15.

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Quando o despiram, não encontraram nada.

Era oco e vazio. Medíocre.

Queria ser como tanta gente diferente, que não conseguiu ser ele mesmo.

Abriram-no. Examinaram-no.

Nada.

Seu interior era um vácuo imenso.

Era um sonhador, mas isso não bastou.

Precisava ser alguém.

Qualquer um que não fosse ele.

Porque ele não tinha identidade própria.

Todes somos apenas um amontoado de conquistas.

Como ele nunca conquistara nada, não chegara a ser gente.

10.20 
original, sem alterações. 

resto de ontemWhere stories live. Discover now