Capítulo 30

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Eu sei, eu sei... Muitos de vocês estão putos comigo por causa do final da história, não é atoa que o nome dela é "Doce Lembrança". Por isso vos trago o ultimo capítulo e após ele, escreverei a despedida para vocês e agradecer. Espero que gostem...

Najwa POV'S

Aurora corria pela grama com Bala ao seu encalço fazendo com que eu sorrisse vendo a cena. A garota era esperta e se parecia muito comigo em exatamente tudo que fazia.

Hoje é o seu aniversário de quatro anos, quatro anos se passaram, quatro anos de medos, amores e muita emoção, porque é assim que se vive com uma criança hiperativa.

Théo havia vindo junto ao Tomás para ajudar nos preparativos da festa da garota, a familia de Maggie estava a caminho, todo ano eles vinham para o aniversário da neta e minha familia não ficava muito atrás.

_Mãe? Poderia olhar o Arthur para nós por favor? Théo se aproximou me entregando o garoto de um ano nos braços.

_Porque a vovó não ficaria com essa coisinha? Falei enquanto erguia o garoto que ria. _Filha, vem aqui brincar com o Arthur, deixa a Bala quieta.

Theo sorriu enquanto via a irmã correndo pra lá e pra cá.

_Depois era eu quem dava trabalho, não é? Ele falou entrando para a cozinha.

Em comparação a Aurora, Théo era um anjo. Talvez eu a tenha mimado demais por ser a caçula ou por ser menina. Arthur estava sentado na grama ao meu lado enquanto eu observava a paisagem ao redor e via o quão maravilhosa era a minha família, Théo e Tomás se casaram há dois anos e adotaram Arthur no ano passado.

_Mama, mama... Aurora veio correndo em minha direção animada com os bracinhos estendidos se jogando em meus braços. _Eu te amo.

_Também amo você, muñequita. A apertei no abraço.

_Aurora ama mamãe cariño também. A garota falou fazendo com que eu sorrisse.

_E pode ter certeza que a mamãe Maggie te ama muito, querida. Respondi beijando a bochecha da garota que se levantou indo até o sobrinho o abraçando.

_Aurora ama o Arthur também, mama. Ela falou beijando e apertando o garoto que começou a chorar.

Me levantei pegando ele no colo fazendo com que Arthur parasse de chorar, ele tinha um ano e meio, segurei a mão pequena de Aurora a levando para dentro.

_Vamos entrar? Aurora precisa tomar banho e precisamos ver se Gael já está arrumado. Falei enquanto andava com meu neto no braço esquerdo e minha filha segurando minha mão direita.

A campainha tocou fazendo com que desviassemos o caminho das escadas e fôssemos atender a porta.

_Acho que são seus avós e tios, querida. Falei para a garotinha que pulava batendo palminhas.

Abri a porta e ali estavam, os pais de Maggie e seu irmão junto a esposa e o filho deles quase dois anos mais velho que Aurora.

_Minha querida, como está. Sua mãe me abraçou forte, enquanto Aurora corria para os tios e seu primo.

_Estamos bem, estou aprendendo a me acostumar com a nova rotina. Falei vendo a mesma me abraçar novamente.

_Esse é o pequeno Arthur, é uma graça. Netos são os melhores presentes que a vida nos dá. Dessa vez foi o pai de Maggie que se aproximou pegando o garoto de meus braços após beijar minha bochecha.

Aurora a essas horas já espoleta, estava no quintal brincando com seu primo Lucas correndo atrás de Bala novamente com seus tios os olhando. Sorri largamente ao vê-los pelo vidro e senti uma lágrima escorrer fazendo com que eu as secassem.

_Parece um sonho, não é minha querida? A mulher mais velha perguntou fazendo com que eu assentisse. _Não posso imaginar o que passou, é sempre difícil.

Respirei fundo me lembrando do acontecido há quatro anos atrás, aquilo era a pior dor que já senti na vida. Eu amava Maggie com tudo que poderia existir dentro de mim e sentir a sensação de perde-la me deixa em prantos.

_Isso sempre vai ser um choque para mim, meu pior pesadelo, idependente. Falei desanimada, mas logo sorri ao olhar para a escada.

A mulher vinha caminhando com cuidado descendo degrau por degrau com bastante cautela, para não tropeçar.

_Toma, seu filho não para de resmungar te querendo. Oi mamãe. Maggie falou após me entregar Gael e cumprimentar seus pais.

Pois é, aquele dia no hospital o medo de encarar a realidade era maior do que a de acreditar que ela estava viva.
Quando eu tomei a atitude de pegar Aurora e sair dali sem deixar Addisson me dar qualquer explicação, roubei de mim a resposta de que o amor da minha vida teve um problema no parto mas que estava tudo bem e ela havia voltado. Minha sorte foi Théo ter ficado lá para resolver as coisas e sou grata a isso até hoje.

_Você precisa arrumar a Aurora, mi amor. Maggie se aproximou selando nossos lábios.

_Ela está tão bem brincando com Lucas. Olhei pela janela fazendo com que caminhassemos até o jardim.

Gael começou a choramingar em meus braços fazendo com que eu o entregasse a Maggie novamente que com minha ajuda se sentou em uma espreguiçadeira e começou a amamenta-lo.

Depois de Aurora, Maggie queria que tivessemos outro filho. Eu estava traumatizada já depois do ocorrido com minha muñequita mas de tanto a loira insistir resolvi aceitar, e aqui está Gael, com vinte dias de vida e uma Maggie cheia de pontos por conta da cesarea por ser outra gravidez de risco. Finalmente consegui fazer ela ficar satisfeita com nossos garotos, e não querer saber mais de ter filhos.

Aurora veio correndo em nossa direção ao nos ver sentadas na beira da piscina.

_Mama, mama... e lá vem a espoleta novamente.

_Te juro que essa garota um dia vai me infartar. Falei para Maggie que sorriu assim que Aurora pulou em meus braços e agarrou seu pescoço dando um beijo na bochecha da loira._Cuidado muñequita, seu irmão é frágil.

Alertei a garotinha que tapou a boca em sinal de cuidado e levou a mãozinha nos poucos cabelos loiros do irmão.

_Sabe Naj? Maggie me chamou enquanto beijava a mão de nossa filha. _Eu não mudaria nada da nossa vida, tudo o que eu precisava tenho bem aqui, do meu lado.

Peguei Aurora e a sentei em meu colo beijando a testa de Maggie, que agora tirava nosso filho do peito e o colocava ereto para arrotar.

_Sabe cariño? Eu também não mudaria nada, tenho a familia que sempre pedi a Deus. Falei buscando os verdes intensos de minha esposa que logo se perderam nos meus.

Verdes e negros perdidos dentro um do outro, apaixonados como sempre estiveram, só que agora não eramos mais eu e ela e sim nós.

_Eu te amo, Najwa. Ela falou corando como quando me disse da primeira vez.

_Eu também te amo, Maggie. Respondi com êxito sem pestanejar, diferente da minha primeira vez.

_E a Aurora? A garota soltou fazendo com que desviassemos nossos olhares e fitassemos juntas Aurora que nos olhava sapeca.

_Amamos a Aurora. Falamos em uníssono enquanto a garotinha batia palmas feliz.

_Aurora ama a mama e a mama cariño. Maggie e eu sorrimos ao ouvir aquilo e apertamos a garotinha dos fios escuros em um abraço a enchendo de beijos.


Gente espero que tenham gostado, de verdade. E se algo ficou confuso, me digam...

Me dediquei ao máximo nessa fic, e eu só tenho que agradecer vocês por tudo.

Doce Lembrança Where stories live. Discover now