Gabriel Jesus - Machester City (pt.2)

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Era isso. Hoje é oficialmente o dia do meu casamento e eu estava nervosa.
Quando Gabriel foi pra Inglaterra, eu prometi pra mim mesma que nunca mais pensaria nele de forma romântica. Deixei esse sentimento dentro de uma caixinha e me permiti viver novos amores. Sendo assim, acabei conhecendo o Victor, um homem incrível que me faz feliz todo tempo, me respeita e mostra todo seu amor.
Só que eu não o amo. Eu gosto muito dele, tanto que eu aceitei o pedido de casamento, mas não é ele. Eu sei, eu prometi que não ia pensar no Gabriel, mas é impossível, eu tinha que tentar. Por isso mandei aquela mensagem no convite, era um pedido de socorro.
Estava no quarto da noiva com minha mãe e minha sogra, quando alguém bate na porta.
- Minha menina já tá pronta? - Tia Vera põe a cabeça pra dentro do quarto.
- Tia. - Corro até ela.
- Ele veio. - Diz quando eu a abraço. - Tá lá fora. -
- A senhora pode chamar ele? - Peço e ela assente.
- Ele veio. - Digo a minha mãe e ela sorri.

- S/n? - escuto aquela voz. A voz que faz meu estômago embrulhar desde meus 12 anos.
- Eii. - me viro pra porta. - Uau, que príncipe. -
- Tu tá.. Incrível. - Ele diz com um sorriso triste.
- Vocês podem nos dar licença? - Peço as mulheres dentro do quarto que logo saem, nos deixando a sós.
- Eu vi teu recado. - Ele diz enquanto senta no sofá.
- Ainda bem. - sorrio minimamente. - Como tu tá? -
- É verdade? - Ele me olha.
- O que tu acha? Que eu escrevi "Volta pro Brasil e me salva do meu casamento porque eu te amo" de brincadeira? - pergunto.
- Eu precisava ter uma confirmação. - Ele ri. - Eu não acredito, tu é louca mano. -
- Eu senti tua falta. - o abraço com todas as minha forças.
- Porque tu tá casando? - Ele pega em minhas mãos. - Ele tem mó cara de banana, eu vi ele lá embaixo. - sorrimos.
- Ele é legal, cara. - tento limpar a barra.
- Ele tem cara de quem usa polo e sapatenis. - Gabriel fala.
- Ele usa. - abaixo a cabeça.
- Tá vendo. - Ele levanta meu rosto. - Eu te conheço, ele não faz teu tipo. -
- E quem faz meu tipo? - faço careta.
- Eu só conheço um cara. - Ele olha pro teto. - Eu. -
- Nem se acha. - gargalho.
- Mas não é verdade? - Ele me olha sério.
- Não é como se eu tivesse muita escolha, né. - confesso.
- Eu tenho um plano pra te tirar daqui. - Ele levanta.
- Tipo um sequestro? - sorrio.
- Exato. - Ele se arruma. - Só preciso falar com a minha mãe. -
- Não vai me contar? - Pergunto.
- Não. - Ele me oferece a mão e eu me levanto. - Confia em mim? -
- Eu te amo. - olho em seus olhos. - É o suficiente. -
- Eu também. - Ele me beija. - Desde os dezesseis. -
- Eu me apaixonei antes de tu. - bato em seu peito.
- O pai é irresistível. - Ele sorri convencido.
- A gente tem vinte minutos até me chamarem. Por favor, me tira daqui. - suplico.
- Eu vou, meu bem. - Ele me beija novamente e sai.

- Quem era, s/n? - Minha sogra diz ao entrar no quarto.
- Meu anjo. - ela me olha confusa. - Meu melhor amigo desde sempre. -
- Ele contou? - Minha mãe fala depois que me puxa para o banheiro.
- A senhora sabe? - a olho surpresa.
- Claro que sei. Ele tinha que ter alguém que arrumasse tua mala e passaporte. - ela diz.
- Como assim passaporte? - pergunto.
- Tu vai morar com ele. - ela fala simples.
- E minhas coisas aqui? Eu não posso deixar tudo. - me desespero.
- Minha filha, você ama esse garoto desde sempre. Vocês não podem se separar mais uma vez. - Ela arregala os olhos. - Você vai, entendeu? Não deixe esse homem fugir novamente. Eu tô cansada de te ouvir choramingar por esse menino. -
- Eu amo ele, mãe. - sorrio. - Eu vou até o inferno por ele. -
- Não precisa ir pro inferno né? - ela faz careta. - A Europa tá de bom tamanho. -
- Cinco minutos. - Minha sogra grita.

Já estava no caminho do altar e nada do Gabriel me chamar. Estava na frente do padre quando ele aparece e fica me olhando na entrada da igreja.
- Victor Almeida de Bragança, você aceita S/n S/s como sua legítima esposa? - O Padre pergunta.
- Sim. - Victor fala sorridente no microfone.
- Então repita. - O Padre pede. - S/n, receba esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. - Victor repete e coloca a aliança no meu dedo. Chega a minha vez.
- S/n S/s, você aceita Victor Almeida de Bragança como seu legítimo esposo? - O Padre coloca o microfone perto me mim e eu olho pra entrada da igreja. Gabriel sinaliza que não com a cabeça. O que eu tô fazendo? Eu preciso.. Eu o amo...
- S/n. - Victor sussurra.
- Desculpa. - tiro minha aliança. - Eu não posso, desculpa. - a coloco em sua mão e saio correndo até a porta, onde meu verdadeiro amor me esperava.
- Eu te amo, caralho. - Gabriel gritava enquanto corriamos até seu carro.
- Meu Deus, eu acabei de.. - tento recuperar meu fôlego. - Eu acabei de deixar o altar. -
- Sim. - Gabriel ri. - Eu te amo, porra. -
- Eu também, meu amor. - o beijo com vontade.

Com ajuda da minha mãe, Gabriel tinha comprado uma passagem em meu nome para Manchester, eles tinham pensado em tudo. Quer dizer, quase tudo. Eu teria que viajar de vestido. Sim, eu iria atravessar o aeroporto vestida de noiva.
Todos os olhares estavam em nós. Chegamos muito atrasados, o avião já estava quase embarcando então tivemos que correr. Com certeza isso daria um filme, uma noiva correndo que nem uma louca no meio do aeroporto rindo pra se acabar.
Eu estava feliz, pela primeira vez em muito tempo eu estava genuinamente feliz, e o motivo dessa felicidade tem nome e sobrenome.

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ADVINHA QUEM VOLTOOOOUUUUUU!!
Uma piadinha pra vocês:
O que é o que é um pontinho branco correndo no aeroporto? A s/n fugindo do casamento dela!!!!!
É pra rir!

-S.

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