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Não demorou muito, minutos depois minha família apareceu com roupas limpas e de banho tomado, pareciam outras pessoas.

Havia feito com que houvesse comida também em todas as tendas, então nós sentamos em volta de uma mesa e comemora lentamente. Riamos e conversamos como antes, como eu não pude sentir falta disso? Eu sentia falta deles todos os dias, mas foram acontecendo coisa uma atrás da outra que saudade era a última coisa que eu pensaria antes de dormir. Após comer e saber que todos os soldados estavam bem alimentados e que estavam dormindo bem, me sento em uma poltrona grande e macia, meu pai sentou em um sofá confortável junto de minha mãe ao meu lado, Oli sentou junto de Orli também em um sofá do meu outro lado e meu mestre sentou também em uma poltrona em minha frente. Ao ver o olhar ansioso a espera de respostas eu ri.
- Bom, por onde eu começo a contar? - falo sorrindo.
- Do começo ora.- minha mãe fala e eu suspiro.

- Ok então, do começo. Bom, quando eu saí do nosso reino e fui até o dragão eu entrei no reino dos dragões. Um reino triste, cinzento e sem vida, todo o povo virou estátuas, era horrível de se ver como ele era antes, assim que eu cheguei no reino eu sempre me sentia mal, desmaiava a todo momento, eu sentia a tristeza e a dor de todo aquele povo em meu peito - fiz um sorriso triste e olhei a mesinha no centro - conheci Sun e Kessi a fada que vocês viram mais cedo, de início eu não sabia nada a única coisa que eu pensava era de como escapar do reino, era horrível sentir aquela coisa ruim no peito e dores no corpo inteiro. - olho meus pais que se mantém quieto, as gêmeas me olhavam seria e curiosas enquanto mordiam os lábios, meu mestre me olhava quieto e calmo.
- Um dia, o quarto dia naquele reino senti uma enorme dor em meu peito, me sentia rejeitado, então eu corri em meio a floresta e desastrado como vocês sabem que eu sou, eu caí de um barranco e desmaiei. - consegui arrancar um pequeno sorriso do rosto tenso deles.

- Dois goblins me acharam e me levaram ao reino dele, foi ali naquele reino que eu descobri tudo. O que eu sou, o que eu represento e o caos que posso causar. Primeiro descobri que Sun é um dragão, o mesmo dragão que foi ao nosso reino pedir o guia que fora roubado - os suspiros surpreso de todos me fizeram rir - segundo - respiro fundo antes de falar - eu sou o guia, o príncipe dos dragões que fora roubado pelos humanos a 500 anos. - o choque no rosto de todos foi surpreendente principalmente no rosto de meus pais que ficaram brancos.
- Fi-filho nós podemos te ex- minha mãe se levanta alarmada e eu sorri calmo e corto ela.
- Está tudo bem, se acalme mamãe. Uma coisa de cada vez. - ela se senta novamente ao lado de meu pai que se mantém quieto.
- Em terceiro, eu sou um ser agraciado de sorte pelos deuses e também muito odiado pelos mesmos - sorri pequeno - conhecem os filhos da coroa de ametista? - os mesmo negam e eu sorri já esperando a resposta - no antigo existia uma flor chama Garnelia, uma flor exótica, com apenas três pétalas roxas e duas folhas extremamente verdes. -

- Diz que um deus a fez para presentear sua amada uma deusa, a flor que parece uma coroa de ametista por causa do formato de suas pétalas, na mão de seres mágicos ou de qualquer humano, daria poder, glória, riqueza, qualquer coisa que se possa imaginar flor lhe daria. A ganância fez com que a flor fosse extinta, mas os deuses não gostaram muito bem, era divertido ver a briga pela flor, era divertido ver o caos reinando em tudo, era bonito de se ver como era protegida por aqueles de bom coração, era bonito de se ver como era poderosa, era bonito para alguns e engraçado para outros. Por isso fizeram os filhos da coroa de ametista, seres com todos os dons e poderes da flor, é isso que eu sou, meu sangue, minha pele, minha carne, minha voz, meu cheiro, minha magia, meu ser todo é o motivo para causar o caos para todos. Como é raro nascer seres como eu, quase ninguém sabe dessa história. - olho eles que ficaram apreensivos.

- Mas não se preocupem - sorri só de pensar em Sun - tenho um dragão, um dos mais fortes da raça me protegendo, além de que eu sou forte, realmente muito forte. Minha magia não tem limites eu sou um dos, se não o ser mais forte de todos. - sorri e pude ver os olhos se arregalando em surpresa.
- Meus céus muita informação, pelos céus Haspien! - Oli fala e eu não pude deixar de rir.
- Ainda não acabou calma, depois de descobrir tudo isso eu ainda descobri o por que das dores, do por que sempre fui doente, do por que sempre fui pequeno. A resposta é por que eu não me conectei ao meu lado dragão, e em relação as dores é por que - fico vermelho - cada ser tem seu par não é? E eu precisava do meu e meu corpo mostrava o quão necessitado estava através das dores - meu rosto ficou igual um pimentão ao me ver assim acho que minha família entendeu, pois sorriu malociosa - então eu resolvi isso quando encontrei Sun, ele é meu, meu dragão e minha cura. Eu achei a felicidade a onde menos esperei encontrar e dei meu coração a outro ser. - sorri lembrando do mesmo.

