𝐃𝐄𝐌𝐎𝐍, Eren Yeager.

𝗖𝗮𝗽𝗶̀𝘁𝘂𝗹𝗼 8

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— Em outro amor, outro amor. Todas as minhas lágrimas foram desperdiçadas.

-Tom Odell,
ANOTHER LOVE.

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S/n pov

Ao entrar na delegacia, não imaginava que seria tão bem recebida com olhares pelos novos recrutas policiais. Pelo visto, eu era bem conhecida ali.

A maioria me conhecia por "A policial que sobreviveu ao cativeiro de traficantes."

Só não sei dizer se era algo bom ou ruim.

Com ou sem farda, eles me deixaram entrar ali numa boa, como se nada estivesse acontecendo.

Preocupante, eu diria.

Dou de ombros, tentando não contar tanta vantagem pois, uma hora ou outra, algo ruim ia acontecer. Eu tô sentindo.

Ou talvez eu seja pessimista demais e estou me deixando levar pelos pensamentos negativos.

Perdida em meus pensamentos, nem percebi quando a porta do setor de Inteligência já estava em minha frente, o que indicava mais cuidado da minha parte.

Até agora, eles tinham ignorado o moreno ao meu lado.

Sim, Eren, o traficante mais procurado do país, conseguiu se infiltrar com um uniforme de polícia e um óculos escuro ridículo que Jean emprestou.

E agora, a criatura sorria até pro vento, se achando com aquela roupa – não posso negar, ele ficou um gostoso de policial.

Inclusive, ele já até enganou algumas recrutas com sua boa lábia e charme, que se apaixonaram no primeiro A do moreno.

Não julgo, o mesmo aconteceu comigo.

Ele sorria sacana pra cada sargenta e policial que passava ali, me tirando do sério.

Não é ciúme, mas porra, ele tem que se concentrar na missão.

— Chegamos. - Chamo sua atenção. — Presta atenção, o Armin não é burro igual aquelas putas que você enganou.

— Putas? - Pergunta sarcástico. — Elas pareciam ser bem gente boa.

— Legal, fica com elas depois que a missão acabar. - Semicerro os olhos. — Agora foca, porque não tô aqui pra gracinhas.

— Talvez eu pegue o número delas. - Continua a provocação. — Já me acostumei a domar policiais.

Agarro o colarinho de sua blusa, aproximando seu rosto do meu – não posso negar que estou furiosa.

— Escuta aqui... - Rosno baixo. — Por mim, enfia esse seu pau molenga onde quiser. Mas agora, nossa missão é pri-o-ri-da-de. Se comporta, ou eu te denuncio aqui mesmo e você vai entrar pro cano. Entendido?

Tentei soar firme, mas o desgraçado apenas sorria sacana e mordia o lábio inferior, aproximando mais o rosto do meu.

— Não fala assim que eu gamo... - Diz manhoso, agarrando minha cintura com uma mão.