Capítulo 33

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O Cauã e minha madrinha já estavam lá, assim que chegamos eles estavam em uma roda com pessoas rezando por ele, mãe Lena estava no centro dessa roda com ele passando um ramo de planta por ele e o ramo ia ficando seco aos poucos.

Quando o ritual acabou ela veio até mim e minha mãe e nos cumprimentou.

-olá meninas – falou e me abraçou- esse menino vai ser muito forte e bonito – falou para a minha mãe passando a mão na barriga dela.

- tem alguém que quer falar com vocês dois – falou me puxando.

Passamos pelo Cauã e ele veio até nós e me abraçou apertado e se abaixou beijando minha barriga, mãe Lena nos levou a uma sala e começou a preparar alguns objetos que eu não sei bem o que eram, ele aproveitou para puxar assunto.

- você esta bem? - perguntou e eu assenti.

- e você como ta se sentindo? – perguntei vendo que ele estava um pouco abatido.

- tive uma noite difícil, mas vai ficar tudo bem – falou e eu segurei na mão dele.

Ouvimos um barulho de alguma coisa caindo no chão e olhamos para a mãe Lena, ela estava diferente, com uma outra feição e até outra maneira de respirar.

- fia, se veio aqui pra saber da moléstia de os atingem - falou de olhos fechados – a mulher fez uma amarração muito forte para você meu filho, ela não estava satisfeita em te ter, ela quis o mal teu e do teu pequeno também - a entidade falou.

Só de imagina que essa puta queria acabar com meu filho e que eu poderia estar morta agora por culpa dela o meu coração aperta e a dor que eu sinto é absurda.

- a menina tem sorte , ela tem bom coração e as entidades gostam dela – me olhou por um tempo – mas agora vocês estão livres e vão poder construir uma família feliz – falou por fim e eu fiquei corada.

Embora tudo que eu mais sonhei na vida foi ter uma família ao lado do Cauã e minha barria crescendo mostrando cada vez mais com meu filho dentro me mostre que não é um sonho tão distante, parece que ainda é uma coisa da minha cabeça que nunca vai se realizar.

Saímos da sala e ele pegou na minha mão e me puxou para um canto distante dos batuques e dos falatórios e me encostou na parede ficando na minha frente.

- quero te pedir uma chance, sabe que eu amo você e quero viver sempre ao seu lado - falou e eu meu coração parecia que ia sair pela boca a qualquer momento.

Minha maior vontade era de pular no seu colo e dizer que sempre fui sua e que queria viver isso para sempre, mas agora eu não estava sozinha para agir tão impulsivamente, tenho meu filho que precisa e mim e que vai sofrer comigo todas as consequências junto a mim e que não merece sofrer pelos meus erros igual sofreu pelos erros do pai.

- não Cauã, eu não sei o quanto você me ama – fui sincera – eu sei que em todos meus momentos de coragem eu me joguei em você e hoje a consequência dos meus atos está crescendo dentro de mim e eu não me arrependo nem um pouco disso – ele me olhou atento.

- vou esperar seu tempo- se aproximou mais de mim- e vou te mostrar o quando me descobri louco por você – falou e me deu um selinho demorado.

Não me aguentei e segurei ele pela nuca e aprofundei o beijo, mas me lembrei o local que estávamos e me afastei rápido, ele me olhando divertido e passou a mão na minha barriga e como se sentisse o momento "família" meu filho deu seu primeiro chute.

Arregalei os olhos e fiz uma careta pela dor e o Cauã me olhou preocupado.

- foi um chute? – perguntou bobão e eu assenti – doeu muito? – passou a mão na onde ele chutou.

- deu uma pontada dolorida, mas eu amei – sorri passando a mão pela barriga -você quer falar com o papai e a mamãe filho ? – fiz uma voz besta e o Cauã riu da minha cara.

- acha que ele vai te responder com essa voz – perguntou rindo.

- eu vou papai, por que eu amo a minha mamãe -falei e um filho chutou de novo.

Olhei pra ele com uma cara de "falei" ele riu.

Ficamos mais um tempo ali falando com o bebe esperando e ele chutar, mas ele resolveu ficar quietinho na dele e eu estava morrendo de fome e fomos todos pra casa da tia Quésia almoçar. Para variar foi aquela festa com todos reunidos em plena quinta-feira para almoçar junto, até o Boca que eu não via a muito tempo, mas eu vi a Maria cabisbaixa o tempo todo e quando tava todo mundo distraído a chamei pro quarto.

- desembucha – falei me deitando e puxando ela pra deitar comigo.

- ele veio aqui ontem, assumiu que esta com a outra e ainda me culpou por não querer um relacionamento sério e pegar outros caras- falou chorosa.

- nem adianta que você sabe que que ele ta certo, enfrentar o tio RK não é pouca coisa não, é uma coisa que eu tenho certeza que muitos não fariam – falei.

- mas amiga, sabe que eu não sonho com essas coisas de casar e ter filo, eu sou muito nova pra me prender a uma pessoa – reclamou.

- então se você não pode dar o que ele quer, de espaço para outra pessoa que possa – falei e ela se levantou brava.

- e quem disse que essa ruiva de farmácia vai fazer ele mais feliz do que eu faria? - se exaltou.

- só o simples fato dela na o ter medo de um relacionamento com ele já se diz por si – fui sincera.

Não quero a minha amiga sofrendo nunca, mas preciso dar um choque de realidade nela.

- você tem que se decidir log, ou você abre mão da sua liberdade para ser feliz com ele, ou abre mão dele par ele ser feliz com outra – me levantei.

- vou te deixar pensar um pouco, qualquer coisa eu estou no quarto do Cauã- falei e sai do quarto.

Atravessei o corredor e entrei no quarto muito bem conhecido por mim, abri a janela para o ar entrar e fechei a cortina pra não ficar tão claro e me deitei na cama sentindo o cheiro dele, o sono veio me levando aos poucos e quando eu vi já estava capotada.

Mas eu tive um sonho totalmente diferente de todos que já tive, me vi na praia com o Cauã do meu lado e um menino no colo dele, o menino parecia ter uns 3 ou 4 anos.

- eu adoro praia papai – a criança falou d um modo mais fofo do mundo.

O Cauã sorriu pra ele que deito a cabeça em seu ombro e me olhou divertido, ele é a cara do Cauã mais novo, até os cachinhos.

- te amo amor – Cauã falou passando a mão na minha barriga que estava maior do que esta hoje eu dia, sorri para ele e peguei na sua mão voltando a olhar para o horizonte.

Acordei assustada e me lembrando perfeitamente do sonho, senti meu bebê chutar e sorri com a visão que tive.

Mal posso esperara para ter a minha família formada.

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