Capítulo 13

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Najwa POV'S

Quando Maggie saiu voltei para cozinha e lavei as louças do café que eu havia dito a loira que lavaria. Eu estava distraída pensando sobre o que planejava fazer mais tarde, estava com medo de avançar para o próximo passo porém eu queria realmente dar essa chance a nós.

_Lavando louça? Me assustei ao ouvir Théo falar por trás de mim e caminhar até o armário pegando alguma porcaria que fizesse mal para comer._Maggie faz milagres.

Desliguei a torneira e sequei minhas mãos no pano de prato que ali existia. Por mais que nunca tivesse me aberto com ele sobre isso, talvez desconfiasse até porque Théo era meu filho e era tão esperto quanto eu.

_Pois é. Retruquei me virando para ele.

_Mãe, pode ser sincera sabe que eu já não sou mais criança. Ele falou enquanto pegava leite na geladeira. _Naquele tempo você conseguia me passar para trás, hoje não. Colocou o leite na vasilha junto ao cereal se sentando para comer.

_E desde quando te devo satisfações da minha vida? Pelo que sei o papel de mãe sou eu quem faço e você é o filho. Falei enquanto via o mesmo me desdenhar.

_É, você e seus papéis como sempre, é o que você sabe fazer de melhor. Me desafiou enquanto comia.

_Escuta aqui, garoto. Você me deve respeito, entendeu? Enquanto estiver debaixo do meu teto e depender de mim, exijo que me respeite. Falei enquanto o mesmo bufava ameaçando se levantar. _Senta aí e termine de comer.

_Não falei por maldade, só acho que você passa mais tempo fora do que dentro de casa, vive ocupada trabalhando. Ele falou diminuindo o tom de voz.

Eu realmente trabalhava bastante mas se eu não trabalhasse ele não teria as mordomias que está tendo, não trocaria de celular cada vez que a Apple resolvesse lançar um iPhone novo e muito menos ir às festas e viagens que ele sempre fazia. Eu dava a ele a vida que eu não tive, talvez eu tivesse falhado na sua educação e o mimado para suprir minhas ausências.

_Mas você precisa entender que é o suor do meu trabalho que te dá o que você quer, se você tem a vida que tem, é por conta dele. Falei calma porém ainda firme mantendo o meu olhar totalmente sobre ele.

_Só espero de verdade que dessa vez você aprenda a valorizar as pessoas que te amam e a se valorizar.  Théo se levantou enquanto pegava a vasilha e colocava na pia.

_Não, não. Resmunguei ao ver que ele colocou a louça que acabou de usar dentro da pia e ia saindo sem lavar. _Lave. Pisquei para ele enquanto apontava para a esponja fazendo com que Théo revirasse os olhos e me obedecesse.

Ele lavou a louça que havia sujado um pouco emburrado, mas logo quando acabou se aproximou de mim me abraçando.

_Você pode ser o que for, mas eu nunca quis outra mãe que não fosse você. Temos nossas desavenças porém eu te amo muito. Achei estranho seu contato mas o abracei de volta um pouco indagada até porque eu sabia que ali vinha bomba.

_O que você quer? Desfiz o abraço e logo o fitei. Ele tinha o mesmo olhar danado que eu quando queria algo.

_Nada, só queria falar que te amo. Respondeu de forma tranquila mas ainda não tinha me convencido. Então arquei as sobrancelhas ainda o fitando. _ Tá bom! O pessoal está querendo ir para Ibiza, e eu queria muito ir.

Cerrei um pouco os olhos enquanto o encarava, que muleque descarado. Respirei fundo o respondendo.

_Tudo bem, mas com uma condição. Théo me olhou surpreso.

Doce Lembrança Where stories live. Discover now