Capítulo 11

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Maria Lis ⚛️

Fechei a porta do quarto atrás de mim e ele me olhou confuso.

- por favor Boca, eu nunca mais te peço mais nada - fiz meu drama básico.

- se teu irmão descobre que eu tô te arrumando uma parada dessa ele acaba com a minha raça - negou com a cabeça e eu resolvi jogar sujo.

- ele também acabaria com a sua raça se soubesse que você tirou a virgindade da irmãzinha dele - sorri cinica e ele fechou a cara.

- isso é coisa que se brinca Maria Lis? Bagulho mó sem fundamento - se sentou na cama.

- vai Boca, juro que não vou fazer nada de errado - me aproximei dele.

- se liga Lis, conhece teu pai não? Essas horas já tão contando pra ele que você ta aqui - falou e eu revirei os olhos.

- nunca contaram, não vai ser agora que vão contar - parei de frente pra ele.

Sentei no colo dele e puxei pra um beijo, ele veio de bom grado como sempre e já foi passando a mão nas minhas pernas e pegou firme na minha bunda, já tava sentindo o volume entre eu e ele quando ele parou o beijo e me jogou na cama.

- tua amiga aí na sala e tu nessas safadezas- falou bolado e eu ri.

- você vai arrumar pra mim? Prometo te recompensar da melhor maneira possível - me ajoelhei atrás dele.

Comecei a massagear as costas dele, eu sei que uma hora ele vai ceder.

- porra Lis, tu só me mete em confusão - falou e eu sorri satisfeita.

Boca é um cara muito tranquilo, meio doido da cabeça, mas eu entendo o porque. A mãe era uma mãe solteira que deixava de comprar comida pro filho pra se drogar, e não deu outra, logo foi de vala deixando ele sozinho nesse mundão.

Quem vê ele assim hoje em dia com um cargo alto, cheio da grana, rodeado de mulher e tudo mais, nem imagina o quanto ele já apanhou da vida pra chegar aqui. O Cauã conheceu ele com uns 16 anos e tão juntos até hoje, podem negar o quanto for mas sei que não vivem um sem o outro.

Me levantei e fui pra sala feliz, Ana tava com uma cara estranha olhando pro celular, cheguei mais perto e vi que era uma conversa com o Luan, quando ela percebeu minha aproximação bloqueou a tela e me olhou brava.

- RG falso Maria Lis ?- perguntou e eu dei de ombros.

- quero ver brigar comigo quando tiver rebolando essa bunda seca em algum camarote na vitrinni- falei e ela arregalou os olhos.

- meu pai vai me matar, mas eu já quero - se animou.

O Boca voltou já vestido e sentou no sofá.

- hospedagem boa, não oferece nem uma água - Ana fez graça e eu ri.

- visita que nois não gosta é assim mesmo - falou pegando o celular e eu joguei uma almofada nele.

- não gosta das minhas visitas é?- olhei indignada.

- preciso da data é uma foto de vocês - falou e eu peguei as fotos no meu sutiã.

- ja tava com tudo planejado kenga - Ana bateu em mim e eu devolvi.

Entreguei as duas fotos pra ele e ele colocou na capinha do celular, perguntei pra ele o preço e ele nem me respondeu, pedi pra ele por como se nosso aniversário de 18 fosse sexta e ele assentiu.

Saímos da casa dele eu agradeci por a rua ser vazia e não ter nenhum Zé povinho pra fofocar nada pro meu pai. Voltamos pra minha casa e o Cauã não tava mais morando com a gente, mas vinha comer aqui em casa todo dia.

- tavam na onde ?- minha mãe perguntou assim que entramos na cozinha.

- dando uma volta, mó calor - falei e ela assentiu desconfiada.

- vai chamar seus irmãos pra jantar, e Ana coloca a mesa - falou mexendo na panela.

- eu sou visita tia - ela falou e eu ri. 

- visita sou eu, tu vive mais aqui do que qualquer um - falou e a Ana foi por a mesa reclamando.

Subi as escadas e de longe dava pra ouvir os gritos no quarto do Matheus, entrei sem bater na porta mesmo e estavam os 4 sentados na frente da tv, meu pai e o Matheus estavam na cama com o controle jogando seja lá o que fosse e o Cauã e Henrique sentados no chão assistindo.

- mamãe ta chamando pra comer, falou que se não forem agora só vão comer amanhã - falei exagerando um pouquinho.

Eles levantaram como bons esfomeados que são e passaram por mim, meu pai veio até mim e me abraçou beijando minha cabeça.

- minha neguinha ta tão grande - falou todo bobo.

- para de ser bobo pai- ri no meio do abraço.

- bora comer que eu tô com fome, e tua mãe vai surtar se a gente demorar mais um minuto- falou me soltando.

Descemos e os meninos ainda estavam entrando na cozinha, peguei meu prato linda e bela e fui por minha comida.

- Boca ta vindo comer- Cauã falou olhando o celular e eu revirei os olhos.

Boca é quase filho da minha mãe, quase não sai daqui de casa e não sabe fritar nem um ovo, almoça e janta aqui quase todo dia.

- aqui tá virando pensão agora é?- minha mãe falou - esses meninos quer sair de casa, virar independente e os caralho e não sabe nem fazer um miojo - eu gargalhei alto.

- qual foi tia, só queimei o miojo uma vez- Boca entrou falando.

- vou começar a cobrar cada prato em - meu pai falou.

- eu sou de casa tio, tem que cobrar nada não - Ana falou já com o prato feito se sentando pra comer.

Percebi que desde o meu aniversário ela e o Cauã não estão se falando, nem um mísero "oi", e vai ser hoje mesmo que ela vai me contar o que ta rolando.

Comemos naquela resenha toda, o Matheus todo feliz que o técnico estava frequentando as aulas e ele tava dando tudo de si. Meu irmão manda demais no futebol, meu próximo menino Ney.

Depois minha mãe fez os meninos limparem a cozinha e eu já corri com a Ana pro quarto pra não sobrar pra gente, mas assim que fechei a porta já soltei.

- já fala logo o que aconteceu - ela me olhou confusa - tu e o Cauã, tão nesse cu doce ai por que ?- cruzei os braços.

Quando ela abaixou a cabeça eu já soube que coisa boa não era.

«»§«»

Agora vou por um pouco da história da nossa Maria pra vcs.

Espero que gostem 🥰

Invicto Where stories live. Discover now