O prazer na dor.

Refazendo amizades.

Sirius estava sentado em um banco  do jardim em sua monótona melancolia, ele sentia falta de seus amigos, Remus andava pra cima e pra baixo com Severus ,sem se importar com as críticas. James estava pior que o normal, dava para ver sua aura de raiva. Seu único amigo Pedro, andava atrás de James o tempo todo.

– Oi, você me parece meio cabisbaixo, o que ouve? – Acácio se sentou ao lado do Black com sua ótima postura cruzando as pernas enquanto apoiava um livro.

– Meu amigo me trocou por uma cobra sonserina. – cruzou os braços emburrado.

– Fiquei sabendo, ele está com o Severus. O que você tem contra ele?

– Ele é uma cobrinha traseira e má.

– Ele fez algo pra você?

– Bem… sim, mais ou menos – Sirius lembrou de todas as vezes que ele e o sonserino brigaram. – Ele já fez, mas não é como se eu não provocasse. – sorriu lembrando das pegadinhas que fez e que sofreu. – É divertido tê-lo como rival.

– Você não parece odiá-lo. Por que tem tanta raiva de sonserinos?

– Eu não costuma falar sobre isso, mas acho, na verdade tenho certeza, que é por conta da minha família. Todos eles eram da sonserina e eram pessoas horríveis. Meu avô, meu pai, minha mãe principalmente, eu fui tratado com um lixo por entrar na grifinória, e meu irmão….

– Ele é divertido.

Sirius olhou para o garoto com uma sobrancelha arqueada.

– Seu irmão é um cara legal, ele é meu amigo, ou quase isso, o Severus …. Nunca falei muito com ele, mas ele não parece ruim, só arrogante.  Mesmo que sua família seja ruim você não deveria julgar os outros por que eles são da sonserina.

– Talvez esteja certo, afinal… você é sonserino, e não parece alguém ruim.

– Obrigado, você realmente deveria julgar as pessoas pelos atos não pela casa.

– Mas o Severus não é um santo. Ele chamou a Lílian de sangue ruim.

– Isso é horrível. Mas eu já sei disso, e não tente me enganar sei que ele estava com raiva na hora, mesmo que isso não justifique, o que você e seus amigos fizeram com ele passou os limites, e ele pediu desculpas ficou horas na porta da grifinória e até se ajoelhou por ela, nada importa mais para um sonserino que seu orgulho e ele abriu mão disso, sei que essa tal Lilian têm todo  o direito de negar as desculpas dele. Mas todos eram, e depois do que você fez… não tem o  direito de julgá-lo.

– Você… acha que eu sou uma pessoa ruim?

– Não, apenas um cabeça dura que não entende limites, deveria se pôr no lugar dos outros, mãos apenas dos seus amigos. Ser legal com os amigos é fácil, tentar ser legal com alguém que mal conhece é admirável.

– Ainda não é tarde para começar.

– Não, não é. – o sonserino levou uma de suas mãos aos cabelos do Black fazendo cafuné. – Leozinho cabeça dura.

Sirius sorriu sentindo as bochechas esquentarem, ele não era de ficar sem jeito, mas aquele garoto lhe deixava sem jeito e tímido.

– Eu vou torcer para que dê tudo certo entre você e seu amigo. – o garoto sorriu colocando o cabelo atrás da orelha e encostou seus lábios nos do grifinório em um selinho delicado. – um beijo de boa sorte.

Sirius corou, ficando tão vermelho quanto o brasão da sua casa enquanto observava o sonserino ir embora com seu andar delicado e elegante, saiu de seus devaneios ao sentir um tapa forte em seu rosto.

– Hipócrita, você é igual ao James, eu deveria… – Remus foi interrompido quando Sirius o abraçou.

– Eu sinto sua falta, até mesmo das suas broncas.

– Sirius…

– Espera, me escuta por favor, eu ainda não gosto do Snape mas sei que você jamais ficaria com alguém ruim ou mau. Eu prometo tentar… me dá bem com ele, mas por favor. – Sirius apertou mais Remus em seus braços –Por favor, vamos voltar a ser amigos, eu sinto tanto sua falta.

Remus suspirou e correspondeu ao abraço segundo o choro enquanto sentia as lágrimas de Sirius molhar seus ombros.

– Tcs… pulguento, eu não consigo ficar com raiva de você. Também senti sua falta. – o licantropo afastou Sirius e secou suas lágrimas. – Agora me diga, desde quando tá afim de um sonserino?

– N… não tô afim dele.

– Ok. Pode negar, mas tá na cara que você está mentindo.

– num tô não… eu só acho ele bonito.

– Por isso beijou ele?

– Não beijei ele, ele me beijou.

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Quando James voltou ao seu quarto  com Pedro Sirius e Remus estavam sentados na cama conversando, eles pararam e olharam para o Potter que estava parado na porta.

Pedro suspirou irritado e empurrou James para perto dos outros dois.

– Vejo que já fizeram as pazes, então não terei que lidar com vocês também – o mais baixo se sentou na cama. – O James tem algo importante para falar.

– Eu… Sirius me desculpa por não fala sobre está gostando do seu irmão, eu realmente gosto dele e tinha medo de você não aceitar.

– Eu não tenho porque não querer meu melhor amigo com meu irmão, o problema foi você fazer isso pelas minhas costas.

– Então, você me perdoa?

– Tá, eu perdoou você quatro olhos. – o Potter sorriu pulando no Black e o abrandou.

– Então você deixa eu namorar seu irmão?

– Deixo, mas se magoa-lo eu mato você.

– Falta saber se ele vai querer né – disse Pedro – Do jeito que ele tá com raiva de você.

– Calado Pedro – James olhou o garoto com raiva. – Remus, você me perdoa?

– Depende.

– Do que?

– Eu ainda estou com o Severus, você vai aceitar isso?

– Eu farei esse sacrifício.

– Você não tem jeito. – Remus lhe olhou irritado.

– Eu vou tentar, eu prometo.

– Tá eu perdoou você, idiota.

– Não sei porque a briga, vocês só saem ganhando com o namoro deles – Pedro se jogou no colo do Remus. – Ser amigo do Severus ajuda vocês a se aproximarem do Regulus, o James não é o único querendo se reaproximar dele, né Sirius, seu irmão poderia fazer as pazes com você.