Mas a verdade é que o meu coração está me dizendo para não ir a esta viagem, que eu já tomei a minha decisão em não me consagrar e que não será passando três dias, isolado sem comunicação externa, ao lado dos meus colegas de Seminário ou ser entrevistado pelo Arcebispo que me fará mudar de ideia. Pois a única coisa que eu quero é que este mês passe o mais rápido possível para que eu possa me casar com o amor da minha vida e fazê-la para sempre minha.

Balanço a cabeça tentando afastar todos os pensamentos estranhos que a rondam e respiro fundo, conferindo mais uma vez o que irei levar na viagem e decido pegar a caixinha de presente que Ana me entregou e a guardo no closet, para não correr o risco de perdê-la ou ter a infelicidade da minha bagagem ser extraviada de alguma forma. Acabo sorrindo imaginando o que possa ser, mas eu prometi que não abriria até que eu voltasse e por mais que eu queira muito saber o que há dentro, ainda mais por ser tão leve, não quebrarei a promessa que fiz ao meu Anjo.

- Christian?! Onde você está? - Sorrio ouvindo a sua voz doce e melodiosa ressoar pelo quarto.

- Estou no closet, Amor! - Viro-me para recebê-la em meus braços, vendo o seu sorriso que sempre me tira o fôlego.

- Acabei de falar com a sua mãe, e ela pediu para irmos um pouco mais cedo para não correr o risco de nos atrasarmos e você perder o voo.

- Eu não me importaria em perder o voo.

- Eu também não queria que fosse para essa viagem, Amor, mas você tem que encerrar esse ciclo da sua vida para podermos começar um novo sem nenhuma pendência.

- Certo.

Fico absorto por um momento, apenas admirando o seu rosto, os seus olhos azuis cristalinos e os seus lábios perfeitos, como se fosse necessário reforçar e gravar cada detalhe em minha memória.

- Christian, você está me ouvindo?

Sua voz risonha faz com que eu volte a focar em seus olhos por poucos segundos e sem conseguir controlar, tomo os seus lábios nos meus, fazendo-a arfar pelo meu movimento súbito, mas sou correspondido com a mesma vontade que sempre tenho dela, até que seja necessário nos afastar para podermos respirar.

- Desculpe-me, meu Anjo... - Deixo a minha barba arranhá-la delicadamente, enquanto distribuo beijos em sua pele alva, fazendo-a se arrepiar e segurar firme nos cabelos da minha nuca assim que sente o deslizar da minha mão pela lateral do seu corpo, até alcançar a sua coxa desnuda. -... Mas a única coisa que quero ouvir agora serão os seus gemidos, chamando o meu nome enquanto goza no meu pau.

- O que foi... Christian... - Ela morde em seu lábio e volta a fechar os olhos, interrompendo o que iria dizer no momento que a minha mão invade a sua calcinha e começo a estimulá-la. - Quando foi que você ficou... Ah... Tão safado assim? - Sua voz manhosa me deixa completamente duro e incomodado por estarmos vestidos demais.

- Talvez eu sempre fosse... - Mordo em seu pescoço, não me preocupando se ficará marcado e continuo a acariciá-la, sentindo-a completamente molhada e ouvindo os seus arfares em meu ouvido, deixando-me ainda mais sedento por ela. - Só que isso ficou tanto tempo adormecido dentro de mim que agora, o que tenho de você nunca é o suficiente, meu Anjo Endiabrado.

Sussurro as duas últimas palavras e mordo no lóbulo de sua orelha, fazendo-a estremecer e me afasto, ouvindo o seu protesto por ter parado com os estímulos e a pego em meus braços, levando-a para o nosso quarto, assustando-a.

- Christian!

- Preciso de você agora, meu Amor!

Deito-a na cama e chuto os meus sapatos para longe, vendo a sua face ruborizada, o que nada tem haver com timidez ou vergonha, enquanto morde o lábio inferior e os seus olhos ávidos me observam tirar a jaqueta, mas rapidamente ela se levanta, parando a minha frente e interrompendo os meus movimentos quando começo a abrir os botões da minha camisa.

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⏰ Last updated: Jun 16, 2022 ⏰

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Entre o Dever e o AmorWhere stories live. Discover now