☆ Neymar Jr - Paris Saint-Germain ☆

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- Ele simplesmente me deixou sozinha naquela merda de lugar que eu não conheço e voltou com aquela Bruna. Sério, eu tô me sentindo uma idiota. - Falo pra Marina no telefone.

- Quando eu vi as fotos nem acreditei. Eles noivaram mano. - Ela diz.

- Sim amiga. - me jogo na minha cama. - Porque essas merdas só acontecem comigo mano? - choramingo.

- Amiga vai dar tudo certo. - ela tenta.

- Certo? Amiga isso vai dar tudo, menos certo. Amanhã eu volto pra Paris e vou ter que ver a cara desse arrombado todos os dias. - troco de lado. - Mas quem manda né, bem feito pra minha cara. É bom que eu aprendo a não me envolver com gente do trabalho. -

Continuamos nossa conversa por mais alguns minutos e então eu dormi. Acordei com o despertador e fui me arrumar pra chegar atrasada no CT. Quando cheguei, recebi muitos olhares, basicamente todo mundo sabia que eu me envolvia com o camisa dez e sabiam também que ele tinha voltado com a ex dele e agora eram noivos.

- Bon Jour. - Passo por um grupo de jogadores sem dar muita atenção, apenas sendo educada.

- S/n. - escuto a voz dele. - Podemos conversar? -

- É relacionado ao trabalho? - pergunto e ele nega. - Então não, não podemos conversar. -

- Mas. - Neymar tenta.

- Cara, eu espero de verdade que nossa relação seja restritamente profissional a partir de agora, porque se tu vinher falar sobre qualquer outra coisa comigo eu vou te mandar tomar no cu e eu não tô brincando. - digo séria. - Se você não está com nenhuma dor, nenhum problema, por favor, não me dirija a palavra. - saio e escuto os caras dizerem que ele mereceu.

- Tá todo mundo falando de tu. - Marina entra na nossa sala com nosso café.

- Nada de novo sob o sol. - Continuo mexendo no computador, éramos médicas no PSG, ela era nutricionista e eu, cardiologista.

- Amiga tu vai pro evento da Fundação? - Ela pergunta enquanto mexe no celular. -

- Não, valeu. - falo desinteressada.

- Ue mulher, mas tu não vai ganhar o prêmio? - Ela me olha.

- Vou, mas tu pode pegar pra mim. Merda. - Abro a planilha e ela faz careta. - Advinha quem pediu uma consulta com a cardio? - ela ri. - Eu mereço. - pego meu estetoscópio e sigo pra academia.

- Neymar. - chamo sua atenção. - Algum problema? -

- Na verdade, sim. - Ele levanta e me acompanha até minha sala. - Eu tô sentindo uma dor aqui. - Aponta pro lado contrário do coração. Chegamos no meu consultório e lá começo a fazer uns testes rápidos e não noto nenhuma alteração, durante todo esse tempo, Júnior me olha atentamente.

- Nada anormal. - tiro minhas luvas. - Aconteceu alguma coisa durante a noite? Bateu em algum canto? -

- Aconteceu. Eu falhei com uma mulher que eu gosto muito. - Ele abaixa a cabeça e eu respiro fundo.

- Atividade sexual durante a noite? - anoto na prancheta, ele confirma ainda de cabeça baixa. - Drogas, álcool? - mantenho ao máximo minha postura.

- Tomei uma cerveja e tu sabe que eu não uso droga. - Ele levanta da maca.

- Eu achei que sabia muita coisa sobre você. - Olho em seus olhos. - Mas descobri que estava enganada. -

- Me perdoa, eu sei que eu fui um merda. - Ele chega perto de mim.

- Eu vou te encaminhar para fazer um eletro só pra ter certeza que tá tudo bem. - anoto mais algumas coisas e dou um papel a ele.

- Tem como tu agir como uma pessoa da tua idade? - ele fala mais alto.

- Olha. - Respirei fundo. - Tu foi um filho da puta comigo. Me deixou naquela merda daquela ilha sozinha, pra noivar com aquela... aquela coisa. - Sorrio incrédula. - Tu quer me falar sobre agir como uma pessoa da minha idade? Eu tô agindo como uma pessoa da minha idade! Quem parece um adolescente aqui é você. Um imbecil que preferiu quebrar o coração de uma mulher que estava disposta a estar do teu lado pra tudo, pra sempre. Você criou essa situação. - aponto o dedo na sua cara. - Agora resolva como um homem da sua idade e saia da porra do meu consultório. - Abro a porta. - Por favor. - sussurro e ele sai.

Sento e começo a chorar, logo Marina entra na sala e me abraça.

Passei o dia evitando o contato com qualquer pessoa, quando deu meu horário, fui de cabeça baixa até meu carro. Durante o caminho, fiquei pensando sobre minha escolha e não cheguei a uma resposta óbvia sobre o porquê eu estava daquele jeito. Ele fez a escolha dele! Não vou ficar por baixo só por causa de um homem com o caráter duvidoso, foda-se que ele é o Neymar Júnior, meu nome é S/n s/s, eu hein.

Resolvido, iria naquele evento mostrar para o mundo do que uma S/s é capaz.

Escolhi o melhor vestido da loja e um salto alto. Uma das coisas boas que minha mãe me ensinou foi me ensinar a andar de saltos altos, eu odeio andar com eles, mas sei quando é preciso e quando eu graças a ela, sei me comportar como uma verdadeira dama em cima deles.

Cheguei no hotel e fui direto para o salão. Avistei Marina no fim da escada.

- Achei que não vinha. - Ela abre os braços e eu entro no seu abraço.

- Não iria dar esse gostinho. - Murmuro. - Tá linda, hein? -

- Estava até tu chegar, agora todos os olhos estão em ti. - Reclama.

- Paciência. - Dou com os ombros e vou em direção ao salão cumprimentar meus colegas.

- A dona desse prêmio é uma profissional incrível. E não só uma profissional, uma mulher incrível que eu tenho o prazer de chamar de amiga. - Neymar diz no palco. - S/n, não tenho palavras pra descrever você, sei que qualquer pessoa ao seu redor falaria a mesma coisa. -

Os holofotes vem pra cima de mim e eu me levanto dando meu sorriso mais falso do mundo. Qualquer pessoa, absolutamente qualquer pessoa podia me entregar essa merda, mas ele? Sério?

- Obrigado. - Falo em português e ele me entrega o troféu. - É muito importante pra mim receber esse prêmio, mas ele não é só meu. - Volto ao francês. - Quero dedicar a todos meus colegas, não só os de profissão mas todos aqueles que participam do meu dia. Muito obrigado. -

Desci do palco e voltei pra minha mesa recebendo muitas palmas. É, eu sou incrivel.

Depois da celebração, alguns empresários vinheram falar comigo e uns bonitinhos até, mas eu não estava focada nisso, só queria ir embora.

- Parabéns mais uma vez. - Junior pega na minha cintura e eu me viro pra ele. - Desculpa também. -

- Não me dirige a palavra, eu já te pedi isso. - Falo entre dentes. - Eu não quero falar contigo. -

- S/n. - Ele murmura.

- Espero que você seja feliz com a Bruna, seja lá que for o sobrenome dela. - Sussuro no seu ouvido. - O mais longe possível de mim. -

E esse nem é tão triste assim.
-S.

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