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A sensação era de ir flutuando aos poucos, saindo do fundo de um mar escuro, emergindo até que a claridade começasse a se fazer presente junto com alguns sons ininteligíveis e abafados. 

Heather sabia que haviam vozes e sabia que ia conectar ela aquela máquina de novo. Sabia que não ia adiantar lutar ou fingir tomar aquele remédio de novo já que agora, desde que ela tinha nocauteado um dos guardas e usado o celular para pedir ajuda, injetavam o remédio em sua veia. 

Heather só queria morrer. 

A cada vez que ela acordava, dava de cara com uma cena onde um colchão velho e mofado era sua única cama. E sinceramente, nos dias anteriores a esse, ela já não tinha mais forças para lutar contra aquilo tudo. "Por quê ela?" era uma pergunta que não saía da sua cabeça. 

Quando Heather sentiu que estava flutuando sobre a superfície e já conseguiu mexer os dedinhos do pé, ela reparou que o cheiro do local era diferente. Não só o cheiro, como o ar também. Enquanto lutava com o próprio corpo, Heather percebeu que, fosse onde estivesse, não era aquele o subsolo em que ficou trancada por dias. 

Antes de conseguir abrir os olhos, ela percebeu alguém segurando a sua mão. Também percebeu alguém beijando a sua testa e fazendo um leve carinho em sua bochecha. E com toda a certeza, esse era o oposto do tratamento que ela vinha recebendo. 

-Heart? 

Bucky. Aquele era Bucky. E ao mesmo tempo que ela tinha vontade de chorar, ela também estava achando que era sonho. O corpo dela não correspondia e isso a estava deixando desesperada, até o momento em que, com muito esforço, conseguiu abrir as pálpebras e enxergar os olhos azuis do homem. 

-J-james…? 

-Oi, Meu Bem! - Bucky sorriu, entrando mais em foco conforme a visão da mulher desanuviava. - Eu vou chamar o médico…! 

-N… Não! Fica! 

Bucky sentiu Heather apertar sua mão com urgência. Seus olhos estavam arregalados e desesperados e como o monitor cardíaco acelerou, Bucky preferiu ficar ao lado dela. 

Seus olhos se moveram para o canto do quarto, onde Harper estava. Heather tinha sido transferida há dois dias do Paraguay para os Estados Unidos e levou esse tempo todo para conseguir acordar. Assentindo, a garota saiu do quarto, deixando os dois sozinhos. 

-Como se sente? 

-Mal… - Heather admitiu, fechando os olhos. Claramente, ela ainda estava grogue e sem muito controle da língua. - Dói… 

Forelsket • Bucky Barnes Where stories live. Discover now