Round 21

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Manarola, Itália

A minha bela Manarola, com o seu mar azul e o céu sempre aberto para que o sol possa espreitar e iluminar as ruas da pequena cidade, como eu sentia saudades disto. Assim que saí do táxi e inalei o cheiro a mar que pairava perto de minha casa sorri nostálgica e verdadeiramente feliz por estar de volta a casa. Tirei a chave da minha pequena mala e coloquei-as na fechadura da porta, fechei os olhos e respirei fundo antes de rodar a chave e abrir a porta para encontrar a minha família.

-Francesca, meu amor!- exclamou a minha mãe assim que me viu entrar em casa, ela correu na minha direção e envolveu-me num abraço caloroso e cheio de saudades. Uma lágrima insistiu em cair no momento em que senti os braços da minha mãe a apertarem-me com mais força, demonstrando perfeitamente as saudades que ambas tínhamos uma da outra. Não tive tempo de dizer nada depois da minha mãe me largar, porque rapidamente fui envolvida num outro abraço, mas desta vez era o meu pai quem me abraçava e me enchia a face de pequenos beijos.

-Tínhamos tantas saudades tuas.- disse o meu progenitor assim que os nossos corpos se separaram.

-E eu vossas.- sorri e limpei as lágrimas que tinham caído do meu rosto neste reencontro. Eu sempre estive muito habituada à minha família e à presença da mesma, e quando me mudei para Maranello para trabalhar, eu senti muito a falta deles. Sempre que venho a casa fico eufórica e as lágrimas caem sempre, mas à chegada é um choro de felicidade e alívio por finalmente estar com aqueles que eu amo, de novo. Porém, sempre que vou embora também choro, mas dessa vez é de tristeza por ter que os deixar com a perfeita noção que só os volto a ver meses depois.- Onde está o mano?- perguntei depois de notar a ausência do meu irmão mais velho.

-Saiu há uns minutos, disse que tinha de ir buscar algo para te oferecer.- explicou a minha mãe.

-O Benoit é sempre o mesmo, já lhe disse que não preciso de um presente sempre que volto a casa.- comentei, o meu irmão fazia questão de me comprar sempre uma prenda quando eu vinha a casa e apesar de eu achar extremamente querida a sua atitude, eu não queria que ele se sentisse na necessidade de me comprar sempre algo.

-Já sabes como é o teu irmão, gosta sempre de mimar a pequena princesinha dele.- a minha progenitora acariciava a minha face enquanto falava e acabou mesmo por apertar de leve a minha bochecha esquerda.

-Eu sei mamã.- concordei e sorri para os meus pais.- Pai, o Charles mandou-te a camisola desta temporada.- anunciei enquanto procurava pelo presente que o piloto monegasco havia enviado para o meu pai. Assim que encontrei a peça de roupa vermelha, entreguei-a ao meu pai que sorriu imediatamente e logo tratou de a vestir.

-O Leclerc é sempre tão atencioso, agradece-lhe filha.- disse o senhor Francesco, sim Francesco, o meu nome era totalmente inspirado no nome do meu pai.

-Calma que já lhe vais agradecer tu.- retirei o meu telemóvel do meu bolso traseiro das calças e rapidamente liguei ao Leclerc por vídeo-chamada.

-Ciao bella- disse quando atendeu a chamada, com o seu sotaque italiano que já estava bastante treinado.

-Ciao brutto- respondi brincalhona.

-Sempre tão querida, Francesca.- vi o piloto mais novo da Scuderia Ferrai revirar os olhos enquanto eu me perdia em gargalhadas. 

-Daverro cara, il ragazzo ti ha elogiato e tu dici che è brutto*.- repreendeu-me a dona Bella que estava atenta à nossa conversa.

-Mamma, Charles ed io siamo burloni. Sa di essere un gatto- respondi na minha língua materna e ouvi uma risada do meu telemóvel, era Charles Leclerc obviamente. 

I Wanna be Yours||Carlos Sainz JrDonde viven las historias. Descúbrelo ahora