Meu Refúgio

Capítulo 4

Magnólia Campos

Continuação

No hospital eu implorei que o médico que me atendeu já aproveitasse e colocasse em mim o DIU pois não queria correr o risco de passar por aquilo novamente.

Depois daquele dia quando voltei para a casa já não me sentia em casa estava sempre com medo de tudo e todos, tentei falar com ele sobre nosso divórcio mas a cada vez que falava com ele apanhava e era ameaçada de nunca mais poder ver o seu filho porque ele não tinha meu sangue então não tinha direitos sobre ele. Álvaro era cruel comigo como se eu fosse a responsável pelo sonho do segundo filho ter sido fracassado por minha culpa.

Já estou quase boa dos ferimentos minha única alegria é quando o Felipe chega da escola e fica comigo contando como foi seu dia, minha mãe nem aqui vem fala que não senti bem olhando para mim, pois no dizer dela sou uma pecadora por ter matado sua neta isso é o fim da picada eu toda quebrada ainda tenho que ouvir isso.

Quando pude enfim sair de casa e voltar ao trabalho foi difícil encarar todos me olhando com cara de pena, eu não preciso da pena deles preciso é da ajuda e do apoio.

Consegui uma advogada para ela me dar suporte para o divórcio, e quando eu perguntei se eu separasse dele se eu poderia pedir a guarda do Felipe mesmo ele não sendo o meu filho de sangue e ela me disse que não foi como se tivesse me jogado um balde de água fria, como eu iria embora e deixar meu menino para trás só porque um maldito papel me falava que o sangue valia mais do que o meu sentimentos.

Com o passar dos anos e das agressões vi meu menino se tornando um adolescente que não saia de casa por medo da sua mãe sofrer e ele não está do lado para ser seu suporte, eu não queria aquilo mas não podia partir deixando ele para trás. No trabalho sempre tentava ser a melhor para que minha vida pessoal não refletisse no meu trabalho, esperando o dia que ele completasse sua maioridade e pudesse ficar comigo.

Com muito esforço consegui sem que ninguém descobrisse comprar uma casinha num bairro bem afastado, ali seria meu recomeço.

Já vivíamos como dois estranhos o Álvaro colecionando amantes e a cada dia menos se importando com a família, na semana que o Felipe iria completar dezoito anos avisei que os papéis do divórcio estava ficando pronto que eu iria sair da sua vida, naquele momento ele iria me bater de novo mas o que eu nunca imaginei aconteceu, meu filho se colocou na minha frente e disse que se o pai batesse em mim seria a última vez porque ele não era mais uma criança e iria me defender.

Seu pai debochando falou para ele se iria me defender se eu nem tinha o sangue dele e fez uma revelação que me deixou chocada que a mãe do Felipe estava viva, só que como ela era negra e para ele que queria se candidatar pegaria muito melhor do lado dele estar uma mulher branca.

Só que mais uma vez foi surpreendida quando Felipe falou:

_ aquela mulher não é minha mãe, aquela drogada que eu vi você dando dinheiro para ela esquecesse que tinha um filho e nunca mais aparecer, eu torci para que ela não pegasse seu dinheiro e falasse para você engolir ele mas fiquei com raiva de vocês dois quando ela pegou o seu dinheiro e ainda chamou minha mãe de idiota.

Minha mãe é essa que sempre esteve do meu lado que me contava histórias para dormir aquela lá assim como você só serviu para fazer, porque mãe é essa que você fez de saco de pancadas que poderia ter descontado em mim toda frustração mas não dela só recibo amor, carinho e como ter caráter, se ela sair daqui hoje eu também saio porque não tem juiz comprado e nem advogado que vai me separar dela.

Naquele dia Álvaro ficou tão impactado que nem saiu de casa, acho que com medo de sair e quando voltar não nós encontrar mais aqui.

Quase dois anos depois...

Depois de muito custo consegui o divórcio e sair do seu julgo, mas estava enganada se achava que ele iria me deixar em paz a cada dia ele me mostra como me enganei e como apesar de todos esses anos não conhecia metade do que ele seria capaz.

A cada dia me sinto encurralada pois sei que tem gente me seguindo a mando dele tenho até medo de pegar no telefone pois ele sempre descobre o meu número e me manda mensagens com ameaça, e para mostrar que ele sabe de todos meus passos com fotos atualizada.

Já fui na delegacia fiz vários boletins de ocorrência e pedi medida protetiva mas não sinto protegida com aquele papel, ele está nem aí para o filho dele só quer me atormentar.

Hoje no serviço escutei um burburinho de que tinha chegado no Hospital um homem que foi sequestrado pelo próprio irmão há 27 anos que ele não confiava em ninguém e precisava urgentemente que um fisioterapeuta fosse fazer exercícios nele para ver o melhor tratamento, me identifiquei com o história e decidi que aquele paciente poderia ser uma boa.

Quando eu chequei para examinar ele e disse o meu nome para te passar confiança e ele chorou e disse ser a flor preferida da sua esposa assassinada eu percebi que temos muito em comum e iria ajudar ele com o que eu pudesse...

Bom dia espero que todos estejam bem finalmente a história poderá entrar numa parte mais agradável de se escrever, mas vocês acham que o Álvaro irá desistir da Magnólia tão fácil, ou será que ele terá uma visitinha do nosso Gabriel e quem sabe uns dentes quebrados para ele ver como é bom bater em mulher.

Bom comente e me dar sugestões para fazer com esse valentão ou dá para ele uma DST coisa que ele acha que é coisa de viado, só que esquece que ele está mais sujo que motel barato.