- E agora esse baixinho encapetado é meu. - me assusto com a voz grossa que apareceu do nada e olho para trás vendo Sun o mesmo se aproxima e beija minha testa me deixando vermelho.
- Pelos deuses filho como você aguenta todo esse homão? - minha mãe fala e eu engasgo, começo a tossir igual um louco e Sun bate nas minhas costas me ajudando.
- Mãe! - falo roxo de vergonha após me recuperar. Escuto todos rirem maliciosos e escondo minha cara na barriga de Sun.
O mesma me pega no colo e senta na poltrona e me coloca em seu colo.
Somos um par e eu percebi que eu querendo ou não tenho que ficar do seu lado. Sorri ao escutar essas palavras em minha mente.
Odeio humanos, mas não odeio você. Não responderei eles então é melhor eles não falarem comigo. Sun esconde seu rosto no meu pescoço e eu ri feliz.
Obrigado. Entrelaço minha mão na dele e olho minha família.

- Enfim, tenho que continuar. Fiz amigos, seres que juraram lealdade a mim, Heraldine uma princesa elfa, Beny e Bend dois pequenos goblins, Mark um bruxo e um leopardo alado das neves. Loucura não é? - não resisto e solto uma risadinha ao lembrar deles - aconteceram algumas coisas - resumi bem rápido a ida ao reino dos gigantes - e após voltar eu resolvi trazer a raça draconiana de volta. -
- E deu certo? - meu mestre pergunta curioso.
- Sim, mais ou menos, meu corpo é fraco e eu não posso usar muita magia então eu quase morri e fiquei quase um mês desacordado, mas a magia deu certo, amanhã os dragões voltam a sua glória. - ao falar que quase morri um bombardeio de perguntas me atingi. Só não me balançaram igual um louco por que eu estava no colo de Sun, acalmei eles dizendo que estava bem e que já estou curado, mesmo que seja mentira.
- Vai ser complicado quando todos voltarem, já que foi culpa dos humanos que eles ficaram assim. - vejo meu pai suspirar.

- Eu como rei conheço a história, foi horrível o que meus antepassados fizeram e eu creio que desculpas são a última coisa que um dragão irá querer ouvir. - meu pai olha longe e depois me olha.
- Filho já é óbvio que já sabe que não é nosso filho - concordo e meu pai olha minha mãe que também concorda - 500 anos atrás, quando os humanos fugiram após fazerem o pior erro já cometido na história, a única coisa que eles trouxeram foi um ovo quebrado e um ovo intacto, os dois como pedras sem vida, os ovos foram mantidos durante 500 anos no cofre de tesouros da família real. Assim que eu assumi o trono e casei com a sua mãe, nós tivemos dificuldades em engravidar, com a pressão do povo e dos nobres querendo um herdeiro, sua mãe ficou cada vez mais triste e depressiva. Um dia convidei a mesma para que fossemos ver os tesouros escondidos que apenas os reis sabem, chegando lá vimos os ovos como se fossem esculpidos em pedra. Assim que contei a história para sua mãe ela chorou e me xingou dizendo: se fosse meus filhos eu não iria querer eles longe de mim mesmo que todos tenham morrido. Aquilo me doeu, então eu sua mãe e Louis calvagamos até a floresta de ouro, na entrada a onde estaria a barreira para o reino draconiano, os ovos caíram no chão e como se criassem vida rolaram até ficarem na frente da barreira, uma luz forte nos atinge e apagamos. Acordamos depois com o barulho de um bebê, ao nos aproximarmos vimos o bebê, você Haspien dentro de uma casca de ovo. Havia escamas e seu rosto e corpo, escamas brancas e belas, após nós ver e sua mãe te pegar você parou de chorar e esticou suas mãos até nós, foi ali que nós sentimos o amor de pais, por uma criança um pequeno dragãozinho de cabelos roxos. Mas depois suas escalas sumiram, os dois ovos, o intacto e o rachado se fundiram e nasceu você Haspien. Nós iríamos te contar quando fizesse 20 anos, mas aconteceu tudo isso e você descobriu de outro modo. - fico surpreso.

Espera então aqueles restos pretos não são o de minha/meu gêmea/gêmeo? Na verdade eu sou junção de dois ovos? Eu sou minha/meu gêmea/gêmeo? No início eram dois e agora são apenas um?
Olho Sun que aparenta estar mais surpreso do que eu.
- Uou, isso foi interessante. - falo os meus pais e ri.
- Independente de vocês serem meu país biológicos ou não, não muda o fato de que me criaram e que são os meus pais. E eu amo vocês dois por isso, amo muito mesmo. Obrigado! - sorri a eles e me levanto abraçando meus pais.







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O que acharam?

Espero que gostem!

Desculpe os erros!

Bjos Lolo 😘

Somos DragõesWhere stories live. Discover now