ℭ𝔞𝔭𝔦́𝔱𝔲𝔩𝔬 10 - ℭ𝔥𝔯𝔦𝔰𝔰𝔦𝔢

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Aos poucos senti meu corpo voltar a consciência

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Aos poucos senti meu corpo voltar a consciência.

Vozes... eu ouço vozes. São muitas e mal consigo distingui-las...

A primeira coisa que notei é que estou em meu quarto, deitada na cama, cercada de muita gente.

— Então ela simplesmente desmaiou? — reconheço a voz de Arvid.

— Estou dizendo Vossa Excelência, eu estava passando pelo corredor e a duquesa estava tonta. Tentei chamá-la, mas Vossa Graça de repente caiu e foi aí que o barão apareceu. Foi tudo muito rápido. — Anelice parecia desesperada.

— Querida! — a rainha sorriu para mim.

— Então eu desmaiei? — foi a única coisa que consegui perguntar.

— Foi isso que aconteceu, mas ainda bem que o Vance chegou a tempo — o rei me ofereceu um sorriso reconfortante e foi nesse momento que me sentei na cama em busca do barão pelo cômodo — Foi ele quem a trouxe.

Eu pude notar um curandeiro ao meu lado com a mão no queixo me analisando, a marquesa me encarando com seu típico nariz empinado, sua filha um pouco contrariada, a princesa preocupada, alguns assistentes observando tudo, segurando algumas toalhas e bandejas e então encostado na parede, ele.

Vance cruza seus braços, mantendo uma pose elegante, vestindo um colete preto por cima de uma blusa branca que possui uma gola que cobre todo seu pescoço enquanto seus cabelos estão presos em um coque, deixando apenas alguns fios soltos. Seu olhar permanece fixo em mim e não pude deixar de notar certa impaciência vinda do nobre.

— Foi apenas um choque. Não acredito que minha presença ainda seja necessária aqui — o curandeiro limpou a garganta chamando minha atenção — Apenas se alimente um pouco mais e descanse bem, amanhã se sentirá muito melhor.

— Já que nossa querida duquesa se sente melhor, não há motivos para continuarmos essa cena. — Cateline estalou a língua me lançando um olhar desdenhoso — E é melhor sairmos antes que ela também decida nos proibir de pisar no palácio — a risada de escárnio fez meu corpo tremer.

— Cateline! Comporte-se! — a voz firme do marquês a fez arregalar os olhos.

Então o conde cumpriu com sua palavra. Ao menos isso.

— Esqueça isso, minha querida — Ana Beatrice tocou gentilmente em minhas madeixas castanhas. — Apenas concentre-se em descansar, está bem?

— Devemos deixar minha prima a sós então — dessa vez foi Eliza que se pronunciou com um largo sorriso no rosto.

— Com licença. — a marquesa parecia enfurecida e apenas saiu após fazer uma breve reverência.

— Perdoe a minha mãe — Sarah a seguiu após curvar-se em respeito e sumir logo atrás dela.

Eu percebi que o barão pretendia fazer o mesmo e senti a ansiedade me consumir.

— Espere! — chamei-o tentando não me importar com os olhares curiosos dos outros. Engoli a seco e tomei coragem: — Podemos conversar um pouco a sós, Vance?

Eterna - Corvos e corujas (VOL. 1) [Físico em breve]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora