Jorginho - Chelsea

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- Se eu for em mais um casamento esse ano eu me mato. - Digo olhando pela janela.
- Amiga deixa de ser dramática. - Julie diz.
- Eu já fui em cinco casamentos. Cinco! - Falo alto. - Não é uma questão de ser dramatica, mas porra, não podia apareceu um italiano pra mim? -
- Já já ele chega. - Amelie fala sem prestar muita atenção.
- Ou não né. -  Bella fala baixo.
- Vira essa boca pra lá. - a repreendo.
- O que? Tu mora aqui há mais de 15 anos, Julie veio ano passado e tá casada. - ela levanta da cadeira e vem em minha direção.
- O problema é que eu conheço a raça italiana. - faço cara feia pra ela.
- Parece que tá falando de cachorro. - Amelie solta.
- Também. - concordo. - Julie não conhece, por isso que se agarrou com o primeiro que viu. -
- Ei! - Julie fala alto.
- Amiga, eu não tô mentindo. - Digo.
- Ele não foi o primeiro que eu vi. - Ela rebate.
- Não, só o primeiro que beijou aqui. - Falo rindo.
- São duas coisas diferentes. - Bella diz.
- A noiva já tá pronta? - Uma mulher diz quando abre a porta.

- E eu vos declaro marido e mulher. - O Padre fala e eu solto um longo suspiro. Não é possível que eu vou casar todas as minhas amigas e vou ficar aqui.
- Eu não aguento mais. Não aguento maais. - cantarolo minha música no ritmo da canção que tocava enquanto escolhia uns salgados, porque se eu vou ficar triste, que eu fique triste comendo.
- Parece que não tá feliz por sua amiga ter casado. - Um homem aparece do meu lado.
- Te conheço? - faco careta.
- Jorge. - Ele estende a mão.
- S/n. - dou um sorriso amarelo. - Eu tô feliz por ela é só que é meu quinto casamento só esse ano. - explico. - O universo não tinha um jeito melhor de me chamar de encalhada. -
- Esse é meu sétimo. - Ele solta.
- Tá pior que eu. - Falo segurando o riso.
- Exato. - Ele sorri.
- Convidado do noivo? - pergunto e ele confirma. - Imaginei, nunca tinha te visto com a Amelie. -
- São amigas a muito tempo? - Ele pergunta enquanto pega uns bolinhos e coloca em seu prato.
- Desde sempre. - começo. - Nos conhecemos no Brasil mas eu me mudei pra cá muito nova. -
- Tu é brasileira? - Ele me olha com os olhos arregalados.
- Metade. Meu pai é brasileiro é minha mama é italiana. - explico. - E tu? -
- Pais brasileiros, me mudei pra cá com 15 e não voltei mais. - Ele diz.
- Tu não joga com a amarelinha. - digo prestando atenção em seu rosto, ele não parece entender. - Na seleção brasileira. -
- Não, jogo na italiana. - Ele diz encolhendo os lábios.
- Traidor. - faço piada. - Brincadeira. -
- Veio sozinha? - Ele me olha sereno, eu confirmo. - Posso te acompanhar? -

- Amore, vamos nos atrasar. - Jorge grita do térreo.
- Calma caralho. - digo descendo as escadas com cuidado. - Tu acha que é fácil andar com essa melancia na barriga? -
- Tu tá linda. - Ele me olha com uma carinha de apaixonado. - Vocês estão lindas. - Ele passa a mão na minha barriga de 7 meses.
- Obrigado passione (paixão). Vamos? - Pego em sua mão.
- Sì, grazie. (Sim, por favor) - ele sai me puxando até a porta.
Chegamos no nosso restaurante favorito e ele estava incrivelmente cheio. Fomos para a nossa mesa reservada, perto da janela e mais afastado do salão principal. Conversávamos enquanto o garçom não chegava, e quando ele chegou já era nosso conhecido e os pedidos não demoraram muito.
- Então, antes da comida chegar eu quero te falar uma coisa. - Jorge pega em minha mão. - Primeiro quero agradecer por esse ano, foi incrível. Eu achei que nunca seria feliz no amor, até tu chegar. Nunca achei que sendo padrinho pela sétima vez iria achar o amor da minha vida, e com isso eu parto pra segunda parte. - Esse homem é sempre péssimo falando coisas românticas, gente. Onde ele aprendeu essas palavras? Nossa comida chega e quando vou destampar o prato, ele me impede.  - Antes de abrir, quero dizer uma coisa que ta na minha garganta faz tempo. Quero terminar nosso namoro. - Oi? Arregalo meus olhos e ele sorri. - Porque agora te quero como minha mulher, então a gente precisa casar. Aceita? -
- Eu não acredito nisso. - Falo soltando a respiração e rindo. - Eu ia te matar se isso não terminasse com um pedido de casamento. - Falo levando minhas mãos até a cabeça.
- Deu medo? - Ele se ajeita na cadeira.
- Medo? Meu querido, essa menina quase nasceu. - Passo a mão na barriga.
- Aceita? - Ele abre uma caixinha com um anel de diamante dentro.
- Claro que aceito, bobão. - inclino minha cabeça e sorrio.
- Ti amo. (Te amo) - Ele diz enquanto coloca o anel no meu dedo.
- Ti amo, amore mio. (Te amo, meu amor) - sorrio analisando o anel.

- Agora a hora das alianças. - Meu pai diz.
Resolvemos que nosso casamento seria no nosso quintal, meu pai celebraria, nossa pequena seria a porta aliança e tudo ficaria em família. Uma celebração apenas para os mais íntimos.
- Mama, papa. - Antonella corre ao nosso encontro.
- Cuore, non correre. (Coração, não corra) -  Jorge e eu dizemos ao mesmo tempo.
- E eu vos declaro marido e mulher. - Papa anuncia.
- Não aguentava mais ouvir esse véio falando. - O agora meu marido diz quando me abraça.
- Jorge. - Bato em seu braço rindo.
- Minha mulher. Oficialmente. - Ele olha em meus olhos.
- Hoje, amanhã e sempre. - confidencio.
- Para sempre. - Ele sorri e me beija.

Eu sei que eu tô sumida, mas é por um bom motivo: as provas da faculdade terminam essa semana e eu tô correndo aqui pra terminar logo e fazer uma maratona de verdade pra vocês!!!!!
Muito obrigado por todo engajamento e pelos mais de 40k, vocês são demais!!!!
Daqui uns dias eu volto, beijo😘
- S.
Pedido de SofiaAraujo013

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