PARTE II - CAPITULO 5

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— Caleb nos contou que a queda foi feia. Que o impacto na cabeça lhe causou perda de memória. — Ela me reparou dos pés a cabeça — Você é muito mais bonita pessoalmente. Se não fosse casada com Caleb eu não permitiria que meu marido a visse — Ela ria de sua piada sem graça.

Esbocei um riso nada animador.

— Ah, é a primeira vez que nos vemos? — Indaguei confusa.

— É sim. Pessoalmente sim. Caleb sempre falou de você e mostrava fotos dos dois juntos no celular. Vocês não moravam aqui... pobrezinha! Não deve se lembrar — Ela fez uma cara de pena — Aí então  se mudaram para o lugar mais inóspito de toda a zona Oeste do Rio!

E quando eu ia perguntar outras coisas, Caleb apareceu me pegando pela cintura.

— Já está tarde. Amanhã levanto cedo, vamos?

Caleb nem  mesmo cumprimentou aquela mulher, apenas me arrastou sutilmente pelo restaurante, acenando para um e outro colega enquanto partíamos.

— Esses abutres não podem ver uma mulher bonita! — Caleb parecia um tanto raivoso enquanto dava partida no carro.

— De quem está falando? — Indaguei.

— Dos meus sócios. Não percebeu os olhares deles para o seu corpo? Pareciam nunca terem visto uma mulher...

Caleb apertava com força o volante. Definitivamente estava com raiva.

~*~

Pendurava o vestido que Caleb me deu em um Cabide e deixei sobre a cadeira perto da penteadeira para que Cassandra recolhesse e mandasse a lavanderia.

Outra vez Caleb apareceu sem ser chamado. Eu vestia um pijama de seda rosa e meus cabelos estavam úmidos. Precisei lavá-los por conta da pasta usada para moldar o penteado.

— Esse seu sabonete é muito cheiroso.

Caleb sentou em minha cama. Estava sem camisa, o tórax definido completamente nu. Trajava uma samba cação e algo me dizia que ele não usava cueca.

Eu não podia negar que meu corpo reagia aquele homem bonito, alto e charmoso sentado na beira da minha cama. Um calor subiu pelo meio das pernas e se reverteu em borboletas pelo ventre. Ao mesmo tempo  em que algo dentro de mim dizia que nao haveria problemas em me entregar ao meu marido, meu desejo ia desmoronando após  eu ficar tomada por pensamentos confusos.

— Vem, fique perto de mim!

A voz dele era como um imã me atraindo. Exatamente nessa noite os pensamentos confusos deram uma leve trégua ou diminuíram sua intensidade.

Somado a isso, de alguma maneira  meu corpo estava muito mais reativo aos efeitos causados pela visão daquele homem forte e sex*y me devorando com os olhos.

Creio que meu marido percebeu a chama do desejo carnal em minhas pupilas, pois assim que fiquei a poucos metros dele, ele me agarrou pela cintura e deitou-me na cama, encaixando suas coxas por entre minhas pernas.

O p*au dele estava extremamente rígido e pulsava mais que antes, latejando na minha vulv*a.

O que antes era um calor pela virilha, transformou-se em umidade, uma umidade quente e abrasiva.

Caleb beijou meus lábios como se fossem duas cerejas apetitosas, os mordendo levemente. E tudo que fiz foi me deixar levar.

Caleb puxou meu baby-doll de lado e a calcinha junto. Baixou sua samba canção e todo o membro saltou para a fora. Ficou alguns instantes roçando com o p*au na minha vulv*a e então cuspiu na palma da mão e o introduziu lentamente dentro de mim.

Era um prazer indescritível. Que explodia em prazer e meu único impulso era de arranhá-lo nas costas, clamando para que me possuísse por inteira, que me machucasse se quisesse, desde que não parasse de me proporcionar aquele prazer.

Eu ofegava com os movimentos dele contra o meu quadril, em estocadas que me preenchiam. Caleb se deliciava, como se eu fosse um prato delicioso que há muito ele não provava.

Foi então que Caleb me olhou e eu jurei que seus olhos castanhos escuros de sempre ficaram mais azuis que o céu.

Um relâmpago de memória surgiu em minha cabeça, e nessa lembrança eu estava em uma casa simples, em um quarto bem menor do que eu tinha atualmente , onde um homem de capuz me olhava e estava sobre mim, tapando minha boca.

Eu gritei assustada, desesperada.

Caleb se levantou e acendeu a Luz, perguntando o que tinha acontecido.

— Eu. Eu... Acho que lembrei de algo... ou delirei, não sei...

Contei a Caleb o que havia rememorado. Ele prestou atenção e disse que poderia ser minha mente recriando situações irreais a partir de lembranças factuais. Afinal, se ele
Estava na lembrança, não poderia ser de toda falsa.

— Está certo, Caleb. Devo ter surtado como sempre. Desculpe!

Ele estava sentado ao meu lado na cama, abraçando meu ombro. Caleb me queria bem.

— Se importa se formos dormir! ? — Disse sem graça.

— Ah, claro. Se quiser posso dormir com você, pra não se sentir sozinha e com medo — ofereceu-se.

Sorri mas recusei.

— Acho melhor nao, Caleb. Ainda não.

E olhei para os olhos castanho escuro dele. Não eram azuis, não eram. Que loucura. Eu precisava descobrir o nome daquele mulher loira que conhecera no jantar. Perguntar muito mais coisas e tirar todas aquelas dúvidas da minha cabeça.

APAIXONADA PELO MEU ASSASSINO?Onde histórias criam vida. Descubra agora