Capítulo 23

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Desculpem a demora galerinha, to trabalhando com telemarketing e estou fazendo muita hora no trabalho, to entrando as 9 da manhã e saindo meia noite, então esta beeeeeem corrido, voltei.

Najwa POV'S

Maggie estava radiante nessa nova fase que estavamos passando em nossas vidas, nosso casamento no cívil havia chego, resolvemos fazer algo só para nós mesmas, foi algo bem rápido, dizemos o tão famoso sim e assinamos os papéis. Por escolha nossa, resolvemos permanecer com nossos nomes, sem acrescentar ou tirar nada.

Para mim era algo novo, eu pela primeira vez na vida estava tendo a chance de realmente ter uma familia de verdade como eu sempre quis ter. Théo e eu estavamos mais próximos, ele passava a maior parte de seu tempo aqui em casa com a loira, ela não esta muito bem durante esses dias e isso me preocupava bastante.

Depois do casamento, falamos sobre a gravidez dela abertamente com a familia e até com o público, ja que a barriga iria começar a dar sinal, isso foi um alívio para nós e também uma preocupação já que descobrimos que realmente Remy estava solto, há duas semanas atrás Maggie me ligou desesperada dizendo que parecia ter um carro a seguindo e aquilo estava mexendo muito com ela.

_O que vamos comer hoje? - A loira me tirou de meus pensamentos enquanto se juntava a mim na varanda.

_Não sei cariño, o que gostaria de comer? Retruquei-a com outra pergunta fazendo sinal para que ela se sentasse em meu colo.

Hoje teriamos mais uma consulta pré natal, veriamos o bebê pela primeira vez e como estava indo sua evolução, Maggie estava ansiosa, porque semana que vem ela entraria no segundo trimestre da gestação.

_Poderiamos comer fora antes de irmos para a clínica, o que acha? - A loira sorriu majestosa depositando um beijo em minha bochecha.

_Acho uma ótima idéia, loira. - Sorri para ela que logo se levantou de meu colo me estendendo a mão para que eu levantasse.

Eu sabia que a amava e por um momento me lembrei do passado e sobre o que ja passamos, sorri automáticamente ao me recordar das brigas que tivemos e dos beijos as escondidas e onde estavamos agora.

_Que foi? Porque ta rindo? - me perguntou rindo comigo sem entender.

_Nada, cariño. Estou me recordando do passado. - Respondi enquanto via a loira me fitar arqueando as sobrancelhas de forma curiosa.

_Você não me engana, Najwa. - Ri de seu comentário balançando a cabeça negativamente.

_Estava me lembrando de nós,  de como éramos e o que nos tornamos, loira. - Respondi me aproximando dela abraçando sua cintura e depositando um beijo em sua testa, ouvindo a mesma suspirar.

_Eu te amo. - ouvi soar de seus labios enquanto a mesma ainda estava envolvida em meus braços.

_Eu te amo, loira. - Respondi e sorri em seguida.

Eu realmente amava o que tínhamos, era algo só nosso e que somente nós duas entendíamos e isso era o suficiente.

Maggie ja estava arrumada e me esperava no banco do passageiro dentro do carro, resolvemos comer algo em casa mesmo antes de irmos a clínica. Adentrei o veículo e dei partida,  iriamos finalmente ver a primeira imagem do nosso bebê e saber como realmente tudo estava.

_Eu estou com medo. - A mais nova lançou no ar fazendo com que eu a olhasse sem entender.

_Sobre o que? - Questionei mantendo a atenção no trânsito.

_Sobre tudo, sobre o bebê, sobre nós. - Eu sinceramente não estava entendendo o rumo daquela conversa, então apenas a ouvi e tentei usar as palavras certas por causa da sua sensibilidade.

_Estamos aqui não estamos? - Minha voz soou rouca porém tranquila ao mesmo tempo que eu procurei suas órbitas esverdeadas enquanto eu parava no semáforo e via ela assentir. _Então não tenha medo, cariño. Vai dar tudo certo, aliás já deu! Você está bem, Théo está bem, eu estou bem, nosso bebê também está bem, então para quê ter medo?

Maggie pareceu concordar comigo e logo senti sua mão alisar minha coxa, sorri para ela e voltei a dirigir assim que o sinal voltou a ficar verde.

Chegamos na clínica e não demorou para sermos atendidas por conta do horario marcado, então já nos encontrávamos na sala onde a loira estava deitada na maca e eu ao seu lado aguardando o responsável para realizar o exame.

Eu mexia em meu celular e respondia algumas mensagens enquanto a médica não chegava, mas logo guardei meu celular e me coloquei de pé quando ouvi a voz da doutora adentrar a sala.

_Desculpe fazê-las esperar, meninas. -Addisson falou assim que entrou nos cumprimentando. _ Vamos ver como está esse bebê.

Ficamos em silêncio, apenas observando o monitor na nossa frente no qual como sempre tinha uma imagem confusa, Addisson sorriu e pausou a imagem.

_Então, estão vendo isso daqui? Apontou a tela fazendo com que assentissemos. _ É o bebê de vocês, está cedo demais para descobrimos o sexo pela ultrassonografia, mas se quiserem podem fazer a sexagem fetal.

Eu só sabia sorrir enquanto sentia Maggie apertar minha mão, saber que realmente tinha um pedaço meu crescendo dentro dela, era mágico.

_Está tudo bem com o bebê? Perguntei preocupada até porque início de gravidez é delicado.

_Está sim, o feto está saudável, com peso e tamanho ideal. - ela falou fazendo com que eu soltasse o ar de meus pulmões aliviada. _Alias, temos batimentos cardíaco aqui mamães, vamos ouvir?

E foi o que ouvimos segundos depois, de forma rápida e alucinante, o coraçãozinho daquele pequeno ser batia forte e era o som mais lindo que eu já escutei em toda minha vida, me lembrei de Théo e a primeira vez que eu o escutei também, aquele som ficaria guardado para sempre em nossas memórias na parte das lembranças mais bonitas.

Confesso que nós nos emocionamos, agora sim a ficha tinha caido, realmente nossa familia cresceu e seríamos  quatro. Addisson desligou o aparelho e deu uma toalha para que Maggie limpasse o gel em seu abdômen.

_Vejo vocês no próximo mês, continue com o repouso e não faça esforços. Apenas agradecemos e saímos do consultório,  segurei a mão de Maggie enquanto caminhávamos em direção ao carro.

_Quer ir ao shopping, cariño? Perguntei enquanto abria a porta para ela entrar.

_Vamos. - ela respondeu  e eu adentrei o veículo junto a ela.

Eu queria começar a comprar algumas coisas para o bebê que chegaria em 6 ou 7 meses e sabia que isso iria animar Maggie e distrair seus pensamentos.

Toquei sua barriga dentro do carro e acariciei, pra ser exata, talvez fosse minha primeira demonstração de carinho sobre tudo o que estavamos passando atualmente. Talvez eu fosse um pouco seca as vezes, eu estava feliz com tudo isso, mas é como se depois de hoje e depois de ouvir e ver o que vimos no consultório toda a ficha caísse.

E mais uma vez eu havia ido contra tudo o que eu acreditava, e mais uma vez o amor esfregava em minha cara o quão errada eu era de pensar ao contrário e não acreditar no mesmo, pelo menos antigamente. Porque hoje, tudo o que faço só consigo enxergar sua presença.

Sorri comigo mesma ao ver minhas contradições, selei meus labios aos de Maggie e dirigi até o shopping.

Desculpem a demora galera, mas ta ai! Desculpem mesmo.

Doce Lembrança Where stories live. Discover now