Capítulo 6

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Olavo Ribeiro

Apesar de não gostar de hospitais estou tentando ser um bom paciente fazendo tudo o que os médicos acham que eu fazendo terei menas dor, todo esse sacrifício vai valer e está valendo, apesar de hospital não ser o melhor lugar para um bebê saudável as vezes meu filho trás minha netinha aqui só nesses momentos em que ela está aqui que eu esqueço um pouco todo sofrimento que eu passei, ela é minha esperança e força para aguentar tudo que estou passando.

Minha nora sempre quando vem me visitar sempre mostra ser uma pessoa alegre e que ama muito meu filho, fico feliz por isso.

Os médicos falaram que eu terei que passar por uma cirurgia e dependendo da minha recuperação vai ver se precisará de outras e mesmo assim vou ser um dependente de bengala, não me importo com isso o que me importa é minha família ser meu apoio e isso estou recebendo desde o momento que eu saí daquele lugar.

Aquela médica com nome de flor apesar de triste faz seu trabalho com perfeição que até já estou com mais força na minha mão não pareço mais que acabei de ter um AVC agora já consigo colocar comida na  minha própria boca sem me sujar.

No dia da cirurgia tive que ficar em jejum e já sei que talvez nem coma hoje, pois pode ser demorado o que me deixa tranquilo é que quando eu acordar minha família vai estar do meu lado.

Depois que me anestesiaram fiquei grogue mais não completamente pois a sensação de ter meu corpo cortado foi agoniante mas de novo senti o cheiro da médica e me acalmei depois de horas que pareceu ser uma eternidade depois de quebrar meu osso para colocar uma platina e parafusos enfim terminou, e me levaram para o quarto.

Alguns tempos escutei as vozes da minha mãe, Itak e Rafael eu sei que o meu filho estava aqui o que aconteceu com ele, quando finalmente abri meus olhos a primeira coisa que eu pedi foi água estava com a garganta seca, enquanto o Rafael foi buscar perguntei sobre o Gabriel mas quando ele voltou com a água entrou também meu filho o que me deu alívio.

A noite foi uma merda com a perna doendo e as enfermeiras dizendo que era dor psicológica que logo iria passar pois já tinham me medicado. Psicológica porque não era nelas, de novo o Rafael passou a noite comigo não sei como ele aguenta sempre estou reclamando e aquele abusado fica rindo da minha cara.

No dia seguinte o médico veio me examinar e disse que se continuasse evoluindo assim teria alta até o final de semana. Minha mãe quando soube disso ficou tão feliz e meu filho Gabriel sabendo que eu queria ficar perto do seu irmão já tinha conseguido um jatinho e casa para nós morarmos e falou que só faltava a enfermeira para cuidar de mim e seu irmão, quando a Rose ouviu isso ficou uma fera com ele foi até engraçado ver aquela tampinha dando uns tapas nele.

Sei que serei feliz com essa mudança e minha mãe também e tão gratificante ver como minha mãe está feliz e animada com seus Neto e bisneta que ela pode chegar até os cem anos…

Maria Ribeiro 

Maria Ribeiro 

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Memórias…

Quando nos casamos dois apaixonados queríamos ter a casa cheia de filhos só que eles nunca chegaram depois de dois anos de casamento desconfiamos de que um de nós dois não poderia ter filhos mas meu marido um pouco machista nunca que poderia imaginar que o problema pudesse ser dele, então para tirar aquela dúvida fomos ao médico por insistência minha meus resultados estava tudo ok mas o dele não, e ele não poderia admitir para os pais e amigos que era dele a culpa de não termos um filho. 

E perguntou se seu problema tinha solução e o médico disse que não mas que poderíamos fazer uma inseminação artificial e o filho continuaria sendo dos dois, ele não queria aceitar mas depois que sua mãe começou a nos pressionar que queria netos ele resolveu voltar a falar sobre o assunto e fomos escolher o doador mas para ele nada estava bom até que o último do catálogo chamou a atenção dele por ter características semelhantes a sua e fazemos o procedimento quando foi confirmado minha gravidez o inesperado aconteceu ele começou a beber e ficar longe de casa por muitos dias a medida que a barriga crescia ele foi desaparecendo e em nada se lembrava o homem lindo e carinhoso que eu me casei aquele Luís Ribeiro era somente uma memória distante quando eu passei mal e os bebês nasceram ele piorou escolheu os nomes só que poucos dias depois ele foi encontrado morto depois de dias longe de casa a quem diga que ele passou os dias anteriores em um bar bebendo.

Foi tão triste um momento que era para ser de felicidade foi quebrado com sua morte minha sogra foi e cuidou de todos os trâmites necessários e depois se mudou para nossa casa para me ajudar a tomar conta do meus filhos ela foi uma mãe para mim meus filhos eram os seus xodós ela fazia tudo por eles, para não sentir a saudades do pai, eles cresceram cada um com sua personalidade enquanto o Otávio era o estrela que queria todas a atenção para ele Olavo já era mais contido e inteligente que com vinte e dois anos já estava formado e noivo, foi nessa época que as coisas desandaram de vez e meu filho foi para o exército e nunca mais foi o mesmo às vezes acho que não fui uma boa mãe em não perceber que meus filhos precisavam de atenção de mãe.

Quando meu filho desapareceu e sua família foi morta de maneira trágica senti meu mundo desabando em todos esses anos que se passaram muitas coisas aconteceram meus sogros que foram o meu porto faleceram e fiquei só, já estava me confirmando em morrer só até que vi aquela reportagem e tive outra vez esperança e ainda dois netos e ganhei uma bisnetinha.

Resolvi que era hora de desapegar daquelas terras que só nos trouxe sofrimento e iremos mudar para junto de meu neto que gostou muito da idéia.

Agora é só esperar a alta do Olavo….

Boa tarde gente espero que gostem do capítulo e na cirurgia eu coloquei um relato meu mesmo e posso dizer que é horrível pelo menos para mim foi, e vamos que vamos.

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