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A hora no relógio de Bucky Barnes não passava

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A hora no relógio de Bucky Barnes não passava. Tinha combinado, há dias, de encontrar com Heather às oito e meia da noite no apartamento dela para eles irem a um restaurante na Noite de Ano Novo. O plano era eles ficarem conversando, literalmente, como em um primeiro encontro e, depois, verem a queima de fogos da Times Square. 

Conseguir aquela reserva, na verdade, tinha sido um favor de Sam, cujo amigo trabalhava no restaurante e, por causa disso, soube que dois casais acabaram cancelando o compromisso e, por isso, tinha surgido a vaga. O rapaz passou Bucky e Heather à frente, na lista de espera, e por isso, ele estava nervoso de acabar perdendo a hora. 

Não era o caso. Afinal, ele estava meia hora adiantado, esperando apoiado na sua mais recente compra: Uma moto Kawasaki Ninja H2R. Era modelo antigo, lançamento de 2021, mas ainda era a moto mais rápida e potente que existia no mercado e o design dela era dinâmico e moderno. 

Enquanto esperava a hora certa para subir, Bucky puxou um lenço do bolso e começou a polir a lataria da moto, com o mesmo cuidado com o qual polia seu braço de vibranium. 

Depois de muita enrolação e de começar a suar de nervoso, enfim, a hora marcada chegou e Bucky se agachou na frente do espelho retrovisor, ajeitando a blusa preta de botões e o casaco também preto por cima. Então, ele subiu no elevador e só hesitou na frente da porta do apartamento, onde tirou uma bala do bolso e enfiou na boca. 

Não achava que estava com bafo e nem que beijaria Heather naquele dia, mas era melhor prevenir do que passar vergonha. Ajeitando a franja, ele tocou a campainha e ouviu, quase que imediatamente, um sonoro "Já vai!". 

Ele esperou por alguns segundos, antes de encostar o ouvido na porta e perceber que Heather estava andando de um lado ao outro do apartamento, com certa pressa. Também percebeu que ela bateu o joelho em algum móvel quando ouviu barulho de coisas caindo e quando ela xingou, em alto e bom som, gemendo de dor. 

-Ainda bem que não é só eu que tô nervoso… - Bucky sussurrou, soltando o ar. 

Desde que tinha começado a ficar ansioso, lá pelas quatro da tarde, estava se achando ridiculamente imaturo. Quer dizer, não era como se Heather fosse o primeiro encontro dele ou como se eles fossem desconhecidos. Mas mesmo assim, suas mãos suavam e Bucky sentia borboletas no estômago a cada vez que pensava que, finalmente, estava indo em um encontro com a garota que mais gostou em toda a sua vida! 

E isso, sem nem mesmo tocá-la de verdade. Só por ela ser quem era e do jeito que era, ele já a amava. 

Antes de Heather, Bucky sempre achou impossível amar alguém que não pertencia a você, mas não era. Ele amava Heather e ela não precisava pertencer a ele para isso. Porque, segundo a psicóloga, e agora Bucky concordava, o amor era isso: Admiração, respeito, identificação… O amor, para existir, não exige nem mesmo que seja correspondido como pré-requisito. Ele só existe. 

Forelsket • Bucky Barnes Where stories live. Discover now