Capitulo LVIII

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Falhar nunca foi uma opção, porque se você falhar na máfia acaba morto, mas eu levava esse lema diferente na minha vida, eu odiava falhar, porque mostrava que eu tinha rachaduras, mostrava que eu poderia ser vulnerável, e qual a pior fraqueza que ...

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Falhar nunca foi uma opção, porque se você falhar na máfia acaba morto, mas eu levava esse lema diferente na minha vida, eu odiava falhar, porque mostrava que eu tinha rachaduras, mostrava que eu poderia ser vulnerável, e qual a pior fraqueza que um homem como eu, como as minhas responsabilidades e deveres poderia mostrar aos ratos que me seguiam ? Ser vulnerável, deixar que pontos fracos fossem descobertos, era isso que tirava meu sono, era isso que eu fiz quando permitir que todos aqueles que conhecem o Don Joshua conhecessem ela.

Minha família é e sempre foi formada de homens honrados, desprezávamos a tortura contra crianças e mulheres, o tráfico humano, fazer de meninas sem dinheiro e com dívidas serem prostitutas em nossos bordeis, porque se algo nessa terra nos pertence, isso são nossos pecados, pois aceitamos cometer tais atos, as vezes até desejamos comer eles, porém devemos ter a honra de cumprir a pena que vem junto com elas, na máfia porém, o pecado que não tem perdão é o da traição, seja de qualquer gênero, principalmente se você trair a sua esposa, alguém que dorme ao seu lado, alguém que confia em fechar os olhos deitada do lado de um assassino como nós.

Ainda me lembro, de quando eu era um garoto, bom, um garoto por fora, por dentro já habitava uma besta, tinha quinze anos, quando o vi o primeiro traidor de casamento da minha vida, ele foi pego com uma mulher de fora, enquanto a esposa estava grávida, esperando o terceiro filho do casal, o homem foi levado até o salão do conselho, com as calças abertas, haviam marcas vermelhas de unhas em seu peito, manchas de batom em seu pescoço e ele estava com um cheiro de perfume feminino por todo o seu corpo, ele ficou de joelhos, implorou por perdão, mas sabíamos que não deveríamos implorar, não deveríamos pedir desculpas, não deveríamos sentir arrependimento, a sentença foi feita, ele foi metralhado, na frente de todos, com um simples aceno de cabeça da minha nonna, eu e os meninos vimos aquele homem se tornar uma peneira, seu sangue se esvaindo, manchando o mármore branco do lugar, chegando até mesmo a molhar nossos sapatos, e no mesmo silêncio que ficou pós disparos, saímos em silêncio, naquele dia eu jurei para mim mesmo, que não estava me importando com quem me casaria, nunca seria por amor, eu jamais trairia.

Porém, existe um ditado, que quando você cospe para o alto, ele volta bem na sua testa, eu me casaria afinal, me casaria por amor, mas eu também trai, trai a confiança da mulher que viu o demônio através do meus olhos e mesmo assim ficou, agora, sentindo as marcas em meu peito, sentindo a textura do batom que ela usava manchando minha pele e sentindo o aroma mais gostoso por todo meu corpo e pelo meu quarto, a vontade que eu tinha era de voltar para a Itália, me arrastar para o salão do conselho e pedir para me matearem, por ter traído a confiança dela, porém o lado possessivo, aquele que não se permite pensar em Any com mais ninguém, surge logo em seguida, ela seria minha para sempre, assim como eu seria dela para sempre.

—Um milhão pelos seus pensamentos lindinho - Any fala fazendo um carinho em meu peito, me despertando a atenção -.

—Esta gastando muito para algo que não vale tanto Angel - puxo a mão dela e dou um beijo, em seguida ela faz carinho em minha bochecha e eu me inclino para receber mais -.

Angel- Beauany Fic Onde as histórias ganham vida. Descobre agora