— Meu marido... — Murmurei já tomada pelo choro, olhando para o passado com os olhos vagos. — Meu marido...

— Me conte. O que seu marido fez? Sinta-se segura para dizer o que quiser. Ficará somente entre você e eu, ok? — O doutor sentou-se ao pé da minha cama.

— Não gostaria de falar disso agora. — Eu pretendia dizer apenas ao delegado quando fosse a polícia.

— Tudo bem, Samantha. Não vamos cansa-la
Agora está bem? Só uma coisa...

APAIXONADA PELO MEU ASSASSINO?Where stories live. Discover now