Epílogo

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Magnólia Ribeiro

Meu casamento é perfeito a cada dia que se passa amo mais meu marido e nossa família, nossa filha a cada dia está mais linda e esperta minha sogra ama demais as netas, mas a cada dia a idade tem pesado mais mesmo assim continua sendo uma pessoa incrível a quem  eu admiro muito.

Minha filha já está com quatro anos começou a pré escola é uma menina muito comunicativa, mas ainda não estou me sentindo realizada no quesito mãe sempre tive o sonho de ter uma família grande mas devido a idade não está sendo fácil realizar essa tarefa, meu filho está quase se formando já trabalha no escritório do seu amigo Gabriel, pois ambos são amigos irmãos ele está tão focado nos estudos e trabalho que nem namorada arrumou. Por causa do meu desejo já conversei com meu marido e juntos já entramos no processo de adoção sempre penso numa menina mas quando formos visitar o orfanato pode ser que um menino nós conquiste.

Quase dois anos depois

O processo de adoção foi bem longo minha sogra foi conosco e assim como eu e meu marido se encantou com uma linda menina com uma triste história de vida que já estava na faixa de oito anos devido ao seus traumas nunca nem teve nenhuma pessoa que fosse conquistada por aquela menina de um olhar tão sofrido. Quando a diretora da instituição nos contou por tudo que ela passou e devido a sua idade o processo poderia ser mais rápido.

Nesse meio tempo minha sogra morreu mais não desistimos da Kariny que aos poucos temos ganhados sua confiança, em poucos dias ela vai poder ficar aqui para sempre e será uma Ribeiro…

Kariny Ribeiro

Já tinha me convencido de que ficaria no orfanato até minha maioridade nunca nenhuma pessoa olhou para mim e me viu como uma futura filha era como se eu fosse invisível ou tivesse uma doença contagiosa até no dia que a minha mamãe me viu confesso que eu fiquei com medo quando ela olhou para mim no meu subconsciente eu acreditava que todas as pessoas brancas só se aproximavam de nós pessoas negras para nos humilhar.

Foi exatamente por isso que sempre tive muito o pé atrás com qualquer pessoa que fosse lá e se era branca nem fazia questão de ficar perto das outras crianças, lembro que quando o papai morreu a mamãe ficou muito triste era como se naquele dia tivesse perdido os dois, minha mãe era tão jovem e linda mas poucos dias depois da morte do papai ela nem de longe lembrava aquela mulher ela passou a beber e na bebida encontrou uma pessoa acho que pela falta do papai ela viu nele o pedaço que faltava nela e em poucos dias a nossa casa que era um lar feliz e de amor se transformou estava pior que um bar de beira de estrada com cada vez mais pessoas desconhecidas todos tinham a mesma cor em comum. Eu até tentei abrir os olhos da mamãe para o que ela estava fazendo da sua vida mas a mulher que nunca tinha levantado a mão para mim naquele dia ela me bateu tanto que eu acabei desmaiando. Quando eu acordei com meu corpo todo dolorido escutei uma música alta como assim minha mãe está dando uma festa, quando eu saí do quarto era como se eu estivesse num filme de terror aquele homem estava com um outro homem com a minha mãe ela nem parecia ser ela estava de um jeito estranho era como se ela não me conhecesse  ela estava sem a parte de cima da roupa no colo de um desconhecido enquanto cheirava um pó branco que estava no peito do desconhecido vi seus olhos perdendo a cor e aqueles homens em vez de ajudar ela começou a tirar a parte de baixo da sua roupa, a minha sorte é que pela música alta ninguém escutou o barulho da escada eu tinha medo do que iria acontecer com minha mãe mas se alguém me ver ali poderia querer fazer o mesmo com o meu corpo eu tinha que ser rápida e voltar para o quarto e me trancar dentro dele, antes de eu ir para o quarto ainda vi aqueles dois homens enfiando a parte do seu corpo na mamãe deve ter doído pois ela gritou, durante a noite a música ficou ainda mais alta em uma parte da noite a porta do meu quarto foi mexida se eu não tivesse me trancado eles poderiam me fazer mau eles acharam que foi a mamãe quem me trancou no quarto.

Meu Refúgio Where stories live. Discover now